O debate como ponto de partida para uma nova era na Patinagem

Francisco FigueiredoMaio 14, 20193min0

O debate como ponto de partida para uma nova era na Patinagem

Francisco FigueiredoMaio 14, 20193min0
É altura para repensar em várias questões associadas à Patinagem de Velocidade e a procura por um debate lógico é o foco principal. Dos escalões de Masters à posição desta modalidade na Federação, qual o tema mais importante?

Já em artigos anteriores abordei a necessidade de a Patinagem de Velocidade definir, de uma vez, o seu rumo. A modalidade (sobre)viver com base no trabalho pontual de clubes, do esforço dos atletas que, com muito boa vontade, espírito de sacrifício e muito investimento dos seus encarregados de educação vão obtendo resultados de relevo a nível internacional não chega para colmatar a falta de um projeto global de desenvolvimento da modalidade aos seus mais diversos níveis: escolar, regional, nacional e internacional.

Com as mudanças também já aqui faladas na estrutura federativa após as eleições do final de 2018 cresceu a esperança de que alguma coisa fosse feita no sentido de credibilizar, estruturar e fazer crescer esta modalidade nos seus diversos planos.

Assim, surge a ideia de, finalmente, o rumo da Patinagem de Velocidade ser discutido e repensado por um grupo de trabalho formado pela FPP e com intervenientes de várias zonas do país. É importante, acima de tudo, ouvir os vários intervenientes na modalidade e auscultar o que se faz no terreno, perceber as dificuldades das Associações, Clubes, Treinadores e Atletas, fazer o diagnóstico e depois aplicar a “receita”: com todos os “riscos” que a definição de objetivos acarreta, importa traçar um caminho para a Patinagem Portuguesa. Depois de se aplicarem as medidas definidas de acordo com os objetivos a atingir, importa aferir da sua eficácia e, se for o caso, reformular o caminho a seguir.

Navegar à vista é que não é uma boa opção, pois nunca há responsabilidade de ninguém quando as coisas correm menos bem. Mas se não houver objetivos definidos, corre sempre bem…

Não podia passar estas linhas sem fazer referência à decisão da FPP de cancelar os Campeonatos Nacionais de Masters, sob o argumento (factual) da falta de inscritos nos eventos organizados neste ultimo ano e meio, com principal incidência na presente época 2019.

No entanto, e apesar de reconhecer que a adesão tem efetivamente sido diminuta, também se ressalva que este escalão de Masters quer apenas poder disfrutar da Patinagem, sem o peso que um Campeonato Nacional carrega.

O modelo competitivo não deverá, na minha opinião, ser igual ao dos restantes escalões, até porque os objetivos são claramente diferentes. Desistir deste público alvo após ano e meio de experiência é que não me parece boa aposta, ainda para mais quando precisamos massificar a modalidade. Mas esta será, com certeza, mais um dos tópicos a discutir brevemente…

Terminada uma fase internacional importante com a realização das primeiras cinco Taças da Europa, gostaria de enaltecer não só as belíssimas prestações que os portugueses conseguiram obter na elite europeia (com vários pódios conquistados), como também o esforço que clubes, pais treinadores e demais apoiantes continuam a fazer para permitir que estes patinadores consigam competir nestes palcos.

Concordando-se ou não com este calendário internacional, foram semanas muito intensas de competição que se iniciaram em meados de março e terminam agora (praticamente dois meses de competição), entre provas internacionais e campeonatos nacionais. Parabéns a todos!


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