O Padel amador em Portugal

Rute RibeiroJulho 27, 20245min0

O Padel amador em Portugal

Rute RibeiroJulho 27, 20245min0
Rute Ribeiro olha para o padel amador em Portugal e como está a se desenvolver em território nacional!

Nesta pequena pausa até ao regresso do futebol a sério, vamos falar um pouco de uma modalidade que parece que veio para ficar e ultimamente tem encantado cada vez mais pessoas por este mundo fora (incluindo os astros do futebol).

Quem é que não viu o recente vídeo de Lionel Messi a jogar uma partidinha de padel com Luis Suárez como seu parceiro?

Ou a recente fotografia de Cristiano Ronaldo que até aqueceu o coração dos sportinguistas por aparecer ao lado dele um boné com o emblema do clube, enquanto exibia também a sua raquete de marca portuguesa Cork?

Pois é, o padel parece que veio mesmo para ficar e em Portugal tem conquistado cada vez mais adeptos, sendo por isso cada vez mais fácil encontrar um clube na vossa zona. Com este pensamento como ponto de partida, quis então trazer-vos uma pequena lista de pontos positivos e negativos da modalidade (se ainda estão a pensar se devem experimentar ou não, este artigo é para vocês).

Para esse efeito, e para não ser um artigo apenas baseado na minha opinião, sondei algumas pessoas que praticam a modalidade de forma a incluir mais pontos que possam ser do interesse do leitor.

Pontos positivos:

  • Convívio: por ser uma modalidade que obriga a ter 4 elementos para a sua prática, promove o convívio. Até porque se já entraram em algum clube de padel sabem que, grande parte das vezes, as pessoas não ficam por lá apenas o tempo que dura o seu jogo, mas acabam até por se reunir antes ou depois do jogo à volta de uma mesa a beber finos e/ou a conversar durante algum tempo.
  • Conhecer novas pessoas: os vários torneios que podemos encontrar em qualquer clube de padel são uma boa forma de conhecer novas pessoas. Outra opção são os “milhentos” grupos de WhatsApp dos próprios clubes onde facilmente se pode arranjar alguém para fechar algum jogo.
  • Melhoria da capacidade física/resistência: por ser um desporto que exige da parte cardíaca, acaba por promover melhorias no nosso corpo. É um desporto que obriga a constante movimento para estarmos prontos a responder a cada jogada da equipa adversária.
  • Aumenta a atenção, reflexos e capacidade de raciocínio: desengane-se quem pensa que é só trocar bolas com o adversário. É um jogo que exige também estratégia e pensamento rápido para tentar ganhar o ponto, como por exemplo, forçando o adversário a cometer algum erro.
  • Não só ajuda à parte física como também é excelente para a parte mental: as pessoas que praticam alguma atividade física, referem que se sentem sempre com outro ânimo depois de dedicarem algum tempo à prática de exercício. E se for um exercício que nos dá real gosto, nem damos pelo tempo a passar.
  • Quando se pensa na parte competitiva, pode ser benéfico até para o resto da nossa vida, ao aprendermos a lidar com derrotas, mas ao sentirmo-nos também extremamente entusiasmados e realizados quando ganhamos. Por outro lado, também nos ajuda a melhorar o espírito crítico, mas também a ter noção da nossa incrível capacidade em evoluir.

Pontos Negativos:

Claro que, também tem alguns pontos um pouco negativos, mas alguns deles dependem também da forma como encaramos a prática da modalidade:

  • Lesões: pessoas sedentárias não podem simplesmente começar a fazer 5 ou 6 jogos por semana e esperar que o corpo se adapte sem problemas a essa mudança brusca. O aquecimento é essencial e se calhar por vezes é um pouco feito à pressa porque só queremos é começar a jogar. Sendo assim, e para que as lesões não sejam um ponto negativo para vocês, ouçam também o vosso corpo. E usem calçado adequado porque ajuda bastante na parte das quedas.
  • Qualidade dos campos: nem todos são espetaculares e infelizmente há alguns em que os riscos de queda são mais elevados devido a uma quantidade de areia superior. Mais uma vez, calçado adequado pode ajudar a evitar males maiores.
  • Ausência de honestidade de alguns jogadores: esta parte pode verificar-se em torneios (principalmente se tiverem prémio monetário envolvidos), em que algumas pessoas se inscrevem nas categorias abaixo da sua, de forma a terem a vitória facilitada.
  • Preços: não é uma modalidade amiga de todos os bolsos. Os campos, dependendo da zona, podem ter preços mais ou menos altos e a isso acresce ainda o material. Claro que há material para todos os gostos e orçamentos, mas entre calçado adequado, bolas, raquetes, overgrips, mochilas e outros tantos materiais mais ou menos necessários, acaba por se revelar uma modalidade que definitivamente pode não ser para toda a gente em termos de custo associado.

Posto isto, o que interessa mesmo, seja esta ou outra modalidade, é que tentem praticar algum tipo de atividade de forma a promover o vosso bem estar físico mas também mental.

E no fim já sabem, quem falhar dois serviços seguidos, paga uma rodada de finos aos colegas (pelo menos toda a gente assumiu isso como sendo uma “regra universal” do jogo).

PS: Mesmo que não se queiram dedicar à prática do padel, sugiro que “gastem” algum tempo a ver jogos profissionais. Temos nomes portugueses até bem conhecidos nesse setor e sempre ficam a par dos feitos tugas noutras modalidades. Alguns nomes a seguir: Sofia Araújo, Ana Catarina Nogueira, Nuno e Miguel (aka irmãos Deus), Diogo Rocha (que tem até uma raquete em colaboração com o FC Porto e a QUAD), entre outros.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS