Portugal nas “Olímpiadas” do Mediterrâneo e a busca do 5º lugar no pólo aquático
No próximo dia 27 de Junho, tem início o torneio feminino de Pólo Aquático dos Jogos do Mediterrâneo. A missão portuguesa estreia-se na 18ª edição da competição multidisciplinar, e o Pólo Aquático português aproveita a oportunidade para competir ao mais alto nível.
No género feminino, a nossa seleção ficou integrada no grupo de Espanha e Grécia. As duas potências mundiais colocarão muitas dificuldades à equipa portuguesa, que ao contrário das adversárias, tem pouca experiência em provas desta magnitude.
A competição servirá sobretudo para avaliar o atual nível competitivo da equipa e dar experiência internacional a um grupo que poucas oportunidades tem para se preparar para as principais competições a nível europeu.
Depois do afastamento do campeonato da europa no Play-Off com a seleção de Israel, o grupo volta a juntar-se, continuando a contar com o importante contributo das veteranas: Inês Braga, a única jogadora portuguesa que atua no estrangeiro; Inês Nunes, regressada esta época ao campeonato português, sagrando-se melhor marcadora; Elisabete Matos e Janete Sousa, jogadoras que foram mamãs no final de 2017, e que voltaram logo em Janeiro à competição. Juntam-se a este grupo as tricampeãs nacionais pelo Fluvial Beatriz Ferreira, Catarina Reis e Maria Luís Brandão, as três atletas do Vale do Sousa, Tânia Magalhães (Lousada), Jéssica Teixeira (Aquático Pacense) e Rafaela Duarte (Paredes), e as três jogadoras SUB 18 Beatriz Jardim e Maria Sampaio (Benfica) e Beatriz Pereira (Gondomar).
A grande força da Selecção Nacional parte da qualidade técnica das atletas nacionais, com uma excelente postura e domínio da bola. Porém, a componente física pode ser um dos problemas face às selecções da Espanha e Grécia, que fazem bom uso do seu maior/melhor desenvolvimento físico muscular para tomar o controlo dos encontros. O um para um pode ser uma solução, mas ao longo de todo o tempo de jogo veremos até que ponto a questão física não será um problema complicado de lidar com.
Face ao poderio das adversárias na fase de grupos, o objetivo está definido: procurar a vitória no cruzamento com o outro grupo.
O adversário deverá ser a Turquia, equipa com pior ranking do grupo onde também estão presentes Itália e França, um adversário que Portugal conhece bem. No último encontro em que se defrontaram, no Torneio Internacional de Matosinhos em Dezembro de 2017, a Turquia levou a melhor, e Portugal deixou uma fraca imagem. Surge aqui a oportunidade de mostrar o seu verdadeiro valor e vingar-se dessa derrota em casa.
Em relação ao 1º lugar da prova, a aposta Fairplay vai para as anfitriãs e vice-campeãs do mundo, a Espanha. Para alcançar o topo do pódio, as espanholas terão de ganhar às gregas na fase de grupos, e posteriormente à Itália, principal favorita à vitória no outro grupo.
As expetativas são grandes em relação ao confronto com a Grécia, já que apesar de no último confronto as espanholas terem ganho 10-5 (jogo que se realizou hoje no Torneio Internacional de Portugalete), em Março, a Grécia conquistou em Espanha (Pontevedra) a Taça de Europa, competição em que as espanholas ficaram em 3º lugar. Adivinha-se por isso um jogo bastante disputado.
Calendário da Equipa Portuguesa:
28.06.2018 – 11h40 | Espanha vs PORTUGAL |
29.06.2018 – 09h30 | Grécia vs PORTUGAL |
30.06.2018 – 09h30 | 3º LUGAR GRUPO A vs 3º LUGAR GRUPO B* |
* previsão Fairplay