Profecia do Borda D’Água #12: A Croácia e Espanha vão ser campeãs europeias”
12 dias, 12 profecias para o ano 2018. O Fair Play consulta o seu oráculo e faz 12 palpites sobre o que vai acontecer no mundo da natação no ano que agora dá início
CROÁCIA
Apesar da possível ausência de Sandro Sukno, considerado por muitos o melhor jogador da época passada, atualmente afastado das piscinas devido a um problema cardíaco, a Croácia atual campeã do Mundo, é a aposta Fairplay para o título europeu.
Os pupilos de Ivica Tucak bateram na final do Mundial de Budapeste, em Julho passado, os anfitriões, a poderosa seleção húngara. Com um inspirado Marko Bijac na baliza, a experiência de Xavi Garcia e Sandro Sukno, aliados ao poderio do pivot Luka Loncar e do central Andro Buslje, a Croácia, com muita raça, foi afastando os adversários diretos.
À exceção de Sukno, não se prevê grandes alterações na equipa, que moralizada com a vitória do Verão passado, poderá voltar a subir ao lugar mais alto do pódio.
Contudo, engane-se quem pensar que são favas contadas. A vizinha Sérvia certamente quererá vingar-se do afastamento nas meias-finais de Budapeste, e a seleção húngara, que terá acusado no ano passado a pressão das expetativas do seu público, tentará certamente fazer melhor este Verão.
Com o calor de Barcelona, e o equilíbrio entre os favoritos, adivinha-se um Campeonato bem quente.
ESPANHA
Se no masculino o equilíbrio entre os principais favoritos é grande, no feminino acertar na equipa vencedora será quase tão difícil como acertar na chave vencedora do Euromilhões.
O TOP 6 é praticamente intocável, mas entre elas as diferenças são tão pequenas que a ambição do título europeu é legítima em qualquer um dos casos.
Grécia e Rússia apresentaram-se num excelente momento de forma em Budapeste e a juventude de ambas as equipas faz-nos acreditar que a margem de progressão ainda é grande. A Grécia com duas pivot’s de excelente qualidade e uma atitude exemplar, foi afastada dos lugares cimeiros nos quartos de final pela Espanha, que acabou por vencer após marcação de grandes penalidades. A Rússia acabou no 3º lugar, afastada da final pela toda-poderosa seleção norte-americana.
Itália e Húngria, países com os campeonatos mais competitivos, acabaram por sair de Budapeste um pouco frustadas. A Húngria, detentora do título europeu, deu bons sinais mas acabou no jogo decisivo por ser afastada do pódio num jogo contra o Canadá onde o nervosismo tomou conta da equipa e a falta de eficácia acabou por ser decisiva. A Itália foi perdendo gás ao longo do torneio e acabou no 6º lugar.
A seleção holandesa foi a grande deceção no Mundial de Budapeste onde ficou no 9º lugar. Contudo, este ano já deu provas de estar bem, tendo vencido pela margem mínima as húngaras em jogo a contar para a Liga Mundial.
Por fim, a Espanha, anfitriã deste europeu, que sem algumas das suas principais figuras chegou a Budapeste como outsider, mas acabou por chegar à final e conquistar o 2º lugar. Foi crescendo de jogo para jogo, criando alternativas à ausência de Maica Garcia, que este ano regressou e reforçará a equipa que a jogar em casa e após o resultado de Budapeste é a aposta Fairplay. Veremos se a estrelinha continua a acompanhar esta equipa que apesar de mais leve e fisicamente mais débil, tem conseguido sob o comando de Miki Oca, através dum excelente controlo dos diferentes momentos de jogo, ultrapassar as armadas do Norte e Leste da Europa.