PLL: Previsões para cada plantel da Premier Lacrosse League (Parte 1)

Miguel Veloso MartinsJunho 28, 20208min0

PLL: Previsões para cada plantel da Premier Lacrosse League (Parte 1)

Miguel Veloso MartinsJunho 28, 20208min0
A nova temporada da Premier Lacrosse League vai começar já no dia 25 de Julho. Sete equipas vão participar no torneio da PLL este ano e o FairPlay conta-te tudo o que precisas de saber. Fica a conhecer mais sobre os plantéis dos Redwoods, Waterdogs e Atlas.

Redwoods

Os Redwoods têm tudo para voltar a chegar à Final este ano. Grande parte dos atletas que constituíram o plantel que os levou à luta pelo título em 2019 ainda está com a equipa. O ataque continuará a ser um dos mais impressionantes e promete trazer-nos uma temporada recheada de grandes jogadas e agressividade. Se Jules Heningburg, Matt Kavanagh e Ryder Garnsey continuarem a jogar no mesmo nível de 2019, pudemos esperar grandes números deste grupo, não esquecendo ainda a presença de Kylor Bellistri.

Os Redwoods adicionaram ainda Myles Jones ao seu midfield. Jones é um dos midfielders mais físicos e reconhecidos da liga. O jogador é uma contratação perfeita para um grupo já muito falado pela fisicalidade dos seus midfielders. Apesar da presença de grandes estrelas como Sergio Perkovic, Brent Adams e Joe Walters, o midfield dos Redwoods nunca chegou ao pico do seu potencial. Com a presença de Myles Jones, poderemos ver um grupo com uma agressividade totalmente diferente.

Na defesa, Matt Landis não estará presente no plantel durante o torneio, mas os Redwoods não deixam de ter um lugar no topo da lista dos melhores grupos da PLL. O plantel agora adiciona dois defesas através do Entry Draft, Finn Sullivan e Chris Price, que deverão ter um impacto enorme no grupo. Destaque para Sullivan que poderá ser o substituto perfeito de Landis.

A única preocupação dos Redwoods neste momento deve ser no face-off. A equipa perdeu Greg Gurenlian esta offseason. Os Redwoods adicionaram Peyton Smith e Greg Puskuldjian na sua busca do substituto de Gurenlian, mas continua a ser uma posição de insegurança para o plantel. Após anos de sucesso na MLL, Puskuldjian assina agora na PLL. O especialista em face-off tem agora a oportunidade de se estabelecer na liga, mas terá um trabalho difícil a substituir um dos melhores jogadores da história da modalidade. 

Waterdogs

Os Waterdogs são uma das equipas mais difíceis de prever. A equipa é uma nova adição na liga e tudo nela é novo. Para começar, esta é a primeira vez que o seu treinador Andrew Copelan comanda um plantel profissional. Copelan saiu de Fairfield University com os melhores resultados na história da universidade. Antes disso, o treinador já tinha levado o Marist College pela primeira vez ao NCAA Tournament em 2005 como treinador principal e como assistente na University of Maryland de 2006 a 2008. Andrew Copelan tem o pedigree e a visão para fazer parte de um grupo de treinadores de elite, mas será capaz de ter sucesso no seu primeiro ano numa liga profissional?

O ataque dos Waterdogs poderá ser um dos mais dinâmicos da PLL. A equipa tem a presença de Kieran McArdle e Ryan Drenner, atletas com enorme valor perto da baliza. Com um grupo recheado de jogadores com jogo de pés e dodges fenomenal, os Waterdogs parecem ter tudo para ser um dos ataques mais difíceis de defender.

No entanto, o midfield da equipa é provavelmente o seu grupo de destaque. O nível de talento da sua primeira escolha do Entry Draft, Zach Currier, é indiscutível. Currier é uma verdadeira super-estrela na modalidade que acumula campeonatos em qualquer local que pára. O midfielder é não só um atleta fenomenal, mas um líder nato com uma atitude que transpira para todo a equipa. O grupo inclui também jogadores que se provaram estrelas na liga no ano passado como Drew Snider e Connor Kelly.

A defesa dos Waterdogs será liderada pelo veterano Brodie Merrill. No ano passado, devido ao seu trabalho nos Chaos, Brodie Merill foi um dos finalistas do Brendan Looney Leadership Award, o prémio concedido pela PLL ao melhor líder da liga. Os Waterdogs vão sem dúvida precisar de imensa liderança. Comparados a outras equipas da PLL, os Dogs estão ainda a construir a sua defesa. Grande parte dos atletas deste grupo nunca jogou na mesma equipa ou até no mesmo sistema, colocando-os em desvantagem.

A equipa tem boas peças no seu plantel como o rookie BJ Grill e o veterano Brian Karalunas, mas será necessário imenso trabalho para tornar este grupo num dos melhores da PLL. 

Atlas

Os Atlas são uma das equipas mais difíceis de prever da PLL. Digo isto não pelo seu talento ou estilo de jogo, mas sim, pela sua inconsistência em campo. Os Atlas têm um dos planteis mais recheados de talento e estrelas, sendo sempre uma das equipas mais faladas da liga. No entanto, a equipa vimos durante grande parte do ano deixa muito a desejar. Os Atlas começaram a temporada com duas vitórias nos seis jogos antes da pausa para o All-Star Game. Depois desta pausa vimos uma equipa totalmente diferente, vencendo três dos últimos quatro jogos, incluindo uma vitória contra os semifinalistas Redwoods. Os Atlas terminam a temporada empatados com os Archers e os Redwoods com cinco vitórias e cinco derrotas. A equipa foi, no entanto, matematicamente eliminada dos playoffs, estando classificada em quinto lugar. 

O que poderá tornar este ano diferente para os Atlas? A equipa tem agora um novo treinador (Ben Rubeor) e novas contratações. Rubeor não é um treinador veterano e esta é a sua primeira vez como treinador principal de um plantel profissional. O treinador é já considerado uma das mentes mais brilhantes e inovadoras da modalidade. A sua experiência como jogador profissional terá sem dúvida enorme impacto na sua liderança enquanto treinador. Para além de tudo isto, os Atlas terminaram o ano numa boa nota (se esquecermos a sua derrota humilhante de 7-25 contra os Archers no Draft Pick Game). Considerando o seu início de época pudemos dizer que a equipa encontrou o seu ritmo e química como plantel.

Os Atlas adicionaram Rob Pannell ao seu ataque. Pannell foi uma das maiores estrelas da rival Major League Lacrosse (MLL), tendo uma carreira premiada e recheada de sucessos. O atacante terá hipótese de jogar com o seu irmão mais novo, James Pannell. Em conjunto com Eric Law, que se tem provado como um dos melhores atletas na sua posição, o ataque dos Atlas tem tudo para ser um dos mais explosivos e dominantes da liga. Law é um dos atacantes mais perigosos da PLL e acreditamos que esta temporada iremos ouvir falara cada vez mais deste jogador. No Midfield, os Atlas têm um grupo de jogadores que foram feitos para rematar à baliza e isto é tanto uma benção como uma maldição. A equipa adicionou Romar Dennis dos Chrome ao plantel e este deverá ajudar este grupo a encontrar maior consistência.

A defesa dos Atlas foi um grande problema no ano passado. Em 2019, os Atlas foram a segunda equipa com mais golos sofridos. A contratação da jovem estrela Craig Chick garante que o lugar de Jake Richard, que agora jogará nos Waterdogs, se encontra em boas mãos. Os Atlas têm grupo diverso de jogadores com diversos níveis de experiência e técnica. Kyle Hartzell e Tucker Durkin deverão tomar as rédeas do grupo. A defesa dos Atlas precisa de uma direção e tudo começa com a liderança dos seus veteranos.

Outros destaques no plantel são especialista de face-off Trevor Baptiste e os guarda-redes Jack Concannon e Scotty Rodgers. Baptiste é o melhor face-off specialist da PLL e não há dúvidas porque este é uma das caras da liga. Na baliza, Jack Concannon é um jogador de elite que teria lugar em quase todos os plantéis da PLL. Como substituto, Concannon pode contar com Scotty Rodgers, que no ano passado se mostrou uma opção viável para tomar conta da baliza dos Atlas.

Na próxima parte iremos analisar os plantéis dos Archers, Chrome, Chaos e dos campeões Whipsnakes


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