De Geração em geração: Os 20 melhores jogadores do Mundo

Em todas as modalidades existe sempre a comparação entre o presente e o passado, quem são os GOATs e as melhores gerações do Mundo, existe também a vontade de criar a dream team, juntar os melhores que jogaram numa só equipa e ser invencível.

Outra vez o mesmo artigo? Errado, desta vez irei fazer uma seleção de 20 jogadores de todo o mundo, mas excluindo portugueses, isto porque a minha veia nacional iria escolher praticamente todos os nossos heróis nacionais e seria injusto, desta forma as escolhas serão sempre mais variadas.

Porquê 20 e não 15 como no artigo anterior? Visto que é uma seleção do resto do mundo, abri mais 5 vagas, são demasiados jogadores que saltam à memória e já irão certamente ficar muitos e enormes craques de fora…

OS GUARDA-REDES

Na baliza escolhi dois grandes internacionais brasileiros, Mão e Rafa Padilha, juntando depois o russo Andrey Bukhlistiy e o iraniano Peyman Hosseini.

Qualquer um dos quatro são seguríssimos entre os postes, é depois fora deles que talvez se diferem mais uns dos outros, Mão tem um lançamento que parece um sniper e a sua visão de jogo garante que a bola vai parar ao sítio certo, Bukhlistiy e Hosseini são idênticos um ao outro, tendo ambos um bom jogo de pés, conseguem fazer uma distribuição do jogo com segurança e rematam com precisão. Por ultimo, Rafa Padilha parece-me ser o mais completo de todos, acumula um bom lançamento ao jogo de pés, por vezes um pouco ou nada ortodoxo, com lançamentos inovadores ou passes cortados e remates à inglesa.

OS FIXOS

Para a posição 2, ou fixo, escolhi Ozu Moreira, António Mayor, Diogo Catarino e Datinha. Ozu e Catarino são dois portentos de força e vitalidade, são jogadores que aguentam 36min sempre a bombar, conseguem ter influência ofensiva pela qualidade que imprimem com bola e a sua agressividade fazem deles dois dos melhores do mundo nas suas posições. António Mayor e Datinha são jogadores com maior capacidade de organização e os chamados pezinhos de lã, fazem tudo parecer fácil e parece que nem suam sobre pressão. Os quatro têm uma excelente interpretação do jogo e são autênticos líderes.

OS ALAS

Para as posições 3 e 4, ou Alas, as escolhas recaíram sobre uma armada brasileira, Bruno Xavier, Bruno Malias, Benjamin, Jorginho e Mauricinho; Juntando depois os espanhóis Ramiro Amarelle e Llorenç Gomez Leon e o suíço Noel Ott.

Acho que aqui não é preciso muita justificação, são talvez oito dos melhores jogadores de sempre da modalidade, todos eles são os chamados saca-rolhas, conseguem desequilibrar tanto individualmente como coletivamente, se procurarmos as melhores jogadas de sempre de futebol praia ou grandes golos no Youtube, todos eles vão aparecer.

OS PIVÔS

Por ultimo a posição 5, ou Pivô, escolhi dois nomes bem conhecidos, Eric Cantona e o “Baixinho” Romário e ainda Gabriele Gori e Rodrigo da Costa.

Gori e Rodrigo são goleadores, é do tipo passa-lhes, conseguem arranjar espaço com o seu físico e a receção de peito para as bicicletas são um dos seus pontos mais fortes. E se estes são goleadores o Baixinho era extraordinário, recordo-me vagamente de o ver jogar a nossa modalidade, tal como Cantona, mas são dois nomes que seriam impossíveis deixar de fora, qualidade e carisma seria bonito ver estes dois batalharem pelo prémio de melhor marcador da competição.

O treinador desta dream team seria José Miguel Mateus, mas visto que me propus a fazer as escolhas sem portugueses, vou manter essa diretiva na escolha do treinador e escolher o suíço Angelo Schirinzi, tem feito um excelente trabalho no comando dos russos do Kristall BS, vencendo a EuroWinners Cup em 2021 e tendo liderado a Suíça às meias finais do ultimo campeonato do mundo na Rússia. Detém um grande conhecimento do jogo e a sua experiencia acumulada a nível de clubes e seleção, faria dele um bom fit para o comando desta seleção.

Num multiverso em que isto seria possível, Cantona e Romário certamente teriam de pedir férias no futebol 11, visto que no seu auge jogavam outra modalidade, mas ainda assim o francês foi campeão do mundo em 2005 e Romário terminou em 3º classificado no mesmo ano.

Nunca haverá consenso, as escolha são inúmeras e os craques também, algumas escolhas são com o coração, porque nos marcaram em algum momento das nossas vidas, ou porque simplesmente gostamos mais do estilo de jogo de determinado jogador, porque é mais fantasista ou mais goleador, importante é relembrar os craques que nos fizeram amar este desporto, que nos fizeram encantar com jogadas mirabolantes e golos saídos de um desenho animado. De geração em geração, olhar para o futuro honrando sempre o passado.

Convido-vos agora a comentar os vossos 20, que levariam para defrontar os meus 20 no “campeonato do mundo das estrelas e constelações”.