Clássicas, mais uma primavera a recordar para a Deceuninck – Quick-Step
Para muitos dos adeptos do ciclismo, a primavera é a melhor altura do ano para desfrutar deste desporto. É durante este período que acontece o ciclismo destemido, com provas que visitam estradas e locais míticos para os adeptos.
Inclinações curtas mas com desníveis brutais, pavé, terra batida, circuitos e muitas outras dificuldades, que fazem com que ataques a mais de 50 quilómetros da meta ou uma diferença de 10 segundos sejam coisas a temer. É a altura das clássicas!
A primavera no ciclismo começa um pouco mais cedo. Este ano arrancou no passado dia 2 de Março, com a Omloop Het Nieuwsblad, ao sábado, e no dia 3, domingo, a Kuurne-Brussels-Kuurne. O conhecido fim-de-semana de abertura, chegou logo com dois dias de ciclismo bonito e entusiasmante para os adeptos.
A Deceuninck – Quick Step entrou com tudo, como já é habitual. Apesar de à data não ser a equipa com mais vitórias do escalão world tour, aproveitou para começar a recuperar um estatuto que lhe pertence à muitas épocas.
No sábado, a equipa jogou um Zdenek Stybar que se mostrou sempre muito disponível a seguir todas as movimentações de Greg van Avarmaet (CCC Team). Este último, teve de responder a todas as movimentações dos adversários, para além de tentar várias vezes atacar e fazer a diferença. A vitória a solo de Stybar, resulta de um contra-ataque no momento certo e deu aos adeptos uma vitória bonita, à base da capacidade física, mas principalmente da inteligência táctica e destreza.
Inteligência táctica e um excelente trabalho de equipa, é mais uma vez aquilo de que a Deceuninck – Quick Step se pode gabar na sua vitória de domingo. É um prazer ver como os ciclistas desta equipa trabalham e se dedicam para que os outros possam trazer a vitória para dentro do autocarro. Vencer seja com quem for. Uma política pregada por muitos, mas só verdadeiramente aplicada por estes.
Numa fuga que se formou a mais de 50 quilómetros da meta, estava entre 5 ciclistas um homem da Deceuninck. O seu nome, Bob Jungles. E o que o pelotão já devia saber é que por mais sozinho que um homem desta equipa pareça estar, ele nunca está realmente sozinho. Assim que lhe pareceu que a fuga estava a perder muito fôlego, Jungels lançou-se sozinho na frente da corrida já dentro dos 10 quilómetros finais. Cá atrás, a sua equipa a controlava a cabeça do pelotão. Quando parecia que iria ser alcançado, foi essencial ter Yves Lampaert a responder aos ataques dos adversários e a não colaborar com os mesmos, dando de novo fôlego ao homem que seguia na frente. Mais uma vitória a solo, após muitos quilómetros de fuga, com um ataque de longe. Uma vitória que abre o apetite para o que aí vem.
Já esta terça-feira, dia 5 de Março, a mesma equipa voltou a vencer outra clássica, Le Samyn. Apesar de ter uma categoria inferior às outras duas, a equipa apresentou-se forte e venceu ao sprint por Florian Sénéchal. O francês muito beneficiou do trabalho dos colegas de equipa e do ataque de Tim Declerqc, na última dificuldade do dia. Mais uma vez a equipa apresentava superioridade numérica no grupo que discutiu a vitória, com três homens presentes.
3 clássicas, 3 vitórias para a Deceuninck – Quick-Step, que adivinha mais uma primavera para recordar.
No calendário, seguem-se agora as seguintes corridas:
- Strade Bianche (Itália, 9 de Março)
- Milano – San Remo (Itália, 23 de Março)
- E3 Harelbeke (Bélgica, 29 de Março)
- Gent-Wevelgem (Bélgica, 31 de Março)
- Dwars Door Vlaanderen (Bélgica, 3 de Abril)
- Tour of Flanders (Bélgica, 7 de Abril)
- Scheldeprijs (Bélgica, 10 de Abril)
- Paris-Roubaix (França, 14 de Abril)
- Brabantse Pijl (Bélgica, 17 de Abril)
- Amstel Gold Race (Holanda, 21 de Abril)
- La Flèche Wallonne (Bélgica, 24 de Abril)
- Liège-Bastogne-Liège (Bélgica, 28 de Abril)
- Eschborn-Frankfurt (Alemanha, 1 de Maio)
Este será o principal menu no que às clássicas diz respeito. Siga tudo, aqui no Fair Play.