45ª Volta ao Algarve – Eles estão de volta!

Diogo PiscoFevereiro 19, 20194min0

45ª Volta ao Algarve – Eles estão de volta!

Diogo PiscoFevereiro 19, 20194min0
O Algarve volta a ser invadido pela elite mundial do ciclismo. Será uma chuva de estrelas, com etapas e ciclistas para todos os gostos.

É já na próxima quarta-feira, dia 20 de Fevereiro, que um pelotão de classe mundial regressa ao sul de Portugal para presentear o nosso país com 5 dias de espectáculo sobre as duas rodas.

A prova algarvia é a mais importante do ponto de vista internacional, atraindo às estradas portuguesas um total de 168 ciclistas, 15 equipas internacionais, 12 delas pertencendo ao escalão principal do World Tour e 3 do escalão Continental Profissional, e 9 equipas portuguesas, 1 Continental Profissional e as restantes do escalão Continental.

A organização volta apostar num formato de competição similar ao dos últimas anos. No total serão cerca 778.60 quilómetros divididos ao longo de 5 etapas, com 1 contra-relógio individual, 2 etapas onde se prevê chegadas para os sprinters e 2 chegadas em alto, com as já habituais ascensões ao alto da Foia e do Malhão a serem os pontos decisivos da prova.

O Alto da Foia começa a separar as àguas, mas é o Alto do Malhão que coroa o vencedor da Volta Algarve. Na última etapa tudo pode mudar. Fonte: voltaaoalgarve.com

Apesar de manter o interesse da grande parte das equipas do World Tour, a Volta ao Algarve, perdeu este ano um pouco de ênfase nos nomes que se apresentam como candidatos à vitória da geral final. Ainda assim, nomes como o de Fabio Aru (UAE Team Emirates),  Enric Mas (Deceuninck-Quick Step), Patrick Konrad (Bora-hansgrohe), Sam Oomen (Team Sunweb), Wout Poels David de la Cruz (Team Sky) mantém o nível muito alto no que toca à conquista da prova algarvia.

A grande expectativa do público português passa por perceber o que podem fazer os portugueses presentes nas grandes equipas. Principalmente com o regresso de Amaro Antunes (CCC Team), que volta a correr em casa após um ano de ausência,  desta feita integrado numa equipa do World Tour. José Gonçalves e Rúben Guerreiro (Team Katusha Alpecin), também eles do escalão World Tour, terão certamente bastante apoio do público, principalmente Rúben Guerreiro que o ano passado quase venceu no Alto do Malhão.

Amaro Antunes venceu no Alto do Malhão em 2017. Este ano o seu público quer voltar a ver esta imagem. Fonte: LC/Tim De Waele/Corbis via Getty Images

Outras das esperanças portuguesas será Tiago Machado (Sporting-Tavira), que regressou do World Tour ao pelotão nacional e já fechou pódio na algarvia, em 2010 e 2015.

A prova algarvia mantém o interesse dos grandes nomes do sprint mundial. Dylan Groenewegen (Team Jumbo-Visma) e Arnaud Démare (Groupama-FDJ), são os homens que têm dominado a prova na últimas edições. Mas a lista de ciclistas rápidos é grande com nomes como Christophe Laporte (Cofidis, Solutions Crédits), Fabio Jakobsen (Deceuninck-Quick Step), Edvald Boasson Hagen (Team Dimension Data), Jasper Philipsen (UAE Team Emirates), John Degenkolb (Trek-Segafredo), Matteo Malucelli (Caja Rural-Seguros RGA), Pascal Ackermann (Bora-hansgrohe) e Timothy Dupont (Wanty-Gobert Cycling Team) a deixar o desfecho da etapa 1 e 4 em aberto.

O ano passado foi o holandês Groenewegen a levar a melhor sobre o francês Demare. Este ano espera-se mais concorrência nas chegadas ao sprint. Fonte: sulinformação.pt

Também no esforço individual contra o relógio haverá luta de titãs, com alguns dos maiores especialistas da modalidade em competição. Com a ausência da Movistar, e por consequência de Nelson Oliveira, os gémeos Gonçalves, José (Team Katusha Alpecin) e Domingos (Caja Rural-Seguros RGA), são a esperança lusa para enfrentar ciclistas como Maciej Bodnar (Bora-hansgrohe), Stefan Küng (Groupama –  FDJ), Søren Krag Andersen (Team Sunweb), Dylan Van Baarle, Wout Poels e David de la Cruz (Team Sky), Mads Pedersen e Ryan Mullen (Trek – Segafredo), entre outros.

Quanto às equipas portuguesas, espera-se que o W52 – FC Porto, como equipa do escalão superior, assumo uma maior responsabilidade no que toca à luta por um Top 10, seja ele em etapas ou na geral final. Quanto às restantes equipas irão procurar bater-se de igual contra equipas com orçamentos muito superiores aos seus. No ciclismo a estrada pode sempre coroar uma atitude mais ousada. Está tudo pronto para 5 dia de espectáculo no Algarve.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS