Mundial de Ralis em Polvorosa
A temporada de 2019 não terminou da melhor forma para os aficionados do asfalto e da gravilha, uma vez que o último rali da época que teria lugar na Austrália foi cancelado devido aos incêndios devastadores que assolaram o “continente-ilha”.
Atendendo ao cancelamento do Rali da Austrália, a Hyundai Shell Mobis WRT conquistou o Mundial de Construtores com 380 pontos, mais 18 do que a Toyota Gazoo Racing, que não conseguiu assim revalidar o título de construtores. Bem mais atrás ficaram as formações da Citroën Total WRT com 284 pontos e da M-Sport Ford WRT com somente 218 pontos conquistados.
Quanto às contas do mundial de pilotos, Ott Tänak assegurou a conquista do título após uma reta final de grande nível onde em 4 provas disputadas somou duas vitórias e ainda um “2º lugar” no Rali da Catalunha, que carimbou a ascensão ao trono do estónio. Pela quarta vez consecutiva, Thierry Neuville voltou a ficar com a etiqueta de “vice-campeão”, relegando Sébastien Ogier, que vinha de 6 títulos consecutivos, para o lugar mais baixo do pódio.
Encerrada a temporada de 2019, as equipas e os pilotos começaram imediatamente a preparar o futuro e o rebuliço no Mundial de Ralis não se fez esperar com despedidas, danças de cadeiras e ainda muita indefinição no ar.
A maior alteração prende-se com o abandono da Citroën Total WRT que, após Sébastien Ogier anunciar que não queria continuar com a formação gaulesa, decidiu que iria deixar o Mundial de Ralis e dedicar-se a outras competições automobilísticas. O piloto gaulês não demorou muito a arranjar uma nova equipa e vai juntar-se à Toyota Gazoo Racing, substituindo o atual campeão Ott Tänak que já se tinha comprometido com a Hyundai Shell Mobis WRT.
Entretanto, a Toyota Gazoo Racing dispensou os serviços de Jari-Matti Latvala e de Kris Meeke, dois pilotos que nunca estiveram perto do nível exibicional de Ott Tänak, tendo já anunciado para os seus lugares o regularíssimo Elfyn Evans e o talentoso Kalle Rovanperä.
O fim da Citroën Total WRT deixa no mercado Esapekka Lappi, contudo, neste momento só restam vagas na equipa da M-Sport Ford WRT, dado que a Hyundai Shell Mobis WRT já conta nas suas fileiras com Thierry Neuville, Dani Sordo, Sébastien Loeb e o recém-chegado Ott Tänak. A escuderia de Malcom Wilson ainda não fechou a sua linha de pilotos e pode muito bem aproveitar a desistência da Citroën Total WRT para adicionar Esapekka Lappi, um piloto bastante irreverente capaz de potenciar as qualidades do Ford Fiesta WRC.
Elfyn Evans, Sébastien Ogier, Tommi Mäkinen e Kalle Rovanperä | Fonte: TGR