Azar de Evans Coroa Ogier
Após o cancelamento do Rali da Bélgica, todas as contas do Mundial de Ralis se iam decidir em Itália, mais concretamente, no surpreendente, mas pouco espetacular Rali de Monza.
Elfyn Evans e a Hyundai Shell Mobis procuravam manter em Itália a liderança na classificação por pilotos e por construtores, respetivamente, porém, houve lugar a um golpe de teatro que retirou Elfyn Evans do caminho de um inédito título e que selou o bicampeonato em termos coletivos para a Hyundai Shell Mobis. Durante as primeiras etapas do Rali de Monza, a liderança da prova foi disputada entre Dani Sordo e Esapekka Lappi, que eram seguidos de perto pelo trio de titãs Sébastien Ogier, Elfyn Evans e Ott Tänak.
Ao segundo dia, Sébastien Ogier mostrou que estava em Itália para lutar até ao fim pelo 7º título, tendo tomado a liderança da prova logo no início da manhã, contudo, o esforço do gaulês era até então insuficiente pois o seu companheiro de equipa Elfyn Evans seguia nos lugares do pódio e controlava a corrida e as contas do campeonato. Porém, as condições adversas e de fraquíssima aderência acabaram por ludibriar Elfyn Evans, que perdeu o controlo do seu Toyota Yaris e saiu de estrada, terminando assim com as aspirações do galês mas também da Toyota Gazoo Racing.
Após o abandono de Thierry Neuville e de Elfyn Evans, bastou a Sébastien Ogier chegar até ao final do Rali de Monza para garantir o heptacampeonato, estando agora a 2 títulos do incrível eneacampeonato da lenda Sébastien Loeb. Já ao nível de construtores, o abandono de Elfyn Evans garantiu matematicamente o título para a Hyundai Shell Mobis pelo 2º ano consecutivo.
Num ano extremamente atípico para tudo e todos, voltou a triunfar individualmente Sébastien Ogier, que não foi mais rápido do que Elfyn Evans mas soube ser mais regular e mais frio na hora das decisões. A Toyota Gazoo Racing volta a queixar-se somente de si mesma pois, apesar de ter tido na maioria das provas um andamento superior à sua rival Hyundai Shell Mobis, os últimos dois ralis menos conseguidos em Itália retiraram qualquer possibilidade de reconquistar o título de construtores.
Nota final para uma temporada absolutamente medíocre da histórica M-Sport que nunca conseguiu aproximar-se do ritmo competitivo das formações asiáticas, não honrando de todo o carisma e a capacidade da equipa britânica de Malcolm Wilson.