João de MatosO nosso lugar é nos grandes palcos
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A Seleção Nacional de andebol entrou da melhor forma no Grupo 4 da segunda fase de qualificação para Europeu de 2022, ao vencer em Matosinhos a seleção de Israel por 31-22.
A Seleção Nacional de andebol entrou da melhor forma no Grupo 4 da segunda fase de qualificação para Europeu de 2022, ao vencer em Matosinhos a seleção de Israel por 31-22.
Em busca da qualificação para a segunda fase final consecutiva, depois do histórico sexto lugar no último Europeu, Portugal até nem entrou bem na partida, mas acabou por reagir e ao intervalo já vencia por 14-12. No segundo tempo, a eficácia lusa aumentou, assim como o desempenho defensivo, permitindo gerir o jogo de forma mais tranquila. No Grupo 4 estão ainda as seleções da Islândia e da Lituânia, com os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhores terceiros classificados a apurarem-se para o Euro2022, na Hungria e na Eslováquia. De ressalvar a enorme gestão de Paulo Pereira, que mesmo com o jogo empatado na primeira parte rodou bastante a primeira linha, com entradas de Salvador Salvador, um jovem jogador com enorme potencial e Leonel Fernandes que se estreou pela nossa seleção.
Portugal nunca foi uma seleção nesta modalidade que é o andebol, habituada aos grandes palcos internacionais, apesar da antiga geração de jogadores ser muito talentosa, como Carlos Carneiro, Cláudio Pedroso, Bruno Moreira e João Ferreirinho, Portugal há quase 20 anos que se tinha qualificado para um Europeu. Tudo isto se deve à grande equipa técnica e ao enorme talento que neste momento o timoneiro Paulo Pereira tem à disposição.
Neste lugar em que nos encontramos tem que nos dar motivação e nos fazer ver que realmente temos qualidade e somos capazes. Durante alguns anos faltou isso ao andebol português. Passando duas equipas, temos de pensar que é impensável não ir ao próximo Europeu.
A principal oposição chama-se Islândia, que infligiu uma derrota na ronda principal do Campeonato da Europa (28-25) e fará dois jogos com Portugal em janeiro de 2021, antes de novo cruzamento no Mundial do Egito, dois meses antes do torneio pré-olímpico. António Areia admite “ser possível” Portugal continuar a somar êxitos na elite do andebol, visando a sexta presença no Campeonato da Europa, “um excelente Mundial” após 18 anos de ausência e uma inédita qualificação olímpica, que “seria o auge da carreira”.
“Apesar de estarmos ansiosos para voltar a jogar com bancadas cheias, já não nos podemos agarrar muito a esse fator e temos de nos adaptar a esta realidade. Se não existe a força do público, temos de ter mais força dentro do grupo para fazer o tal papel dos adeptos nos jogos. Ao início foi estranho, mas não é uma coisa nova”, lembrou.
Portugal vai lutar por uma das 20 vagas restantes no próximo Campeonato da Europa, que decorre entre 13 e 30 de janeiro de 2022, na Hungria e na Eslováquia, ambas já apuradas na condição de anfitriãs, tal como Espanha e Croácia, finalistas em 2020.
