1ª ronda do Mundial de Rugby Feminino: Inglaterra arranca a encantar

Helena AmorimOutubro 11, 20223min0

1ª ronda do Mundial de Rugby Feminino: Inglaterra arranca a encantar

Helena AmorimOutubro 11, 20223min0
Na Nova Zelândia já começou o Campeonato do Mundo de rugby feminino, e a Inglaterra entrou a ganhar em grande como conta Helena Amorim

O Campeonato Mundial de Rugby Feminino que se deveria ter realizado em 2021, realiza-se este ano entre 8 de Outubro e 12 de Novembro. Trata-se do nono Mundial da modalidade na versão feminina, com a Nova Zelândia a contar com cinco vitórias, a Inglaterra com duas e Estados Unidos com uma.

A primeira jornada já se realizou a 8 e 9 de Outubro com jogos disputadíssimos nas três pools, com Gales e Nova Zelândia a vencerem na Pool A, a Escócia e Austrália respectivamente. A Escócia vendeu cara a derrota mas uma quase infinita jogada de persistência de Gales deu-lhes a falta que acabaram por converter.

Na Pool B, Itália e Canadá venceram USA e Japão, respectivamente: Itália com um desempenho valoroso e o Canadá igual a si mesmo, uma equipa de alta rodagem.

Na Pool C, França e Inglaterra ganharam sobre África do Sul e Fiji. De mencionar que os resultados mais “gordos” corresponderam às quatro equipas perfiladas para potencialmente ganharem este Mundial:

A EQUIPA EM FOCO: RED ROSES SEMPRE A CARBURAR

A Inglaterra conseguiu a sua 26ª vitória consecutiva, desta feita frente a uma estreante Fiji que, na primeira parte, deu bastante trabalho ao lado comandado por Simon Middleton.

Fiji entrou com uma boa corrida, com muita largura de ataque e alguns offloads de recorte artístico. A imponência física e o bom trabalho no break down, foi algo que apanhou as Red Roses desprevenidas e o resultado ao intervalo de 24-14 para a Inglaterra com dois ensaios marcados pelas Fijianas, mostrava bem o equilíbrio e a competitividade nos primeiros 40 minutos. Aliás, os dois ensaios da primeira parte de Fiji, merecem ser revistos pela excelência das jogadas e pela superior finalização da ponta direito (Alowesi Nakoci) e pela primeiro centro (Sesenieli Donu).

Na segunda parte, a disposição Inglesa foi totalmente diferente e a melhor capacidade física, mental e de gestão de jogo, veio ao de cima através de dez ensaios marcados. Uma boa parte desses ensaios foram fruto da trademark Inglesa, o lineout drive, assim como a partir de outras fases estáticas do jogo, senão veja-se: dos 14 ensaios, dois foram na sequência de mauls dinâmicos e três foram lineout drives.

Só para ter uma ideia, a estatística desde início de 2021 referente ao sucesso em termos de ensaio a partir de lineout a 22 m foi de 48% e a 5m, de 71%! Uma marca impressionante de eficácia e de disciplina neste movimento do jogo.

Momento incrível, foi o ensaio de Abby Dow, regressada de seis meses a recuperar uma perna partida (diz que a fisioterapeuta Emily Ross é actualmente uma das suas melhores amigas!).

A velocidade de handling da bola, os lineout drives, o poder físico, a disciplina e técnica superiores foram realmente prevalentes na segunda parte do jogo, com uma alegria associada ás jogadas, que muitas vezes não se vê num jogo a este nível. Hat-trick da ponta esquerdo de 26 anos Claudia MacDonald mas a “woman of the match” foi a asa aberta Sadia Kabeya.

Apesar da excelência da performance Inglesa, de referir que o sucesso de pontapés de Emily Sacarratt (segundo centro) foi apenas de 5 em 10, talvez por ainda não estar plenamente adaptada à bola ligeiramente mais pesada deste mundial e ainda a baixa taxa de sucesso nas placagens Inglesas (75% contra uns habituais 90%).

 


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