O Renascimento de Giuseppe Rossi
Formado em Parma e Manchester United, Giuseppe Rossi nascido em New Jersey, nos Estados Unidos, encontrou em Villarreal a sua melhor cidade para exprimir-se na língua do futebol. Através de golos e assistências, o italiano fez no sul de Espanha as suas melhores temporadas. Embora, não tenha recebido prémios, a verdade é que, Rossi foi fundamental na formação espanhola que chegou às meias-finais da Liga Europa, em 2011 – eliminados pelo FC Porto – e terminou em 4º na La Liga, logo atrás de Barcelona, Real Madrid e Valência.
Os golos foram sempre a sua melhor expressão dentro de campo, o avançado móvel e rápido, dotado tecnicamente viveu sempre de golos e assistências. Companheiro de Cristiano Ronaldo, em Manchester, foi com os médios de recorte técnico fino que melhor viveu. Borja Valero, Santi Cazorla e Bruno Soriano nas suas costas a servi-lo para os 32 golos que anotou em 2010/11. Para muitos a sua melhor temporada, e, os números não deixam mentir: 56 jogos, 32 golos. Depois disto, foi sempre em queda, as lesões apareceram e Rossi não conseguiu voltar a exprimir-se da melhor forma.
Em Florença tentou o renascimento. Vinha de uma gravíssima lesão nos ligamentos onde perdeu uma época inteira. Ao todo, 20 golos distribuídos pelas três épocas e meia, só em 2013/14 apontou 17. Parecia voltar o melhor, mas de novo a dolorosa lesão nos ligamentos e mais de 100 dias de fora de competição. Uma nova época perdida para Giuseppe Rossi, o italiano que deu a conhecer-se ao grande público em 2007 no Europeu de Sub-21 e que brilhou em Pequim 2008 nos Jogos Olímpicos.
Espanha como porto de abrigo para Giuseppe Rossi
Espanha parecia ser o seu porto de abrigo depois de mais uma longa paragem, tentou voltar a onde tinha sido feliz. Mas desta vez não para representar o Villarreal, mas sim o Levante. Meia época bastante boa, tendo em conta o contexto que o clube vivia e do próprio jogador. Foi suficiente para Eduardo Berizzo olhar para ele e contratá-lo para o Celta de Vigo. Voltava assim a um clube com expressão e história em Espanha, agora na Galiza e em Vigo. Próximo do norte de Portugal, onde em tempos foi apontado para representar o FC Porto.
Já não era a jovem promessa que chegou a Espanha em 2007 vindo do Parma, Rossi procurava aqui de uma vez por todas afirmar-se de novo na elite. Jogar já era suficiente, os golos a seu tempo. A concorrência era forte, Iago Aspas, Pione Sisto e Guidetti eram o tridente ofensivo mais utilizado, Rossi vinha logo a seguir. Era praticamente o 12º jogador dos galegos. A época corria bem para o clube e o jogador, embora sem grande expressão como em tempos. No entanto, quando menos se esperava o azar voltou a bater à porta do italiano; nova lesão ligamentar e mais seis meses de fora.
Genoa…de novo o renascimento italiano
Recuperado da lesão contraída em Março de 2017, Rossi procurará agora voltar paulatinamente aos relvados para tentar ser novamente feliz. De novo Itália, a história parece voltar sempre ao seu país. A cada lesão que tem na época seguinte regressa a Itália ou Espanha. É um ciclo vicioso, assim como parece ser a carreira do avançado. Um ciclo que termina sempre em lesões depois da afirmação.
Desvinculado que está do Celta de Vigo, aos 30 anos o atacante procura a confiança, e, o Genoa foi o clube que o recebeu de braços abertos. Regressa assim à sua Serie A e a um clube que procurar fugir da despromoção, tal e qual como em Levante. Um clube histórico e com jogadores de elite no seu plantel como o português Miguel Veloso ou o macedónio Goran Pandev. Agora é a incerteza que vai pairar sempre no ar, até quando os joelhos de Rossi não irão ceder, porque se tal não acontecer, Rossi estará ainda muito a tempo de fazer uns anos muito bons em Genoa ou em clubes com mais expressão em Itália ou em Espanha.