Los Angeles FC. Do topo da Conferência Oeste à conquista da MLS?
O “bilhete de identidade” do clube indica que este foi fundado apenas em 2014, mas a prestação dos Los Angeles FC desde que se estrearam na MLS (2018) parece indicar que se está falar de uma equipa com muita rotação e experiência na competição. O plantel tem jogadores com bastante qualidade, a equipa técnica conhece bem a Major League Soccer e os adeptos da formação californiana são inexcedíveis em termos de apoio, mas conseguirão os Los Angeles FC chegar ao título já em 2019?
Passos firmes na construção do futuro
Foi numa cerimónia que decorreu no dia 30 de outubro de 2014 que a Major League Soccer anunciou a atribuição de uma vaga na liga a um clube de Los Angeles. Depois do fracasso dos Chivas USA, a direção da MLS procurava que fosse fundado um clube com capacidade de atrair os habitantes da cidade e que criasse uma rivalidade com os LA Galaxy. Assim nasceram os Los Angeles FC.
Já depois de serem revelados os planos para o estádio e as cores e símbolo do conjunto californiano, Bob Bradley, técnico que contava com passagens pelos Chicago Fire, New York Red Bulls e pela seleção norte-americana, foi anunciado como técnico dos Los Angeles FC. Se a escolha do treinador já indicava as intenções de clube em ser um dos destaques da Major League Soccer, a contratação de Carlos Vela como o primeiro “Designated Player” confirmou isso mesmo.
Para além disto, o conjunto californiano garantiu nomes interessantes no Expansion Draft. Tyler Miller vinha sendo suplente nos Seattle Sounders, mas conseguiu fixar-se no 11 titular e exibir-se a bom nível na nova equipa. Latif Blessing é um extremo rápido e com algum golo, sendo também um nome habitual nas escolhas iniciais de Bob Bradley. Embora já tenha deixado o clube, Marcos Ureña foi importante na primeira metade da temporada passada e Laurent Ciman, que chegou dos Montreal Impact por troca com Raitala e com Edwards (agora atua nos Toronto FC).
O forte investimento feito em termos de plantel acabou por compensar na época de 2018. Os Los Angeles FC terminaram no terceiro lugar da Conferência Oeste e, apesar de terem sido eliminados na primeira eliminatória dos playoffs, ficou a certeza de que o futuro traria coisas positivas para a formação da Califórnia.
Crescimento da equipa dita sucesso
A primeira temporada dos Los Angeles FC pode ser definida com bastante positiva, mas o início da presente época está a exceder as expectativas até dos adeptos mais otimistas. Em nove partidas realizadas (até ao momento em que este artigo é publicado), a formação capitaneada por Carlos Vela soma sete triunfos, um empate e apenas uma derrota.
Tal como já foi referido, Tyler Miller é dono e senhor do lugar na baliza. Na linha defensiva, Steven Beitashour chegou dos campeões em 2017, Toronto FC, para ser o titular do lado direito e Jordan Harvey ganhou o lugar a João Moutinho, que acabou por se transferir para os Orlando City, e é o eleito por Bob Bradley para o faixa esquerda.
Apesar de Laurent Ciman ter saído a meio da temporada passada, os Los Angeles FC conseguiram colmatar a perda do internacional belga. Walker Zimmerman mantém-se como um dos pilares da equipa, mas ao seu lado joga agora Eddie Segura, jogador colombiano de apenas 22 anos.
Bob Bradley tem apostado no 4-3-3 como esquema tática de eleição. Na zona intermediária do terreno, Eduardo Atuesta é o titular indiscutível na posição de médio defensivo. Inteligente taticamente e com boa qualidade de passe, o jovem colombiano de 21 anos entende-se de olhos fechados com Mark Anthony Kaye. O internacional canadiano esteve lesionado na reta final da temporada passada, mas vem mostrando que, estando bem fisicamente, é um dos bons médios da Major League Soccer. Embora seja um extremo de raiz, Latif Blessing tem vindo a ser utilizado numa posição mais central.
Carlos Vela e Diego Rossi têm estado numa excelente forma nos primeiros meses da temporada. O mexicano leva já dez golos na presente temporada, podendo mesmo vir a ser considerado MVP da competição em 2019. O jovem uruguaio é o segundo “Designated Player” do conjunto californiano (André Horta completa o lote, mas as lesões e a falta de adaptação não o têm permitido jogar com regularidade) e soma até ao momento seis tentos. Por fim, Christian Ramirez e Adama Diomande têm dividido a titularidade na posição de ponta de lança.
Sendo certo que a Major League Soccer começou há cerca de dois meses, a verdade é que os Los Angeles FC se vão assumindo como um dos principais candidatos à conquista da competição. Conseguirá a equipa californiana manter o nível até ao fim do campeonato?
Artigo escrito por Diogo Matos, administrador e fundador da página MLS Portugal.