Michael Edwards: O homem a trabalhar na sombra de Klopp
Pedro Sousa é autor do projeto Bola na Relva e colaborador do Fair Play!
O sucesso do Liverpool FC vai muito para além de Jürgen Klopp. O treinador conseguiu construir uma equipa poderosa e transformar o emblema inglês numa das melhores equipas do mundo. Apesar de atribuir a maior fatia do sucesso a Klopp, existe um homem que trabalha na sombra para oferecer aquilo que o técnico germânico pretende. Michael Edwards é quem labora para montar uma equipa à imagem de Klopp.
A subida de Michael Edwards até ao topo
O atual Sporting Diretor do Liverpool está no clube desde 2011. Antes, um dos homens fortes dos Reds, passou pelo Portsmouth e pelo Tottenham. No clube que agora está nas divisões inferiores do futebol inglês, Edwards assumiu a função de analista. Começou em 2003 e saiu para Londres em 2009. No emblema londrino manteve as mesmas tarefas, até ser chamado pelo Liverpool FC em 2011.
Numa primeira fase continuou com os mesmos serviços que nos anteriores clubes. Quando Michael Gordon, atual presidente do clube de Merseyside, tomou posse, Michael Edwards passou para Director of Technical Performance, em 2013, depois para Technical Director, no ano de 2015, e, por fim, assumiu, em 2016, a posição que ocupa atualmente. Uma subida a pulso para um homem que prefere estar sempre na sombra e que não dá entrevistas.
As contratações de Edwards
O Liverpool FC antes de Michael Edwards assumir as atuais funções estava constantemente a errar nas contratações. Era falhanço atrás de falhanço e perdeu muito dinheiro em jogadores que nunca vingaram com a camisola dos Reds. Os casos de Benteke, Mário Balotelli, até mesmo, Lazar Markovic, entre outros, retardaram o processo de reafirmação do Liverpool no futebol inglês e mundial. Contudo, com a chegada de Michael Edwards a Sporting Diretor, o clube de Anfield cresceu substancialmente. Claro que nunca podemos dissociar este êxito a Klopp. As finanças do clube melhoraram e muito está relacionado com a posição dos Reds no mercado.
Começando pela aquisição de Andrew Robertson ao Hull City. O defesa esquerdo escocês custou aos cofres de Anfield cerca de 9 milhões de euros, em 2017. No mesmo mercado de transferências, o Liverpool vendeu Kevin Stewart por um valor semelhante. Um jogador que custou zero aos Reds (formado nas escolas do emblema de Merseyside) foi vendido quase pelo mesmo preço de um dos melhores defesas esquerdos do mundo, atualmente.
Depois temos um dos casos mais badalados da história do Liverpool: a venda de Coutinho ao Barcelona. O internacional brasileiro foi vendido por 145 milhões de euros, em janeiro de 2018. Os responsáveis do clube inglês, à cabeça Michael Edwards, usaram esse dinheiro para comprar Virgil van Dijk e Alisson Becker. Dois elementos cruciais na conquista do Liverpool na Liga dos Campeões.
Agora, não podemos esquecer as “pechinchas” que custaram Mohamed Salah, Sadio Mané e Roberto Firmino. O egípcio foi adquirido à AS Roma pela quantia de 42 milhões de euros. Mané custou aos cofres do Liverpool cerca de 41 milhões de euros e Firmino foi comprado ao TSG 1899 Hoffenheim pelo mesmo preço.
Foram três negócios sensacionais, olhando para aquilo que eles valem agora. Posto isto e se olharmos para as vendas do Liverpool, podemos destacar que Benteke foi vendido por 31 milhões, Mamadou Sakho por 29 milhões, Danny Ings foi adquirido pelo Southampton por 22 milhões, Dominic Solanke foi para o Bournemouth por 19 milhões e Danny Ward, guarda-redes que raramente representou os Reds, custou 12 milhões aos cofres do Leicester.
One comment
Álva Oliver Lim
Abril 27, 2021 at 7:12 pm
Teria alguma outra continuação desta reportagem, fiquei interessado no analista de dados, estou estudando sobre data science e queria saber sobre álgebra linear aplicada a data science e como ela pode interferir significadamente no mundo futebolístico ?