Ioannidis vale mesmo todo este esforço do Sporting?
O Sporting continua a tentar fechar Ioannidis, mas o processo não está fácil e já se arrasta há largos meses. Neste sentido e com a época já em andamento, impõe-se a questão: O Sporting precisa mesmo de Ioannidis? e se sim quanto deve investir num potencial substituto de Gyokeres?
Em primeiro lugar parece-me evidente que o Sporting terá que ir ao mercado atacar um jogador para a frente de ataque que ficou claramente carente após a saída de Paulinho para o México. O Sporting conta com Pote, Trincão e Edwards para as alas e depois conta com Gyokeres na frente de ataque, sendo que Rodrigo Ribeiro e Rafael Nel fecham o lote de avançados da equipa. Os dois jovens até deram boas indicações na pré-temporada, mas ficou claramente a sensação que não são opções 100% seguras para quem pretende atacar o bicampeonato e fazer boa figura na UEFA Champions League.
Uma vez que as soluções nas alas também são escassas, idealmente até deveriam chegar dois reforços para o ataque (falou-se muito em Chiquinho), mas o Sporting parece agora apostar as fichas num avançado que goste de descair e possa fazer dupla com o sueco, como acontecia com Paulinho na época transata.
Nesse sentido já se percebeu, pelas declarações e modo de atuar de Amorim ao longo dos anos, que só há dois outcomes possíveis: Ou chega Ioannidis ou não chega ninguém!
Ioannidis é de facto um avançado muito completo que alia um bom posicionamento e uma boa finalização a um bom jogo aéreo que o leva por exemplo, a ser titular à frente de Pavlidis na seleção grega, sendo o novo reforço do Benfica também ele um excepcional ponta de lança.
Mas depois entra a vertente financeira e segundo o que é noticiado na imprensa portuguesa, o Panathinaikos já pede aos leões uma quantia à que foi paga por Viktor Gyokeres na temporada passada, levantado dúvidas sobre até que ponto deve o Sporting investir mais de 25M de euros num atleta que, pelo menos nesta fase, parte atrás dos 3 habituais titulares e que, diga-se, são de um nível soberbo em Portugal. Por outro lado o Sporting tem que criar o hábito de ter várias soluções de calibre na frente e as boas soluções são sempre mais caras, mas pagam-se a longo prao quando acertadas.
Não há uma resposta correta a esta parte, objetivamente falando a frente de ataque é nesta fase a posição mais carenciada do clube e parece quase obrigatório reforçar, mas conhecendo as contas dos clubes portugueses parece quase impossível que o Sporting se possa dar ao luxo de contratar Ioannidis, Debast e Kovacevic, tendo recebido muito menos do que o investido. Seria ótimo do ponto de vista desportivo, mas irresponsável financeiramente, mesmo com as receitas da Champions.
Acreditanto que o Sporting tudo fará para dar a Amorim uma última prenda, parece evidente que alguém terá que sair e só há realisticamente 3 nomes que podem sair (abaixo da cláusula obviamente e que resultem num retorno aceitável): Inácio, Diomandé e Edwards.
A saída dos centrais pós saída de Coates e Neto limitaria muito a linha defensiva que nunca sabe muito bem quando contar com St. Juste o que significaria quase obrigatoriamente mais um reforço naquele setor, sendo por isso menos provável do meu ponto de vista. Já a saída de Edwards parece mais provável. O extremo é nesta altura suplente e pode desejar sair para ter mais minutos, no entanto, tal saída obrigaria o Sporting a contratar um extremo no mínimo para não ficar descalço ou andar a esticar Quenda, Catamo e Nuno Santos para mais que uma posição.
Só o tempo responderá a estas perguntas, mas por enquanto fica a opinião de que o Sporting precisa de um avançado, pode mesmo ter que fazer um bom investimento por ele (os avançados bons são caros), mas terá que fazer um equilíbrio de contas algures.