3 Detalhes que Explicam a Derrota do Sporting frente ao City
O Estádio José Alvalade vestiu-se de gala para receber o Manchester City, naquele que foi o regresso da turma leonino aos oitavos de final da principal prova de clubes da UEFA. Mas a noite foi tudo menos feliz para o Sporting que se viu vergado por uns esclarecedores 5-0 que sentenciam desde logo uma eliminatória que já estava praticamente decidida desde o sorteio (o segundo) realizado há uns meses.
E ficaram logo bem patentes as fragilidades que o Sporting ainda demonstra quando defronta equipas desta qualidade técnico-tática. A começar pelo 11 apresentado, foi claro que o técnico Rúben Amorim escolheu um onze a pensar mais no Estoril do que no Manchester City, com os castigados Palhinha e Esgaio a serem lançados para continuarem a somar minutos, poupando Ugarte e Feddal que deverão regressar na partida da Liga NOS.
Cedo se percebeu que a vida não iria ser fácil para Esgaio a jogar com os pés trocados, primeiro pela dificuldade em controlar Sterling e segundo pela falta de critério na frente com o seu pior pé. Mais um jogo que serviu para mostrar que é necessário um defesa esquerdo ou um central no próximo mercado que finalmente defina a posição concreta de Matheus Reis no plantel, uma vez que Vinagre continua longe de justificar a contratação e Feddal não aguenta 3 partidas consecutivas no onze.
Como se o jogo já não fosse difícil o suficiente, Alvalade foi mais uma vez brindado com um relvado detestável, com inúmeros jogadores a escorregarem nas suas ações, tornando a noite dos centrais leoninos um autêntico pesadelo com escorregadelas comprometedoras no 1º, 3º e 4º golo dos citizens.
Na frente de ataque o trio PSP (Paulinho; Sarabia e Pote) ficou muito aquém do mínimo exigível, passando completamente ao lado do jogo, tendo desperdiçado as poucas situações em que a equipa conseguiu chegar ao último terço, terminando o mesmo sem qualquer oportunidade digna de registo.
No meio de tamanha desinspiração houve um jogador que aproveitou a oportunidade da melhor maneira: Matheus Nunes. O médio leonino fez uma exibição de encher o olho frente a um dos mais fortes meios-campos da atualidade que conta com nomes como Rodri, De Bruyne e Bernardo Silva. Forte a sair da pressão, com as arrancadas que já lhe são conhecidas, a exibição foi tão positiva que nem Guardiola ficou indiferente.
No final convém enaltecer a atitude dos Sportinguistas, muito elogiada por todo o mundo, que mesmo descontentes pelo resultado e pela exibição da equipa não deixaram de apoiar percebendo que o importante é motivar as tropas para o jogo com o Estoril, reconhecendo ao mesmo tempo que a chegada a esta fase da prova já se configura como uma meta bastante positiva na época do Sporting.