O Derby do tudo ou nada para o Sporting Clube de Portugal
O Sporting disputa esta quarta-feira um Derby onde joga a última oportunidade juntar mais um troféu à conquista da Taça da Liga uma vez que, sem grande surpresa, a disputa do campeonato esta época dificilmente poderia ser mais do que uma miragem.
Fosse apenas pela respectiva posição na tabela classificativa e pelo trajecto das equipa na Liga a questão estaria já resolvida, não valendo a pena o esforço de disputar mais um jogo. Mas, como até o histórico o comprova, não há cromos repetidos a ilustrar a as imagens deste confronto histórico. De um jogo completamente desequilibrado, com apenas um sentido no jogo da segunda volta da Liga o segundo confronto seria mais equilibrado. É do seu resultado tangencial que nasce grande parte da esperança que se acalenta em Alvalade.
Basta apenas um golo sem resposta para o Sporting passar em frente e regressar ao Jamor, onde, como referia Bruno Fernandes, tem contas a acertar com o sucedido o ano passado. Mas para isso precisa primeiro de ultrapassar o rival de sempre o que, à partida, não será uma tarefa fácil, tendo em conta até o histórico das equipas. Analisando o seu trajecto são poucos os jogos em que o Sporting não sofre pelo menos um golo e que o seu adversário não marca.
Senão vejamos: Na era Keizer, e contabilizando apenas os jogos para as competições nacionais apenas em cinco jogos ficou com a sua baliza inviolada, apesar de em dois deles (FC Porto e Marítimo) também não ter marcado. Por seu lado, na era Lage, o SLB marcou sempre em todos os jogos nacionais. Ora isso revela uma tendência em que a probabilidade de o Sporting passar com apenas um golo sem resposta não sendo remota é muito pouco provável.
A fragilidade defensiva de Keizer é algo que já vem desde o seu primeiro jogo e que ainda na ultima viagem a Chaves ficou bem expressa num golo que já vimos suceder vezes sem conta. Uma bola perdida, depois de uma tentativa de ligar o jogo pelo centro, com um passe vertical a sair dos centrais, que resulta numa rápida transição sem grande oposição e com os centrais a comportarem-se de forma pouco articulada entre si para reduzirem a possibilidade de êxito do adversário.
A incerteza sobre o destino de Ristovski traz à lembrança o massacre a que foi sujeito todo o lado direito mas especialmente Bruno Gaspar por parte de Rafa, João Felix e as movimentações entre os centrais de Seferovic. Não será de todo improvável que Keizer regresse à fórmula dos três centrais, procurando com isso obter, com mais homens, alguma segurança e conforto nas missões defensivas.
Se, simultaneamente, Keizer lograr dar mais consistência ao seu meio campo, aproximando mais os seus jogadores de forma a permitir maior qualidade à ligação do seu jogo no ataque, obtendo jogadas como as conseguidas nos golos em Chaves, o capitulo final desta história estará longe de ter um vencedor pré-anunciado.