“Cromos” sul-americanos: Jose Perdomo e Carlos Bilardo
Um causou um terramoto à conta de um golo memorável, outro convivia com superstições para combater os “fantasmas”… fica a conhecer estas histórias de Jose Perdomo e Carlos Bilardo!
O TERRAMOTO PERDOMO
O golo que provocou um terramoto na Argentina. Aconteceu no Derby de La Plata. Derby com mais de cem jogos entre Gimnasia e os Estudiantes. Aconteceu no dia 5 de Abril de 1992. Como todos os derbies argentinos, a cidade pára. Menos neste dia. Tanto não parou que tremeu. E logo por causa de um golo.
Quem o provocou foi José Perdomo. Aos nove minutos da segunda parte, falta a favor do Gimnasia à entrada da área. Carlos Javer Odriozola queria marcar mas Perdomo pediu para assumir. Parte para a bola e zau. Golo. Os hinchas triperos foram à loucura. No Departamento de Simologia e Informações Metereológicas do Observatório Atronómico La Plata, o sismógrafo registou vibrações como se tivesse sido um terremoto com mais de seis graus da escala de Richter.
Perdomo ficou conhecido como Terremoto.
AS SUPRESTIÇÕES DE CARLOS BILLARDO
Carlos Salvador Bilardo era muito peculiar. Tinhas rituais intermináveis que ainda dão que falar. Como exponho no episódio do What a Wonderful Game – Argentina, este país tem uma seeeerie de superstições que envolvem o futebol, o que me indica que parece ser um povo muito orientado para essas cabalas.
Vou contar algumas que envolvem Bilardo e peço que escolham a vossa favorita:
1 – em 1986, o autocarro que levava os jogadores ao estádio tinha que ouvir três músicas completas em cada jogo: Total eclipse of the heart , de Bonnie Tyler; Eye of the Tiger, de Survivor ( Rocky III ) e Gigante chiquito, de Sergio Denis. A superstiução tinha como requisito inegociável que a última música terminasse no exato momento em que o autocarro parasse no estádio.
2 – a escoltar o autocarro tinham que ir sempre os mesmos polícias: Jesús e Tobias.
3 – dentro do balneário antes do jogo, o telefone tinha sempre que tocar e Brown tinha que ser sempre o jogador a atender o telefone.
4 – pediu ao hotel para a retirar a placa do quarto número 13. Saltava do 12 para o 14.
5 – Bilardo e sete jogadores (sempre sete) iam a uma hamburgueria no centro comercial da Cidade do México um dia antes do jogo;
6 – a entrar para o campo, Bilardo exigia que Maradona fosse o primeiro a entrar e Burruchaga o último;
7 – ninguém podia comer frango no dia do jogo;
8 – esta mais recente mas também muito engraçada. Envolve Ernesto Farias, craque que passou pelo Porto. Quando jogava nos Estudiantes, Bilardo pedia a Farias para ir ao estádio do jogo na noite anterior para urinar nós dois postes da baliza.
Qual a tua preferida? E lembra-te que podes ouvir mais pormenores no nosso What a Wonder Game da Caderneta dos Cromos!