5 curiosidades sobre Edson Arantes do Nascimento
Na semana que o maior jogador de todos os tempos completa 80 anos, preparamos uma pequena lista com cinco curiosidades da vida de Edson Arantes do Nascimento, ou como todos conhecemos, Pelé.
1 – Pelé expulsou um árbitro
O prestígio de Pelé era tamanho que até os árbitros tinham dificuldade para expulsar o craque de campo. Prova disso foi um amistoso, do Santos, realizado contra a seleção colombiana em 1968. A estrela principal do encontro era, claro, Pelé.
O estádio El Campín, em Bogotá, estava lotado. Todos queriam ver Pelé. Mas, após uma confusão em campo, o árbitro Guillermo Velásquez resolveu expulsar Pelé. Azar o dele, pois a revolta foi tamanha que não houve jeito de o jogo seguir sem Pelé.
Guillermo acabou sendo substituído, pela federação local, pelo bandeirinha. Pelé voltou a campo, e o time brasileiro acabou vencendo a partida por 4 a 2. Foi o dia em que, mesmo sem querer, Pelé acabou expulsando um árbitro de campo.
2 – O Rei parou uma guerra
Em outro episódio do tipo, em 1969, o Santos fazia uma excursão na África. Quando chegou na Nigéria para realizar um amistoso contra a seleção do Meio Oeste, o Rei do Futebol fez o impensável: parou uma guerra. O ambiente hostil pelo confronto entre nigerianos e separatistas do Leste parou para ver Pelé.
Tanto que foi decretado feriado no dia do jogo do Peixe contra o combinado local. Tudo parou. Foi decretado um cessar-fogo para que o time brasileiro chegasse e saísse do estádio em segurança. O Santos acabou vencendo por 2 a 1.
3 – Porque nunca jogou na Europa
Hoje é quase impossível pensar em um jogador com as habilidades de Pelé fora do mercado europeu. Mas em seu tempo, o cenário era outro. Assim como a maioria dos atletas contemporâneos ao seu período, Pelé não atuou em clubes do Velho Continente.
Apesar de Milan e Real Madrid terem feito propostas ao Rei, não houve interesse do mesmo em jogar em solo europeu. Em seu livro ‘Pelé – A importância do futebol’, diz que recusou o Real Madrid e o Milan por motivos como o arroz e feijão da mãe dele, a temperatura, as praias do Brasil e a proximidade da família.
4 – Goleiro, Cinema e Cavaleiro da coroa britânica
Além de ter sido um incrível jogador de linha, Pelé também mostrou que tinha potencial para ser goleiro. Ele ocupou a posição de guarda-redes em quatro ocasiões com a camisa do Santos. E o melhor: não foi vazado nenhuma vez.
Pelé também manifestou suas habilidades artísticas no cinema. Ele chegou a atuar ao lado de Sylvester Stallone e Michael Caine no filme “Fuga para a Vitória” (1981). No Brasil, o Rei integrou o elenco de “Os Trombadinhas” (1979) e “Os Trapalhões e o Rei do Futebol” (1986), ao lado de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
Em 1997, Pelé, que era Ministro do Esporte, foi condecorado pela Rainha Elizabeth II Cavaleiro da Coroa Britânica. O título é equivalente ao de “Sir”, concedido apenas para ilustres nascidos na Inglaterra. No futebol, além do Rei, Alex Ferguson e Bobby Charlton, possuem a mesma honraria.
5 – Aulas com John Lennon
Pelé e John Lennon se encontraram, em uma escola de idiomas de Nova Iorque. O Rei havia sido recém-contratado pelo New York Cosmos e precisava aprimorar seu inglês. O Beatle, por sua vez, aprendia o idioma japonês. Eles só não previam estudar na mesma instituição.
Enfim, maior artilheiro da história da seleção brasileira, com 77 gols em 91 jogos, Pelé só não ganhou a Copa América com a seleção (participou uma vez, marcou oito gols em seis jogos). Com o Santos, foi campeão da Taça Brasil cinco vezes, uma do Roberto Gomes Pedrosa, 11 do Paulista, quatro do Rio-São Paulo, duas da Libertadores e duas do Mundial. É o nome maior do clube.
Pelé se despediu do futebol nos Estados Unidos. Após longa carreira no Santos, optou por tentar desenvolver o esporte na Terra do Tio Sam. Foi um sucesso de marketing fora de campo, mas também alcançou bons feitos com a bola nos pés. Fez 37 gols em 64 jogos pelo Cosmos, sendo campeão da North American Soccer League.
Nunca haverá outro como Pelé, o jogador mais completo da história: marcou gols antológicos de cabeça, com a perna esquerda, direita, dava passes geniais e foi até goleiro (atuou quatro partidas pelo Santos na meta em tempos que não existia substituições). Edson existem muitos, mas Pelé, só um. E é o Rei.