Os feitos da Ginástica Acrobática em 2019 com Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca S. Maia
O Fair Play entrevistou Lourenço França, um dos treinadores de ginástica acrobática do Acro Clube da Maia (ACM), e as ginastas Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca S. Maia, que integram o trio elite sénior da seleção portuguesa da modalidade.
Bárbara, como é que te sentes perante estes resultados fantásticos alcançados em Minsk, após uma ausência de 4 anos? O que te fez a voltar à ginástica? Tem sido difícil conciliar a vida académica com o ritmo intenso dos treinos?
R: Foi muito bom obter estes resultados, foi um sonho tornado realidade. A participação era algo há muito tempo desejada. Voltei porque a ginástica é o que me faz sentir feliz e realizada. Tinha ainda objetivos por cumprir. Sim, tem sido difícil conciliar tudo, por falta de apoio e compreensão por parte de alguns docentes da faculdade.
Francisca Maia, faço uma pergunta no mesmo sentido: Após uma (breve) ausência das competições, como encaras este regresso, ainda mais sendo “premiada” com estes resultados brilhantes?
R: Foi muito difícil para mim estar fora das competições. Estive durante uma época ansiosa por voltar. Portanto agora competir e ainda por cima ter estes resultados é fantástico.
Francisca S. Maia, começaste a época com bases novas e num escalão muito mais exigente.. Como olhas para os resultados alcançados nos Jogos Europeus?Sentes que todas as expetativas foram superadas?
R: Iniciei esta época com as expectativas muito altas, visto que era o meu primeiro ano de sénior. Os resultados nos Jogos Europeus sempre foram um sonho e ainda soube melhor alcança-los na realidade.
Gostaria que cada uma de vós falasse um pouco de si: Quando começaram a praticar ginástica, o que mais gostam na modalidade e qual foi/foram os momentos mais marcantes na vossa carreira gímnica?
Bárbara: Comecei a praticar aos três anos, quando o Lourenço me propôs entrar na ginástica durante uma aula de educação física. O que mais gosto é de treinar em equipa, da disciplina e de competir. Os momentos mais marcantes para mim foram os world games em 2013 em Cali, os Campeonatos da Europa em Odivelas (também em 2013) e quando o Lourenço me deu um grupo este ano.
Francisca M.: Comecei a treinar aos 7 anos. O que mais gosto nesta modalidade é o facto de me dar disciplina e responsabilidade, o que foi fundamental para me ajudar a crescer e preparar para a vida, mesmo fora do ginásio. Os momentos mais marcantes da minha carreira foram o Europeu de 2013 em Odivelas, porque foi a minha primeira competição internacional de grande importância. Além disso, os campeonatos da Europa de 2015 também foram muito marcantes, pelo orgulho de fazer tocar o hino nacional após ter conquistado medalha de ouro no exercício de dinâmico. E agora os jogos.
Francisca S.M: Comecei a praticar também aos três anos, porque o meu pai era treinador no ACM. O que mais gosto é de competir por causa da adrenalina que me proporciona. O momento mais marcante da minha carreira foram estes jogos.
Depois desta prova, quais são os próximos objetivos definidos? Alcançar o pódio no Europeu em Outubro e depois tentar o apuramento para o Campeonato do Mundo em 2020, e talvez os Jogos Mundiais em 2021?
R: Neste momento o nosso foco é o Europeu em Outubro. Queremos fazer os nossos melhores esquemas e alcançar o pódio. Sim, pretendemos apurar para o campeonato do Mundo em 2020, e ai ficar entre os cinco primeiros para conseguir um lugar para Portugal nos Jogos Mundiais de 2021. Além disso, temos muitas outras provas importantes na próxima época, como as Taças do Mundo.
Lourenço, Bárbara, Francisca M. e Francisca S.M, obrigada por terem concedido esta entrevista. Estamos a torcer para que tragam mais medalhas para Portugal no Europeu, a realizar em Outubro em Israel.