Diogo Valério. “Não, nunca me passou pela cabeça desistir!”
Começas-te a praticar a modalidade no Vitória de Setúbal, o que é que essa instituição significou ou significa para ti enquanto jogador?
Significou bastante para a minha evolução enquanto pessoa e também como atleta, passei sete anos no Vitória de Setúbal e posso garantir que é uma grande escola de formação onde não só se ensina a jogar andebol mas como também passam valores fundamentais para o crescimento enquanto pessoas.
Conseguiste concretizar todos os teus objetivos a nível pessoal e coletivo na época de 16/17?
Tento sempre estabelecer objetivos a curto prazo e nesse sentido penso que todos foram cumpridos: ajudar o meu clube a ser campeão nacional e estar presente no mundial de Sub 19 na Geórgia.
Neste momento és Bicampeão Nacional de Juniores, achas que vão conseguir o Tricampeonato ou vão deixar escapar para o Norte, nomeadamente para a equipa do Águas Santas, que já o ano passado vos tentou “retirar” o título?
Esse é um dos nossos objetivos coletivos para esta época depois de duas épocas a ganhar o campeonato é claro que queremos voltar a fazê-lo este ano, creio que a equipa que entrar melhor na fase final do campeonato será a campeã. Foi assim nos últimos dois anos e vamos fazer para que esta época seja igual.
Sabemos da qualidade da equipa do Águas Santas mas não podemos descartar as outras formações que este ano estão também mais reforçadas o caso CD Xico Andebol, Sporting CP, FC Porto, ABC/UMINHO e o São Bernardo.
Mesmo ainda sendo Júnior já tens composto regularmente a equipa principal do Benfica, como é que foi a adaptação ao plantel de Seniores? Essa adaptação foi fácil ou difícil? Existiu algum jogador que te tenha ajudado ou dito alguma coisa que te tenha marcado?
A adaptação foi super tranquila, a equipa ajudou-me bastante foram mesmo muito acessíveis comigo, a equipa técnica também me deu uma imensa confiança e isso tudo no final fez com que a adaptação fosse feita de forma natural e simples. O Hugo Figueira foi um dos jogadores que ajudou bastante no início de época e neste momento continua a fazê-lo, é um jogador com muita experiência e que se preocupa em ajudar os mais novos, é uma oportunidade de ouro treinar com ele.
Para além de compores regularmente a equipa principal do Benfica, tal como já tinhas frisado és jogador de Seleção Nacional. Qual é que foi o sentimento após veres o teu nome na tua primeira convocatória para a Seleção Nacional? Esse sentimento que pudeste viver na primeira convocatória é o mesmo do resto das convocatórias visto que agora já se tornou um hábito?
Primeiro que tudo eu sou uma pessoa muito patriota, adoro o meu país e por isso representá-lo sempre foi um dos meus objetivos! Quando vi pela primeira vez o meu nome numa convocatória para a Seleção Nacional o sentimento foi de uma alegria imensa e fiquei genuinamente orgulhoso! Sempre que vejo o meu nome numa convocatória o sentimento é exatamente o mesmo, fico bastante orgulhoso e feliz por puder representar o meu país mais uma vez, porque sei que o mais difícil não é chegar ao topo mas sim conseguir lá ficar.
Apesar do pouco conhecimento do público em geral, é meritório mencionar que foste considerado o guarda-redes com mais defesas no Mundial de SUB 19, apesar de não teres sido considerado o melhor guarda-redes do Mundial qual é que foi a tua reação perante tal estatística? E porque é que se falou tão pouco nesse teu êxito?
Ao entrarmos para uma competição deste nível sabemos à partida que existem estatísticas e prémios individuais, estabeleci objetivos coletivos e individuais e nos individuais um deles era ser o guarda-redes com mais defesas, no final acabei por o ser. Fiquei muito orgulhoso de mim e sai da competição com a sensação que deixei tudo dentro de campo. A meu ver não se falou muito nisso porque a informação não foi muito divulgada, poucas pessoas souberam desse ” êxito” mas também não teve qualquer importância para mim, continuarei a trabalhar para que futuramente consiga atingir o meu verdadeiro objetivo.
Alguma vez nos escalões de formação do Vitoria de Setúbal ou até mesmo já no Benfica, por qualquer razão, pensaste em desistir?
Não, nunca me passou pela cabeça desistir. Sempre joguei andebol por iniciativa própria e sou um eterno apaixonado pela modalidade que pratico, se algum dia achar que perdi essa paixão irei meter um ponto final, mas não penso nisso porque como frisei em cima sou um eterno apaixonado da modalidade, sinto-me concretizado na baliza.
Quais são as tuas ideias para o teu futuro enquanto jogador de Andebol? Tens intenções de fazer da modalidade a tua vida? Ou seja seres jogador profissional?
Desde muito cedo que percebi que gostava de fazer do andebol vida, mas todos sabemos das dificuldades que é jogar Andebol profissionalmente em Portugal. Mas porque não tentar?! Ao mesmo tempo também quero tirar a minha licenciatura pois quero ter uma opção caso o andebol não dê.
Qualquer jogador tem um amuleto da sorte ou alguma superstição, tu tens algum/a que nos possas contar e explicar?
Não, tento trabalhar a minha parte psicológica para o jogo, ver vídeos do adversário e claro ouvir música para me focar para o jogo.
Para terminar, tens algum guarda-redes Português como tua referência? E algum guarda-redes estrangeiro?
O Hugo Figueir a nível nacionala, estrangeiro é difícil mencionar um porque tenho muitos que aprecio e tento retirar algo deles mas diria Thierry Omeyer, Niklas Landin, Andreas Palicka, Roland Mikler e Mirko Alilovi.