Arquivo de Futebol de Praia - Fair Play

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Tiago PelicanoNovembro 17, 20246min0

Para fecharmos esta retrospetiva das selecções nacionais de futebol de praia, olhamos para a seleção masculina, que começou 2024 a disputar o Mundial em Fevereiro, no Dubai.

Portugal, comandado pelo seu timoneiro, Mário Narciso, chamou 13 jogadores para disputar a competição, três guarda-redes – Pedro Mano, Ruben Regufe e Diogo Dias -, três fixos – André Lourenço, Bruno Torres e Bernardo Lopes -, cinco alas – Martins, Jordan Santos, Rubén Brilhante, Duarte Algarvio e Rodrigo Pinhal – e dois pivots – Leo Martins e Miguel Pintado.

A competição foi disputada por 16 equipas, divididas em quatro grupos de quatro, onde Portugal partilhou grupo com o eterno rival, Brasil, com Omã e com o México. No primeiro encontro, vencemos o México por 8×2, no segundo jogo e em mais uma grande promoção à modalidade, acabamos por não ser felizes frente ao Brasil e perdemos após prolongamento por 3×2 e no último jogo vencemos a seleção de Omã por 3×2.

As aspirações eram grandes e as esperanças também, vínhamos a praticar um bom futebol praia, mas sentia-se que faltava frescura física aos principais jogadores da seleção e faltava confiança à segunda linha nacional para assumir nos momentos em que Portugal precisava de dar descanso à primeira quadra, muitos minutos acumulados revelaram-se, talvez, traiçoeiros e num jogo em que a sorte também não nos sorriu, acabamos eliminados precocemente do Mundial, nos 1/4 final, frente à Bielorrússia, terminando assim o sonho do quarto Mundial para a nação valente.

No final de Agosto – inicio de Setembro, disputamos na Nazaré, a fase regular da EBSL, num grupo de quatro seleções, com Espanha, Alemanha e Bielorrússia.

Para esta competição, Mário Narciso, chamou 12 jogadores, dois guarda-redes – Pedro Mano e Ruben Regufe -, dois fixos – Rui Coimbra e Bernardo Lopes -, seis alas – Jordan Santos, Bê Martins, Ruben Brilhante, Duarte Algarvio, Rodrigo Pinhal e Vasco Gonçalves – e dois pivots – Leo Martins e Miguel Pintado.

Portugal venceu esta fase regular, vencendo todos os jogos, primeiro a Alemanha por 6×1, depois a Bielorrússia por 6×5 e por fim a Espanha por 6×1.

Nesta competição vimos uma grande diferença para aquilo que foi o Mundial em Fevereiro, Mário Narciso, retirou ilações muito importantes, apostou numa maior rotação das quadras, dando mais tempo de descanso à primeira quadra e com estes mais frescos e a jogar a todo o gás e acrescentando confiança aos restantes jogadores da seleção fomos dominadores em todos os jogos e dávamos grandes indicadores de que seriamos um grande favorito a vencer a Superfinal.

Durante o mês de Setembro, disputou-se a Superfinal da EBSL, em Alghero e Mário Narciso levou os mesmos 12 jogadores, à exceção de Vasco Gonçalves que foi substituído por André Lourenço.

A competição disputou-se com 12 seleções, divididas em três grupos de quatro, Portugal calharia no grupo C, juntamente com Chéquia, Polónia e Dinamarca. Iriamos vencer todos os jogos, dominando e “amassando” os adversários, não dando qualquer tipo de esperança que pudessem sequer sonhar em disputar o jogo. No primeiro jogo vencemos a Chéquia por 9×1, no segundo, vencemos a Dinamarca por 4×1 e no ultimo, vencemos a Polónia por 6×4.

No 1/4 final, Portugal defrontou uma Suíça muito desfalcada, mas também super “desligada” do jogo e Portugal cilindrou, 11×4. Nas 1/2 finais, calharia a Bielorrússia e quase como num ajuste de contas pelo Mundial, Portugal entrou com tudo e venceu por 7×3, controlando o jogo e superiorizando-se quer técnico-taticamente, quer fisicamente. Portugal chegaria à final com a corda toda e contra anfitriã, Itália, voltamos a “amassar” o adversário, 5×1, vitória Lusa e mais uma EBSL para o currículo.

Portugal banalizou todas as seleções europeias e demonstrou um poderio imenso e em última instância podemos atribuir isso tudo à mudança de gestão das quadras por parte do selecionador Mário Narciso. Para fechar a época, Portugal iria ainda disputar a qualificação de acesso ao Mundial 2025, em Outubro nas praias de Cádiz.

A qualificação foi disputada por 23 equipas, divididas em cinco grupos de quatro e um grupo de três seleções e num formato diferente do habitual, onde existiu uma primeira fase de grupos, apurando-se os dois primeiros de cada grupo, mais os quatro melhores terceiros, seguido de um playoff, de onde sairiam oito seleções, que se dividiram novamente em dois grupos de quatro, apurando depois os dois primeiros de cada grupo para o Mundial 2025.

Na primeira fase de grupos, Portugal calhou no grupo C, defrontando a Estónia, Alemanha e o Cazaquistão. A Armada Lusa, venceu todos os jogos, primeiro o Cazaquistão por 12×0, seguiu-se a Estónia por 5×2 e por fim a Alemanha por 7×3.

No jogo de playoff, Portugal defrontou o Azerbaijão e venceu por 13×5, sem dar qualquer hipótese, apesar de até não ter começado bem o jogo, mas a impor a sua lei no jogo e a tirar do caminho o adversário.

Na segunda fase de grupos, Portugal ficou no grupo B, juntamente com Espanha, Polónia e França. E mais uma vez, Portugal a mostrar poderio e a impor-se perante todos os adversários vencendo todos os jogos, primeiro a Polónia por 6×1, depois a França por 6×3, garantindo nesse jogo a presença no Mundial, no último jogo frente a Espanha a vitória foi por 9×6.

Devido ao temporal que se colocou nos últimos dias da competição, a organização acabou por ser forçada a adiar alguns jogos e por consequência o formato da competição, desta fase de grupos iriam sair quatro seleções para disputar 1/2 final e final, mas devido às condições meteorológicas adversas, a organização atribuiu o vencedor por classificação geral de ambos os grupos. Portugal acabaria por sagrar-se vencedor por ter alcançado 9pts e uma vez que o 1º classificado do grupo A, fez apenas 6pts, colocou Portugal no topo da geral.

Em Maio de 2025, Portugal irá disputar o Mundial nas Seychelles e depois das exibições apresentadas nestas ultimas três competições, Portugal pode realmente sonhar com o titulo de campeão do mundo.

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Tiago PelicanoNovembro 17, 20244min0

2024 está a terminar e iremos fazer uma retrospetiva e um resumo daquilo que foi o percurso das nossas Seleções Nacionais de Futebol de Praia nas competições em que participaram este ano neste artigo dividido em duas partes.

Portugal, na vertente masculina, disputou no início do ano, o Mundial, no Dubai, depois disputou a Fase Regular da Euro Beach Soccer League (EBSL), na Nazaré, disputou na SuperFinal da EBSL, em Alghero, e por fim, disputou a Qualificação para o Mundial 2025, em Cádiz.

Na vertente feminina, disputámos apenas duas competições, a Fase Regular da WEBSL, na Nazaré e a Superfinal da WEBSL, em Alghero.

Por fim na vertente universitária, disputámos o primeiro Mundial de Futebol Praia Universitário, no Rio de Janeiro.

Olhando já para o percurso da SN Universitária, estreamos o Mundial e com uma prestação bastante positiva, a Armada Lusa foi comandada pelo experiente Bruno Torres, o “BeachSoccer King” que abandonou os areais no fim do Mundial 2024, assumiu o comando oficial do SC Braga e depois acumulou a SN Universitária.

Bruno Torres, chamou 12 jogadores, dois guarda-redes – Tiago Cruz e Pedro Pereira -, três fixos – Fernando Veríssimo, Afonso Mendes e Tiago Neves -, quatro alas – Bernardo Saraiva, Alexandre Lança, Alexandre Batista e Bernardo Alfama – e três pivot – Rodrigo Dias, Bruno Pola e Francisco Camejim.

O Mundial, disputado no Rio de Janeiro, contou com a participação de seis seleções, divididas em dois grupos, Portugal iria ficar com Argentina e Chile. Portugal fez o pleno de vitórias no grupo, venceu a Argentina por 5×1 e o Chile por 6×3. Na 1/2 final, encontrou a seleção da China e venceu categoricamente por 7×1, chegando assim à final, onde encontraria o anfitrião e eterno rival de Portugal, o Brasil. Caímos de pé, contra uma excelente seleção brasileira, que acabaria por nos derrotar por 8×4.

Os comandados de Bruno Torres, deixaram excelentes indicadores e apresentaram um jogo atrativo e ofensivo, com personalidade e sem medo de assumir. Esperemos agora que esta seleção se mantenha ativa e que no próximo Mundial consiga a vitória no torneio.

A SN feminina, fez uma temporada de grande valor e de superação, continuando a caminhada que as tem caracterizado e sempre em buscar de mais, a seleção de Alan Cavalcanti tem mostrado que pode continuar a fazer “coisas bonitas” e que é uma seleção a ter em conta e que começa a ser favorita as vitórias nas competições.

Alan Cavalcanti, chamou 12 jogadoras, duas guarda-redes – Jamila Marreiros e Barbara Santos -, três fixos – Ema Toscano, Joana Flores e Inês Cruz -, quatro alas – Cristiana Costa, Andreia Silva, Beatriz Tristão e Daniela Pereira – e três pivot – Carolina Ferreira, Marta Simões e Érica Ferreira.

Na Fase Regular da WEBSL, vencemos o grupo com 6pts, a competição disputou-se na Nazaré, contou com a presença de oito seleções, divididas em dois grupos e no sorteio calhou a Portugal, a Polónia, Ucrânia e Inglaterra. Portugal iria vencer a Inglaterra por 5×1, perdendo depois o segundo jogo, contra a Ucrânia, nas grandes penalidades por 4×2, tendo o jogo terminado 1×1 e no último e derradeiro jogo vencer a Polónia por 3×1, ficando em segundo classificado na classificação geral da fase regular, visto que a Espanha venceu todos os jogos do seu grupo, somando assim 9pts.

Na SuperFinal da WEBSL, disputada em Alghero, contou com oito seleções, dividas em dois grupos, as seleções foram as mesmas da fase regular, à exceção dos Países Baixos que foram substituídos pela seleção anfitriã, Itália.

Portugal, acabaria com a Itália, Chéquia e Ucrânia, no grupo, tendo terminado em segundo classificado, com 6pts, vencendo a Ucrânia por 4×3, no segundo jogo vencemos a Chéquia por 5×3 e acabaríamos a perder por 2×0, o último jogo, frente à Itália.

Nas 1/2 finais, Portugal iria enfrentar as nossas conterrâneas, Espanha, atual melhor seleção do mundo na vertente feminina, e como nas epopeias de Luís Vaz de Camões, agigantamo-nos e batemos o pé às “nuestras hermanas” e derrotamos a detentora do título por 4×3 num jogo épico.

Na final, iriamos defrontar uma seleção bem conhecida da nossa parte, a Polónia, onde acabaríamos por perder por 5×1, onde o jogo da 1/2 final, pareceu claramente ter um impacto grande nas nossas lusitanas, que pareceram sempre com pouca frescura física para combater as polacas.

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Tiago PelicanoSetembro 8, 20246min0

Segunda parte desta revisão ao que se passou nas competições internas do futebol de praia nacional, com vários destaques, surpresas e mudanças. No Campeonato Nacional, a fase regular a competição está dividida em 2 zonas, Zona Norte e Zona Sul. As duas equipas que terminam em 1º e 2º lugares das respetivas Zonas, disputam a fase final e consequentemente o apuramento de campeão e a subida de divisão.

Na Zona Norte, o campeonato foi disputado por 7 equipas, devido à equipa do GD Chaves ter desistido da competição já depois do sorteio ter sido realizado.

Classificação final

1º – ADCR Caxinas Poça da Barca

2º – AD Buarcos 2017

3º – Varzim SC

4º – CCD Porto Mendo

5º – CB Viseu

6º – Abrambres SC

7º – AD Santiais

8º – GD Chaves (Desistiu)

Apurando-se assim, da Zona Norte, o Caxinas e o Buarcos para a fase final e descendo apenas o Santiais aos distritais.

Na Zona Sul, o campeonato foi disputado por 8 equipas.

Classificação final

1º – GDU Ericeirense

2º – GD Alfarim

3º – CF Chelas

4º – Vitória FC

5º – São Domingos FC

6º – Estoril Praia

7º – ACD Sótão B

8º – AD Tavira Praia

Apurando-se assim, da Zona Sul, o Ericeirense e o Alfarim para a fase final e descendo o Sótão B e o Tavira aos distritais.

A fase final do Campeonato Nacional foi disputada na Praia do Ouro, em Sesimbra, nos dias 10 e 11/08/2024, ditando o regulamento da prova, que o 1º classificado de cada série encontra o 2º classificado de cada série. Por tanto, uma 1/2 final colocou o Caxinas x Alfarim e o Ericeirense x Buarcos.

As duas equipas da Zona Sul acabariam por vencer os dois jogos, o Ericeirense venceu o Buarcos por 5×4 e o Alfarim venceu o Caxinas por 7×4, ditando a subida de divisão destas duas equipas.

A final do Campeonato Nacional só foi decidida nas grandes penalidades, tendo o Ericeirense levado a melhor e sagrando-se campeão nacional. O jogo terminou 2×2, nos penaltis acabaria 4×2.

Equipa do GD Alfarim: Daniel Marcelino (Gr), Rafael Justino, Daniel Coelho, Ivo Mendes, Paulo Vítor, Fernando Veríssimo, André Teixeira, Martim Dias, Diogo Galvão, Bolacha, David Rodrigues (Gr), Duarte Lima, Igor Correia e Rui Claúdio

Treinador: Ricardo Dias

Marcadores: Rafael Justino e Fernando Veríssimo

Equipa do GDU Ericeirense:

Weberton Pereira (Gr), Vítor Lucas, Diogo Macau, Paulo Marques, Rafael Cardoso, José Valido, Diogo Ferreira, Ruben Merendas, Pedro Ferreira, Rodrigo Canhoto, Guilherme Borges e Rafael Amaral

Treinador: Rudy Cardoso

Marcadores: Paulo Marques e Rafael Amaral

O prémio “pichichi”, o melhor marcador do Campeonato Nacional foi, Augusto Two (AD Buarcos 2017) com 18 golos em 9 jogos, empatado com Nuno Rodrigues (AD Santiais), Cristiano Torres (ADCR Caxinas Poça da Barca) e Ivo Mendes (GD Alfarim) todos com 18 também, mas com 12 e 14 jogos respetivamente.

Na Taça Nacional 2024, as equipas participantes apuraram-se para esta competição através de competições distritais.

As equipas participantes foram: GD Sesimbra B, ACJ Futsal, CDR Amieira, SL Olivais, GD Ilha, CR Pinheiros, AD Pasteis da Bola, Lanhelas FC, Vidago FC, Boavista FC, ACRUT Zambujalense, Touring CPM, GD Vilar de Perdizes, GD Alfarim B, ACD Sótão C e GD Pescadores da Costa da Caparica.

Destas equipas, quem chegasse às 1/2 finais alcançava a subida de divisão ao CN e foram elas, Vidago FC, ACD Sótão C, AD Pasteis da Bola e GD Sesimbra B. Como o GD Sesimbra desceu da Divisão de Elite, a sua equipa B não poderá subir, assim como o Sótão C não pode subir, devido à equipa B estar no CN. O que significa que as equipas que alcançaram os 1/4 final, Alfarim B, Touring, Ilha e Amieira, duas delas serão promovidas, serão posteriormente convidadas pela FPF.

A final desta competição foi disputada pelas equipas da AD Pasteis e Vidago. O Vidago levou a melhor e venceu por 4×2.

Equipa da AD Pasteis da Bola:

Lucas Bento (Gr), Marco Ferreira, Luís Figueiredo, Diogo dos Santos “Aldibasa”, Paulo Santos, André Valverde, Nuno Fonseca (Gr), Nuno Sampaio, João Brazão, Júlio Pereira, David Cosmeli, Henrique, Gustavo Torres

Treinador: David Pereira

Marcadores: Marco Ferreira e Lucas Bento

Equipa do Vidago FC:

Josemar (Gr), Francisco Delgado, Luís Borges, Igor Sevivas, Sousinha, Diogo Lopes (Gr), Miguel Sousa, Nuno Albano, Tomás Vidal, Juninho, Jonas, Luís Vieira, Luís Pinto

Treinador: Luís Sousa

Marcadores: Jonas (x2) e Igor Sevivas (x2)

Para fechar, a última competição da época, a fase final da prova rainha, a Taça de Portugal.

A prova foi disputada no Complexo Desportivo da Rodovia em Braga, durante os dias 23, 24 e 25/08/2024.

As equipas qualificadas para esta fase final foram GRAP Hallstar, CR Pinheiros, Vila Flor SC, SC Braga, AD Nazaré 2022, Estoril Praia, GD Sesimbra e AD Pasteis da Bola.

Chegaram a final a equipa da AD Nazaré 2022 e o SC Braga. A final terminou com a renovação do título para o SC Braga que venceu até agora todas as edições da competição desde a sua criação em 2019, não tendo sido disputada em 2020 devido à pandemia Covid-19. O resultado foi de 10×3.

Equipa do SC Braga:

Pedro Mano (Gr), Filipe Silva, Thanger Alves, Bê Martins ©, Léo Martins, Francisco Ferreira (Gr), Cláudio Sousa (Gr), André Lourenço, Ruben Brilhante, Luca Moca, Filipe Santos “Tim”, Lucão, Duarte Algarvio e Miguel Pintado

Treinador: Bruno Torres

Marcadores: Thanger, Lucão (x3), Pedro Mano, Ruben Brilhante (x2), Thales, Francisco Ferreira e Léo Martins

Equipa da AD Nazaré 2022:

Rui Jorge (Gr), Álvaro Murraças, Nuno Robalo, Rodrigo Teodoro, Henrique Piló, Gonçalo Pescada, Mateus Coelho, Manuel Hespanhol, Danilo Bento, Evandro Calvário (Gr), Samuel Peixe, Lauro Borda D’Agua, Gabriel Zetum, Tiago Légua

Treinador: João Carlos Delgado

Marcadores: Tiago Légua, Samuel Peixe e Autogolo (Léo Martins)

Esta fase final fica marcada pela falta de competitividade das equipas perante um Braga que goleou tudo o que apareceu para jogar contra, 3 dias, 3 jogos, 18×2 ao Vila Flor (3º classificado Elite), 10×4 ao GRAP (4º classificado Elite) e 10×3 ao AD Nazaré 2022 (8º classificado Elite), ou seja é preciso rapidamente aumentar os índices de competitividade das equipas e talvez repensar os moldes e os tempos de paragem entre competições.

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Tiago PelicanoJunho 5, 20245min0

No passado fim de semana, terminou a 1ª volta das competições nacionais de futebol praia em Portugal e iremos fazer uma pequena analise aos primeiros sete jogos das competições. Olhando primeiramente para a principal competição nacional, a Divisão de Elite, a primeira volta termina com uma grande surpresa, o SC Braga que nos habituou a liderar a classificação, não o está a fazer e o mais surpreendente é que nem se encontra em segundo, mas sim em terceiro, somando já umas anormais duas derrotas.

O Sótão entrou na época muito forte, Jordan Santos parece ter vindo acrescentar o que faltava à equipa nazarena, capacidade física e finalização, sabemos que é um dos melhores do mundo, mas a verdade é que o Sótão com a sua chegada parece uma equipa muito mais candidata ao título do que o ano passado, estando a praticar bom futebol praia e a subjugar tudo e todos, vencendo todos os sete jogos.

Surpresa também o início de época do GRAP, a equipa de Leiria é conhecida por começar mal e acabar bem, assim foi na época passada, estando já “condenada” à descida no final da primeira volta e depois acabou por conseguir a manutenção. Já este ano iniciou super bem, estando neste momento em segundo, perdendo apenas com o Sótão e vencendo o Braga.

O recém-promovido Vila Flor, tem discretamente ocupando o quarto lugar, sem fazer grande alarido, leva já 11pts e distanciou-se do quinto lugar, estando mais perto do terceiro do que o quinto. Reforçou-se com caras bem conhecidas como João Cabral, André Pinto ou Fábio Costa e mantendo jogadores nucleares como Tony Almeida e Fabrício Vale.

O Leixões que a temporada passada fez um campeonato tranquilo e esteve mesmo a lutar pela fase final, esta época iniciou mal e demorou a encarrilar, está agora na quinta posição e se quiser entrar nas contas da fase final, não pode voltar a vacilar.

A Torre, que a época passada foi uma surpresa e fez um campeonato excelente, tendo ido à fase final e à final da Taça de Portugal, este ano está a fazer um campeonato com muitas dificuldades, está neste momento em sexto, longe de uma possível ida à fase final e com a luta pela descida à perna. Os comandados de José Miguel Mateus, não tem conseguido encontrar a formula exata para resolver os problemas e tendo reforçado o plantel com jogadores que acrescentam qualidade e opções, poderá ser uma questão e tempo para começarem a carburar e voltarem as vitórias, relembrar que reforçaram o plantel com Rodrigo Pinhal e Ricardo Gaspar, ambos terceiros classificados com o CD Nacional a temporada passada e com Nuno Kikinz Martins, vindo do Leixões que fez a sua melhor época na Divisão de Elite, desde que esta tem este formato.

Nos lugares de despromoção, está neste momento a AD Nazaré e o Sesimbra, ambas subiram este ano, a AD Nazaré foi campeã do Campeonato Nacional e o Sesimbra terceiro classificado, estão ainda dentro da corrida para a manutenção, estando a dois e três pontos do primeiro lugar de manutenção, respetivamente.

Classificação Divisão de Elite (Final da 1ª Volta)

1º – Sótão, 21pts

2º – GRAP, 18pts

3º – Braga, 15pts

4º – Vila Flor, 11pts

5º – Leixões, 6pts

6º – Torre, 5pts

7º – AD Nazaré, 3pts

8º – Sesimbra, 2pts

Olhando para o segundo escalão do futebol praia nacional, o Campeonato Nacional, que já tem o mesmo formato da Divisão de Elite, está dividido em duas zonas Norte e Sul, apurando as primeiras quatro equipas para disputar o playoff de subida, as duas equipas que disputarem a final do Campeonato Nacional, são promovidas à Divisão de Elite.

Olhando primeiro para Norte, a desistência do GD Chaves, já depois do sorteio da serie, faz com que a serie Norte, tenha apenas sete equipas a competir.

O Buarcos é a equipa que lidera a serie, vencendo todos os jogos e somando 18pts. Caxinas e Varzim, parecem ser as equipas que iram competir com a equipa da Figueira da Foz, o Caxinas está a 3pts do Buarcos e o Varzim a 6pts, o Abambres e o Porto Mendo estão ambas com 6pts e no fundo da tabela está a CB Viseu com 3pts e menos um jogo que falta disputar com a última classificada AD Santiais que ainda não somou qualquer ponto.

Classificação CN serie Norte (Final da 1ª Volta)

1º – Buarcos, 18pts

2º – Caxinas, 15pts

3º – Varzim, 12pts

4º – Abambres, 6pts

5º – Porto Mendo, 6pts

6º – CB Viseu, 3pts, -1 jogo

7º – Santiais, 0pts, -1 jogo

Na série Sul, temos um campeonato aparentemente mais competitivo e equilibrado. Apesar de os dois primeiros classificados estarem mais destacados, todas as outras equipas estão separadas por poucos pontos, o penúltimo classificado, a equipa b do Sótão, está a 5pts do terceiro lugar.

O Ericeirense destacou-se desde cedo na frente, até agora perdeu apenas um jogo, tendo vencido o último em penaltis, soma 16pts, por sua vez o Chelas que está em segundo, perdeu dois jogos, mas venceu todos os outros no tempo regulamentar, estando assim a apenas 1pt do primeiro. Do terceiro ao quinto estão separados por 1pt, Vitória e Alfarim arrecadaram 10pts em sete jogos, tendo ambas começado com algumas dificuldades, mas que parecem agora estar a entrar nos eixos e a aproximarem-se dos primeiros lugares, o Estoril e o S. Domingos estão com 9pts, o Sótão B amealhou 5pts, estando a 4pts do primeiro lugar de manutenção e em último está a equipa do Algarve, o Tavira ainda não conseguiu somar qualquer ponto.

Classificação CN serie Sul (Final da 1ª Volta)

1º – Ericeirense, 16pts

2º – Chelas, 15pts

3º – Vitória, 10pts

4º – Alfarim, 10pts

5º – Estoril, 9pts

6º – S. Domingos, 9pts

7º – Sótão B, 5pts

8º – Tavira, 0pts


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É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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