Para fecharmos esta retrospetiva das selecções nacionais de futebol de praia, olhamos para a seleção masculina, que começou 2024 a disputar o Mundial em Fevereiro, no Dubai.
Portugal, comandado pelo seu timoneiro, Mário Narciso, chamou 13 jogadores para disputar a competição, três guarda-redes – Pedro Mano, Ruben Regufe e Diogo Dias -, três fixos – André Lourenço, Bruno Torres e Bernardo Lopes -, cinco alas – Bê Martins, Jordan Santos, Rubén Brilhante, Duarte Algarvio e Rodrigo Pinhal – e dois pivots – Leo Martins e Miguel Pintado.
A competição foi disputada por 16 equipas, divididas em quatro grupos de quatro, onde Portugal partilhou grupo com o eterno rival, Brasil, com Omã e com o México. No primeiro encontro, vencemos o México por 8×2, no segundo jogo e em mais uma grande promoção à modalidade, acabamos por não ser felizes frente ao Brasil e perdemos após prolongamento por 3×2 e no último jogo vencemos a seleção de Omã por 3×2.
As aspirações eram grandes e as esperanças também, vínhamos a praticar um bom futebol praia, mas sentia-se que faltava frescura física aos principais jogadores da seleção e faltava confiança à segunda linha nacional para assumir nos momentos em que Portugal precisava de dar descanso à primeira quadra, muitos minutos acumulados revelaram-se, talvez, traiçoeiros e num jogo em que a sorte também não nos sorriu, acabamos eliminados precocemente do Mundial, nos 1/4 final, frente à Bielorrússia, terminando assim o sonho do quarto Mundial para a nação valente.
No final de Agosto – inicio de Setembro, disputamos na Nazaré, a fase regular da EBSL, num grupo de quatro seleções, com Espanha, Alemanha e Bielorrússia.
Para esta competição, Mário Narciso, chamou 12 jogadores, dois guarda-redes – Pedro Mano e Ruben Regufe -, dois fixos – Rui Coimbra e Bernardo Lopes -, seis alas – Jordan Santos, Bê Martins, Ruben Brilhante, Duarte Algarvio, Rodrigo Pinhal e Vasco Gonçalves – e dois pivots – Leo Martins e Miguel Pintado.
Portugal venceu esta fase regular, vencendo todos os jogos, primeiro a Alemanha por 6×1, depois a Bielorrússia por 6×5 e por fim a Espanha por 6×1.
Nesta competição vimos uma grande diferença para aquilo que foi o Mundial em Fevereiro, Mário Narciso, retirou ilações muito importantes, apostou numa maior rotação das quadras, dando mais tempo de descanso à primeira quadra e com estes mais frescos e a jogar a todo o gás e acrescentando confiança aos restantes jogadores da seleção fomos dominadores em todos os jogos e dávamos grandes indicadores de que seriamos um grande favorito a vencer a Superfinal.
Durante o mês de Setembro, disputou-se a Superfinal da EBSL, em Alghero e Mário Narciso levou os mesmos 12 jogadores, à exceção de Vasco Gonçalves que foi substituído por André Lourenço.
A competição disputou-se com 12 seleções, divididas em três grupos de quatro, Portugal calharia no grupo C, juntamente com Chéquia, Polónia e Dinamarca. Iriamos vencer todos os jogos, dominando e “amassando” os adversários, não dando qualquer tipo de esperança que pudessem sequer sonhar em disputar o jogo. No primeiro jogo vencemos a Chéquia por 9×1, no segundo, vencemos a Dinamarca por 4×1 e no ultimo, vencemos a Polónia por 6×4.
No 1/4 final, Portugal defrontou uma Suíça muito desfalcada, mas também super “desligada” do jogo e Portugal cilindrou, 11×4. Nas 1/2 finais, calharia a Bielorrússia e quase como num ajuste de contas pelo Mundial, Portugal entrou com tudo e venceu por 7×3, controlando o jogo e superiorizando-se quer técnico-taticamente, quer fisicamente. Portugal chegaria à final com a corda toda e contra anfitriã, Itália, voltamos a “amassar” o adversário, 5×1, vitória Lusa e mais uma EBSL para o currículo.
Portugal banalizou todas as seleções europeias e demonstrou um poderio imenso e em última instância podemos atribuir isso tudo à mudança de gestão das quadras por parte do selecionador Mário Narciso. Para fechar a época, Portugal iria ainda disputar a qualificação de acesso ao Mundial 2025, em Outubro nas praias de Cádiz.
A qualificação foi disputada por 23 equipas, divididas em cinco grupos de quatro e um grupo de três seleções e num formato diferente do habitual, onde existiu uma primeira fase de grupos, apurando-se os dois primeiros de cada grupo, mais os quatro melhores terceiros, seguido de um playoff, de onde sairiam oito seleções, que se dividiram novamente em dois grupos de quatro, apurando depois os dois primeiros de cada grupo para o Mundial 2025.
Na primeira fase de grupos, Portugal calhou no grupo C, defrontando a Estónia, Alemanha e o Cazaquistão. A Armada Lusa, venceu todos os jogos, primeiro o Cazaquistão por 12×0, seguiu-se a Estónia por 5×2 e por fim a Alemanha por 7×3.
No jogo de playoff, Portugal defrontou o Azerbaijão e venceu por 13×5, sem dar qualquer hipótese, apesar de até não ter começado bem o jogo, mas a impor a sua lei no jogo e a tirar do caminho o adversário.
Na segunda fase de grupos, Portugal ficou no grupo B, juntamente com Espanha, Polónia e França. E mais uma vez, Portugal a mostrar poderio e a impor-se perante todos os adversários vencendo todos os jogos, primeiro a Polónia por 6×1, depois a França por 6×3, garantindo nesse jogo a presença no Mundial, no último jogo frente a Espanha a vitória foi por 9×6.
Devido ao temporal que se colocou nos últimos dias da competição, a organização acabou por ser forçada a adiar alguns jogos e por consequência o formato da competição, desta fase de grupos iriam sair quatro seleções para disputar 1/2 final e final, mas devido às condições meteorológicas adversas, a organização atribuiu o vencedor por classificação geral de ambos os grupos. Portugal acabaria por sagrar-se vencedor por ter alcançado 9pts e uma vez que o 1º classificado do grupo A, fez apenas 6pts, colocou Portugal no topo da geral.
Em Maio de 2025, Portugal irá disputar o Mundial nas Seychelles e depois das exibições apresentadas nestas ultimas três competições, Portugal pode realmente sonhar com o titulo de campeão do mundo.