E tudo se vai decidir no Le Crunch, com França e Inglaterra a poderem se sagrar campeãs como nos conta Helena Amorim
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No encontro entre Pumas e All Blacks nestas meias-finais do Mundial de Rugby, confirmou-se o estado apático do rugby argentino: algo ainda não se estabeleceu na dinâmica entre staff de treinadores e jogadores, na medida em que não se vislumbrou nenhuma das naturais características nem da equipa argentina nem das equipas treinadas por Michael Cheika.
Os All Blacks conseguiram mostrar o seu “rolo compressor”, talvez agora melhor designado por “movimento fluido com tendências compressoras”!
Foram sete os ensaios da Nova Zelândia com hat-rick de Will Jordan ( o que deslumbra ver este rapaz jogar), bis de Shannon Frizell e mais um ensaio de Jordie Barrett e Aaron Smith.
O Stade de France assistiu ao embate entre os nr 7 e nr 2 do ranking mundial, com todos os momentos do jogo passíveis de se tornaram estatística a penderam para os All Blacks, senão vejamos: 51 defesas batidos contra 23; 8 mauls ganhos contra 3; 22 formações ganhas contra 13; 84% de sucesso das placagens contra 73. Will Jordan amealhou 15 pontos, Mark Tele’a percorreu 101 m batendo 14 defesas.
As jogadas surgiam fáceis, com apoio constante, passes curtos, passes ao largo, tudo sem uma atenta defesa Argentina, que teve no entanto em Thomas Gallo e Marcos Kremer, os seus maiores valores defensivos.
Nem a melhor Argentina (e não o foi, de todo) conseguiria parar este movimento fluido dos All-Blacks, daí que o resultado de 6-44, acabasse por não ser uma grande surpresa.
Na outra meia final disputada também no Stade de France, que teve como árbitro Ben O’Keeffe, que apesar de, de uma maneira geral fazer uma boa arbitragem , teve momentos de total alheamento do jogo , penalizando situações que nem com 4 repetições consegui perceber.
Nesta meia final entre Inglaterra e África do sul, assistiu-se ao embate entre os dois maiores “cínicos” do rugby mundial actual: duas equipas calculistas, tacticamente oportunistas e pragmáticas até à ultima gota de suor. Naturalmente que devido a estas características e também às condições atmofericas, o jogo ao pontapé foi a dominante nos 80 minutos.
Owen Farrell fez o seu serviço com 15 pontos a saírem das suas botas e mesmo com pontapés tacticos bem executados, é incompreensível que o “exterminador implacável” George Ford tenha sido preterido após os jogos no inicio do Mundial que nos deu: uma maneira de orquestrar a equipa muito menos cínica , mas nem por isso menos clínica.
Inglaterra parecia ter tudo controlado, com boas disputas no chão, excelentes mãos de Freddie Steward a receber os pontapés das alturas e Ben Earl e George Martin com exibições marcantes. E que dizer da tripla Marler- George-Cole? Velhinhos? Não! Uma primeira linha de excelência!
A entrada aos 49 minutos de jogo de Ox Nche para pilar esquerdo e as saídas de Marler e Cole aos 53 e 56 minutos, respectivamente, foram talvez os decisores de tudo. A primeira linha Inglesa, desta feita com Genge e Sinckler, não conseguiu resistir a Nche e Koch.
Não foi um jogo bonito mas foi um jogo altamente disputado, isso é indiscutível.
Vejamos agora, como a apática Argentina se embate contra os desiludidos Ingleses e como se irá processar o desempate de Mundiais: quem ganhará o quarto título?
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