O Fair Play esteve presente em mais uma ronda da Taça de Portugal e trazemos as reportagens de Isabel Silva de Alvalde e Torres Vedras!
O Fair Play esteve presente em mais uma ronda da Taça de Portugal e trazemos as reportagens de Isabel Silva de Alvalde e Torres Vedras!
Porquê é que existe esta diferenciação de dimensão de emblemas da mesma divisão? Haverá forma de atenuar a diferença de realidades? Ou os "pequenos" serão sempre "pequenos"?
Sem demissões à vista até à 9ª jornada, a Liga NOS 2018 está a ser histórica nesse ponto. Mas a que se deve esta paciência dos clubes portugueses?
24/05/2015. Esta foi a data do acontecimento que mudou a vida do CD Tondela e da cidade de Tondela. Há muitos anos que não havia um clube na Primeira Liga proveniente da Beira Alta. O maior clube da região sempre foi o Académico de Viseu por estar sediado na capital de distrito, o que sempre lhe conferiu maior notoriedade. Contudo, o Tondela, desde 2005 até 2015, foi subindo de forma meteórica de divisão, desde as Distritais, até que, em abril de 2015, o sonho estava muito próximo.
Faltava um mês para o término da época e a equipa auriverde tinha a possibilidade de subir de divisão. A verdade é que o Tondela acusou a pressão e ficou a sofrer até ao último jogo, sofrendo inclusivamente uma pesada derrota por 3-0 em casa com o Desportivo das Aves, algo que colocou em causa a subida. O duelo com o Freamunde, na última jornada da época, era decisivo. Três equipas disputavam os dois lugares de subida: Desportivo de Chaves, Tondela e União da Madeira.
Com a vitória do União da Madeira, ficava a subida do Tondela garantida, mas o União não subia, algo que se alterou radicalmente com um golo ao cair do pano, passados já quase 4 minutos dos 90 regulamentares, que não só garantiu a subida de União e Tondela, como ainda deu o título da Segunda Liga ao conjunto beirão. Aquele momento foi muito ansiado ao longo de largos anos, e ainda teve o condão de acabar com o sonho do Chaves em regressar à Primeira Liga (sonho concretizado no ano seguinte, e, curiosamente, mais um caso de sucesso ao longo dos últimos anos).
Cedo se anteciparam vários cenários e vários desafios. Era uma equipa desconhecida, que muitos consideravam não ter estofo para uma primeira divisão, devido a nunca ter passado pela experiência. E a verdade é que o fantasma da primeira época na Primeira Liga e o cenário de descida imediata pairou durante bastante tempo na equipa.
Os dois primeiros grandes desafios passaram pela construção de um plantel competitivo e pela renovação do estádio. Ambos se refletiram diretamente no desempenho dos beirões na primeira volta da temporada 2015/2016. Apenas na 13ª jornada pôde o Tondela jogar no seu estádio, já a meio de dezembro, e jogar tantos desafios longe do seu reduto traduziu-se em derrotas, muitas derrotas. A equipa apenas conquistou 5 pontos em 12 jornadas, resultando em duas chicotadas psicológicas: Vítor Paneira, à 5ª jornada, e Rui Bento, ao fim de mais sete.
O plantel era mediano para aquilo que eram as pretensões da equipa, comparado com as restantes equipas em luta direta. O onze tipo continha poucos elementos de real destaque, tirando Jhon Murillo (prodígio emprestado pelo Benfica), Nathan Júnior (melhor marcador da equipa com 13 golos, o autêntico salvador da equipa), Wagner (experiente extremo direito) e os capitães Pica e Kaká, dois centrais de rijos rins, mas de uma entrega inigualável no clube. A contratação de Zubikarai, ex-guardião da Real Sociedad, por exemplo, prometia alguma segurança à necessitada baliza tondelense, mas a verdade é que fracassou e teve de ser Cláudio Ramos, já há muitos anos na equipa, a defender as redes da equipa na segunda volta, e a verdade é que acabou por ser um dos grandes heróis. Podia ser-lhe feita uma estátua dada a monstruosidade das suas exibições, tanto em 2015/2016, como em 2016/2017.
A grande transformação do Tondela passou pela entrada para o comando técnico de Petit. É inegável reconhecer este fator, já que o técnico conseguiu incutir na equipa uma raça e determinação na equipa que até aí não eram vistos. Após a viragem do ano, com a entrada de Petit, deu-se uma transformação quase milagrosa nos resultados do clube, que resultou na conquista de 22 pontos na segunda volta, e de uns incríveis 17 nas últimas 8 jornadas.
Tal como no ano da subida, o Tondela necessitava de um bom resultado no último jogo para alcançar os seus objetivos, e a verdade é que o conseguiu, vencendo um histórico do futebol português que acabou por descer de divisão, a Académica. Em conjunto com a derrota do União da Madeira, as estrelas alinharam-se e o milagre aconteceu: o Tondela havia sobrevivido a uma intensa batalha pela manutenção e estava na Primeira Liga para contar a história.
Uma época salva por Petit e com alguns resultados de destaque, como a vitória no Dragão por 1-0 ou o empate nos últimos minutos frente ao Sporting por 2-2, em pleno Estádio de Alvalade, que colocou muita pressão nos leões e, de certa forma, os arredou do título. Muito se especulou sobre se havia sido um golpe de sorte, se alguma vez o Tondela teria a mesma sorte no ano seguinte. O que acontece no ano seguinte é ainda mais incrível.
A época 2016/2017, para o Tondela, pode ser descrita por uma palavra: destino. É verdade, teve de ser o destino a ditar um desfecho incrivelmente semelhante àquele da época anterior. A verdade é que os dois primeiros jogos (frente a Benfica, em casa, e Desportivo de Chaves, fora) pareciam indicar uma maior consistência de jogo, uma equipa mais predisposta a lutar pelo resultado e com mais possibilidades de lutar firmemente pelos seus objetivos. Mas depois tudo voltou ao panorama anterior, da primeira volta da época anterior, com apenas 2 vitórias nas primeiras 12 jornadas. Os resultados vinham a conta gotas, algo que, mais uma vez, se pensou não ser suficiente para uma equipa da dimensão do Tondela.
Mais uma vez também, o plantel era insuficiente. Convém notar que existiram algumas boas adições ao mesmo, pelo menos à primeira vista, como os laterais David Bruno e Jailson, os médios Claude Gonçalves e Pité (que desiludiu), e o atacante Miguel Cardoso, que, com a permanência de jogadores como Murillo e Wagner, permitiam alguma esperança. Mas a verdade é que o centro da defesa e o ataque ressentiam-se da construção desequilibrada do plantel, pois Kaká e Pica não chegavam para todas as batalhas e saiu Nathan Júnior, o principal abono de família na época anterior, sem que algum outro jogador o substituísse convenientemente. Apenas Murillo chegou à marca dos 5 golos durante toda a época.
Quem sofreu as consequências? Petit. A 9 de janeiro, 13 meses depois de chegar ao comando técnico da equipa, o treinador pediu a demissão devido ao mau momento da equipa, que permanecia no último lugar do campeonato. Pediu a demissão depois de uma derrota caseira por 2-1 com o Arouca, derrota irrelevante no final do campeonato, mas excelente do ponto de vista da necessidade de mudança. O mais curioso? O jogo com o mesmo Arouca, em casa deste, revelou-se capital na história da época do Tondela.
Não seria fácil para qualquer treinador assumir o cargo numa altura tão delicada. A direção apostou em Pepa, uma opção arriscada tendo em conta que o treinador havia sido anteriormente despedido do Moreirense devido a maus resultados. Petit, o anterior técnico do Tondela, foi, dois meses depois, treinar o Moreirense, algo que reflete a dança das cadeiras existente no futebol português no que a treinadores diz respeito.
A adaptação de Pepa não foi nada fácil. O técnico começou por fazer uma boa leitura e trazer alguns reforços necessitados, como o caso de Osorio (central), Pedro Nuno (médio atacante, emprestado pelo Benfica) e Heliardo (ponta de lança), que, entre eles, marcaram 7 golos importantíssimos na segunda volta. Mas a verdade é que o poderio das novas aquisições demorou a traduzir-se em pontos.
É reconhecido a Pepa um estilo de jogo positivo, com bastante apetência pela posse de bola, mas a verdade é que os erros individuais dos seus jogadores se sucediam, transformavam-se em derrotas e o Tondela parecia não conseguir reagir. A primeira vitória de Pepa surgiu a 28 de janeiro, frente ao Desportivo de Chaves, por 2-0, mas a segunda apenas surgiu a meio de abril, frente ao Rio Ave. Pelo meio, 9 jogos em que a equipa conquistou apenas 4 pontos, estando assim cada vez mais condenada à descida. A equipa chegava à 29ª jornada, ao jogo com o Rio Ave, com apenas 17 pontos, um registo claramente insuficiente para a salvação e o cenário da despromoção adensava-se.
O jogo com o Rio Ave mudou tudo. Essa vitória caseira, sofrida, por 2-1, pareceu dar o clique de que a equipa precisava para, pelo menos, continuar ligada às máquinas e sonhar com a permanência. E a verdade é que o Tondela conseguiu mais uma vitória, frente ao Nacional, mantendo a esperança viva. Depois, surgiu um percalço no Bessa, com uma derrota inglória, corrigida com uma vitória caseira frente ao Vitória de Setúbal. Do nada, 3 vitórias em 4 jogos davam alento e esperança ao grupo auriverde para a real final, que podia (e, na realidade, iria) decidir tudo: Arouca-Tondela.
O Arouca, se vencesse, garantia a manutenção e atirava o Tondela para a Segunda Liga. Se o Tondela ganhasse, adiava tudo para a última jornada. Este jogo pode-se considerar como um dos mais importantes e históricos do clube tondelense, e principalmente para Pedro Nuno, já que o jovem médio apontou dois excelentes golos que deram a volta ao jogo e garantiram a única vitória fora de portas da equipa, por 2-1. E que altura para vencer!
Chegava a última jornada, e 3 equipas estavam em disputa por dois lugares na Primeira Liga: Arouca, Moreirense e Tondela. Aquele que poderia parecer ter o jogo mais acessível, frente ao Estoril, perdeu, com as duas outras a vencerem Porto e Braga, respetivamente. Ou seja, o Tondela, mais uma vez, na derradeira jornada, conseguiu evitar a descida de divisão na última jornada, ganhando a uma das mais fortes equipas do campeonato por 2-0.
Esta recuperação teve um sabor ainda mais especial que a da época transata, com a conquista de 15 pontos nas últimas 6 jornadas. O destino sorriu ao Tondela dois anos seguidos, e acabou por atirar o Arouca (lembram-se da saída de Petit?) para a Segunda Liga, quinto classificado em 2015/2016 e que, durante a época, disputou uma eliminatória bastante renhida com o heptacampeão grego Olympiacos. Naturalmente, a festa foi rija na Beira Alta, e ninguém pode discutir que os jogadores auriverdes mereceram tudo aquilo que alcançaram.
Já se percebeu que o Tondela é uma equipa imprevisível, que nunca se pode nem deve descartar em qualquer ocasião. Tal faz com que não seja fácil prever como se comportará o Tondela versão 2017/2018.
Levantam-se três cenários: a possibilidade do ditado “À terceira é de vez” se concretizar e, depois de dois milagres, a equipa acabar por descer à Segunda Liga; a equipa se consolidar no panorama da Primeira Liga e conseguir realizar um campeonato tranquilo; ou, por fim, a equipa acabar por operar um terceiro milagre e fazer uma má primeira metade de campeonato, acabando-a de forma espetacular e a evitar a descida no último suspiro. As respostas ficam todas para a próxima edição da Liga NOS, sendo que, daqui, fica um desejo de que a equipa continue a fazer história em termos internos, de clube, e em termos regionais, já que a Beira Alta merece ter um clube na Primeira Liga.
Já começaram a ser dados alguns bons passos na consolidação, com a garantia da manutenção de David Bruno e Pité (de quem se espera mais) a nível definitivo, e as contratações de Joãozinho e Ricardo Costa, dois defesas bastante experientes e boas aquisições para a realidade do clube. Mais importante ainda, a renovação de Pepa, que sugere uma confiança da direção no seu trabalho e vem trazer um maior grau de segurança ao técnico e à sua equipa.
Por outro lado, nota-se também uma espécie de renovação de almas em Tondela, com as saídas de Pica e Kaká, que muito deram ao clube, mas que agora saem para rumar a outras paragens, deixando assim um espaço aberto ao que necessita de ser um reforço do centro da defesa, além de Ricardo Costa.
Existe muita curiosidade para ver o que faz o Tondela na sua terceira época consecutiva na Primeira Liga e espera-se que o clube continue a dar cartas no panorama nacional, de forma a honrar todo o esforço e dedicação que tem sido posto em campo nas últimas três temporadas.
Com 35 anos, muitos jogadores começam a pensar em pendurar as chuteiras. É aquela idade de questionamento pessoal sobre a capacidade em continuar a jogar ao mais alto nível ou começar a pensar num outro futuro profissional. Pepa têm-nos, mas a sua carreira de futebolista, por muito prometedora que parecesse, terminou cedo. Deu os primeiros passos no CADE; seguiu para o Benfica onde nunca se afirmou, foi emprestado ao Lierse, da Bélgica; ao Varzim; seguiu para o Paços Ferreira e terminou ao serviço do Olhanense. Mas não é deste Pepa promissor cujo nome outrora fez agitar a estrutura madrilena do Real que irei falar.
Pepa, o treinador: Fiel às suas brilhantes ideias de jogo, não as abdica perante nenhuma equipa. É óbvio que os planos de jogo vão-se modificando de partida para partida, consoante o adversário. Se os grandes o fazem, porque não haveriam de fazer os menos grandes? Mas o que fica por explicar é o facto do jovem timoneiro ter conseguido manusear o Moreirense a conquistar apenas oito pontos, repartidos por duas vitórias e dois empates, somando seis derrotas para a Liga NOS. Se é uma explicação que pretende, eu bem gostaria de a dar na sua exactidão, mas caso não o consiga, espero roçá-la. Na primeira jornada empata a um frente ao Paços Ferreira, mas, uma jornada depois, imagine-se contra quem foi primeira a vitória… sim, ao Feirense! Muitos poderão estar a interrogar-se de qual o espanto de uma equipa consolidada na primeira divisão ir a Santa Maria da Feira ‘espetar três no bucho’ da equipa local e recém-promovida. O engraçado é que Pepa foi o grande obreiro da escalada fogaceira ao patamar máximo do futebol nacional. Pepa ganha 22 dos 46 jogos disputados – incluindo Taça de Portugal e da Liga – com o Castelo ao peito e, a meras jornadas do fim do campeonato, é despedido para dar lugar a José Mota que acabaria o seu trabalho. Pepa já demonstrou ser profissional e ético naquilo que faz, ou pelo menos fá-lo transparecer nas suas intervenções, mas a sua melhor vingança ao ‘despacho’ dos dirigentes feirenses, foi uma vitória exímia e sem contestação… dentro de campo.
O problema surge depois deste início de campeonato comprometedor. O Moreirense de Pepa perdeu cinco jogos consecutivos. Marítimo (0-1), Sporting (3-0), Estoril (2-0), Vitória Guimarães (1-0) e Boavista (2-0) imperaram-se ao Moreirense de Pepa. No embate a contar para a oitava jornada, empate a uma bola com o Rio Ave. O desfecho de jogo até poderia ter sido outro não falhasse Pedro Rebocho uma grande penalidade já em tempo de compensação.
Desloca-se a Tondela e arranca três pontos (1-2) e de seguida perde na sua fortaleza frente ao Vitória de Setúbal (pelo meio fica a vitória frente ao Estoril a contar para a Taça CTT). Mas afinal, o que é que se passa em Moreira de Cónegos? Tive a oportunidade de ver o Moreirense jogar e é notória a tentativa dos jogadores em protagonizarem as ideias tácticas básicas do seu treinador. Imperar na posse de bola e focar-se transições rápidas. Simples… mas, neste caso, sem sucesso prático.
É óbvio que depois da brilhante prestação do ano transacto, o mau arranque de campeonato do Arouca é ‘caso de estudo’, mas o Moreirense continua, na minha opinião, a ser a grande desilusão do campeonato. A falta de experiência, de matreirice e de ‘ratice’ vá, têm prejudicado os comandados de Pepa que não está a conseguir transparecer na qualidade de jogo da equipa de Moreira de Cónegos as suas qualidades como (bom) treinador, pois ele tem-nas.
Ia elaborando este texto e a pensar qual seria a fórmula para Pepa dar a volta por cima, mas… tarde demais! Hoje, segunda-feira, dia 21, deparo-me com uma notícia a anunciar o despedimento de Pepa. Seria naturalmente difícil para os dirigentes do Moreirense manter a confiança num homem que não conseguiu ultrapassar uma terceira eliminatória da Taça de Portugal frente a um Vizela de um escalão inferior, perdendo pela margem mínima.
O que falhou? Simples. Os resultados. O Moreirense não jogava mal, mas os resultados positivos insistiam em não aparecer. Será o campeonato português curto demais para a estrutura directiva do Moreirense perder tão prontamente a paciência com Pepa? É certo que Pepa treinou a Sanjoanense, fez um belo trabalho e a sua saída acabou por ser controversa, tendo o próprio dado entrevistas a criticar a estrutura sanjoanense. Subiu de escalão e de um Campeonato Nacional de Seniores (CNS) rumou à segunda divisão onde, como dito em cima, teve influência inegável na subida do Feirense e voltou a subir para a Liga NOS onde acabou por ser, uma vez mais, ‘despachado’.
Terá Pepa que dar um passo atrás para dar dois à frente? Será difícil para uma equipa de primeira linha que pretenda resultados a curto prazo voltar a apostar no timoneiro, mas não tenho dúvidas que Pepa tem qualidade para singrar em Portugal. A inexperiência pesará no seu currículo? Sim, e sem querer comparar Pepa com a lenda Alex Ferguson, o escocês não teve sete anos no banco dos Red Devils até alcançar o primeiro troféu? A esse, somou mais 37… Ah! E o escocês não foi despedido do St. Mirren? Foi… Foram pacientes com Sir Alex e estamos a falar de um Manchester United que teve 18 anos sem vencer o campeonato inglês até à chegada do melhor treinador da sua história. Esperaram, deixaram o escocês fazer o cultivo dos seus ideais e métodos de trabalho e é certo e sabido que colheram os frutos… muitos frutos.
Em Portugal tudo funciona de maneira diferente e apressada. Pepa é um exemplo de que os treinadores que são despedidos nem sempre o são devido à falta de qualidade para levar um clube ao seu expoente máximo. Cada caso é um caso, mas as estruturas clubísticas nacionais fervem em pouca água e é sempre mais fácil mudar um treinador do que um plantel…