Arquivo de China Open - Fair Play

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Xavier OliveiraAbril 11, 20193min0

Foi em Pequim, na China, que como habitualmente se jogou o China Open, com uma final a ser disputada entre Neil Robertson e Jack Lisowski. No final, a vitória acabou por sorrir ao mais velho dos jogadores, vencendo assim mais um título esta temporada.

Surpresas atrás de surpresas

Logo na ronda de qualificação, já jogada em solo chinês, aconteceu uma das maiores surpresas do torneio. Mark Selby foi eliminado por Craig Steadman, falhando assim a defesa do título de campeão do torneio.

Já na primeira ronda, foram os nomes de Judd Trump, Ryan Day, Mark Williams, John Higgins e Ding Junhui que fizeram soar os alarmes do que aí vinha, uma verdadeira hecatombe. Todos estes jogadores caíram aos pés dos seus respetivos adversários,

Na segunda ronda, acabaram por cair mais dois favoritos dos poucos que já sobravam, Kyren Wilson e Ali Carter.

Com uma terceira ronda onde os poucos favoritos à partida ainda estavam em prova, Neil Robertson, Stuart Bingham, Luca Brecel e Jack Lisowski, apenas os três do top-16 ainda em prova, carimbaram as suas vitórias com relativa facilidade para marcar presença nos quartos-de-final.

A queda dos melhores

Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Sam Craigie vs Neil Robertson; Alan McManus vs Luca Brecel; Jack Lisowski vs Stuart Bingham e Ben Woollaston vs Scott Donaldson. O alinhamento estava longe de ser o imaginado antes do início do torneio mas a verdade é que foram mesmo estes que marcaram presença nesta fase adiantada da prova. Sem espinhas foi a vitória de Robertson sobre Craigie, vencendo por 6-0. Luca Brecel também não vacilou frente ao experiente escocês e venceu por 6-1. Lisowski venceu o seu encontro na “negra” frente ao bem mais experiente BIngham por 6-5. Já Scott Donaldson marcava presença em mais uma meia-final ao vencer Woollaston por 6-4.

Nas meias-finais, e com encontros de dificuldades bem distintas, Robertson venceu Brecel por 10-7, marcando presença na final pela quarta semana consecutiva. Enquanto que no outro encontro, Lisowski carimbava a presença na segunda final da sua carreira ao vencer Donaldson por 10-1.

Robertson na ‘pole’ para o mundial?

Na final e, ao fim da primeira sessão, estava tudo praticamente decidido, com o australiano a vencer por 8-2. Daí até a vitória ficar selada foi uma questão de tempo, com Robertson a selar a vitória por 11-4. Come esta vitória, o australiano é provavelmente o mais sério candidato a vencer o mundial juntamente com Trump e O’Sullivan.

Robertson a festejar com os fãs após a vitória na China (Fonte: Facebook World Snooker)

Já a partir do próximo dia 20 de abril e até domingo, dia 6 de maio, pode acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport, o Campeonato do Mundo, que se joga em Sheffield, Inglaterra.

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Xavier OliveiraAbril 8, 20186min0

Foi em Pequim, no Estádio Olímpico Nacional, que se jogou o China Open, com uma final a ser disputada entre Barry Hawkins e Mark Selby. O campeão do mundo em título venceu e convenceu, vencendo assim o 3º China Open em quatro anos, o que demonstra bem da superioridade do inglês neste torneio.

A queda dos “mitos”, O’Sullivan e Higgins

Neste China Open, tal como tem sido habitual esta época houveram favoritos a cair logo nas primeiras rondas. Foram os casos de Ronnie O’Sullivan, que foi surpreendido frente ao inglês Elliot Slessor, perdendo por 6-2. Mas mesmo com uma derrota que deixou um sabor amargo na boca dos seus fãs, estes acabaram ainda por ser brindados com a 14ª tacada máxima da carreira do “Rocket”, durante este encontro. Um marco incrível, que se vai tornando algo corriqueiro, tal como referido pelos comentadores do Eurosport, Nuno Santos e Miguel Sancho, em entrevista ao Fair Play.

Para além da queda daquele que tem sido o melhor jogador esta época, John Higgins foi outro dos jogadores candidatos ao título a cair prematuramente, neste caso na segunda ronda, perdendo perante Jack Lisowski por 6-2. Mas não só os dois jogadores anteriormente referidos caíram com alguma surpresa nas primeiras rondas, também Luca Brecel, Ali Carter e Shaun Murphy saíram mais cedo de cena em Pequim, o que não augura nada de bom para os três jogadores já com presença garantida no mundial.

Neil Robertson em acção no China Open (Fonte: Facebook World Snooker)

A ronda das “negras”

A terceira ronda foi pródiga em encontros decididos no último ‘frame’. Hawkins, que está longe de estar a fazer uma época brilhante, teve de suar bastante para garantir um lugar nos quartos-de-final. Bateu na “negra” o chinês Cao Yupeng por 6-5, marcando encontro nos “quartos” frente a Tom Ford. Num encontro também apenas decidido na “negra”, Kyren Wilson deixou pelo caminho o jogador favorito dos adeptos caseiros, Ding Junhui, por 6-5, num encontro repleto de emoção.

Não tendo tido menos emoção, o encontro entre dois “monstros” do circuito, o veterano Mark Williams bateu o campeão em título do Masters, Mark Allen, por 6-5. Tendo desde logo marcado encontro frente ao campeão do mundo em título, Mark Selby, que venceu Lyu Haotian por 6-1.

Hawkins a “tirar as medidas” no China Open (Fonte: Facebook World Snooker)

O aviso de Selby aos adversários

Chegado os quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Mark Williams vs Mark Selby; Jack Lisowski vs Kyren Wilson; Neil Robertson vs Stuart Bingham e Barry Hawkins vs Tom Ford. No último destes encontros, Hawkins saiu por cima, apesar de uma vez mais ter tido inúmeras dificuldades frente ao compatriota, onde venceu por 6-5. Precisamente em sentido contrário, no que toca a dificuldades, Neil Robertson não deixou margem para dúvidas e triunfou sob Bingham por 6-0.

No encontro digno de cartaz, o que opôs Mark Selby e Mark Williams, o inglês acabou por vencer de forma convincente o galês por 6-2, mostrando uma vez mais que este China Open lhe encaixa que nem uma luva e, mais do que isso, que a preparação para o mundial está a correr muito bem. Na meia-final já estava à espera de Selby, o seu compatriota Kyren Wilson, que apesar de não ter tido vida nada fácil frente a Lisowski, acabou por vencer por 6-5.

Selby a mostrar-se ao melhor nível no China Open (Fonte: Facebook World Snooker)

Hawkins em forma para o mundial?

Mark Selby teve pela frente nas meias-finais, o sempre complicado Kyren Wilson. O “guerreiro” do circuito tinha uma árdua tarefa pela frente mas sabia de antemão que nada era impossível. O histórico de duelos era claramente favorável ao nº1 mundial, com sete vitórias contra apenas uma de Wilson. Neste encontro das meias-finais, a excepção não fugiu àquilo que tem sido regra e, o Selby levou de vencida Kyren Wilson por 10-8.

Apesar de ambos estarem longe das suas melhores épocas de sempre, Neil Robertson parecia à partida um pouco mais favorito frente a Barry Hawkins. Para isso também contribuía o histórico de confrontos entre ambos, já que num total de 19 encontros, o australiano saiu por cima em 11 contra 8 do inglês. Mas neste encontro do China Open, Hawkins galvanizou-se e venceu o encontro por 10-6, alcançando assim a sua segunda final da temporada.

Hawkins “ausente” da final

O histórico de duelos entre Mark Selby e Barry Hawkins antevia um duelo muito equilibrado, já que em 19 encontros disputados entre ambos, o primeiro venceu dez contra nove vitórias de Hawkins. De destacar ainda que este foi primeiro encontro entre ambos a ser disputado numa final de um ‘major’.

E para a primeira final de Hawkins frente a Selby, esperava-se bem melhor do primeiro. Logo no final da primeira sessão, Mark Selby já liderava a seu belo prazer por 8-2, deixando poucas dúvidas sobre o desfecho da final. Por isso, na segunda sessão confirmou-se aquilo que já se antevia, o campeão do mundo em título confirmou a vitória por 11-3. Com esta vitória, Selby está na ‘pole’ para vencer o mundial, já que este começa já no próximo dia 21 de Abril.

Depois deste China Open e, até ao final da temporada, só resta mesmo o momento mais aguardado, o mundial em Sheffield. Campeonato do Mundo esse que pode ser acompanhado em directo e exclusivo em Portugal, nos canais do Eurosport e que vai ser jogado entre o dia 21 de Abril e 7 de Maio.

Selby em acção na final do China Open (Fonte: Facebook World Snooker)

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