Vê Formula 1? 5 motivos para começar a ver Fórmula E

Luís PereiraJaneiro 29, 20194min0

Vê Formula 1? 5 motivos para começar a ver Fórmula E

Luís PereiraJaneiro 29, 20194min0

Para quem ainda não conhece, a Fórmula E é a primeira competição totalmente elétrica da FIA. A competição foi criada como uma alternativa verde às competições motorizadas e para progredir a tecnologia do futuro da indústria automóvel.

A época de 2018/19 de Fórmula E é a 5ª época da modalidade e talvez a mais importante e talvez por isso seja a altura certa de ser seguida com atenção.

1. Novo carro

Até aqui a Fórmula E dispunha a todas as equipas um chassis que era o mais simples possível. A ideia era não ter muita carga aerodinâmica, que facilita as ultrapassagens e eficiência energética. Nesta nova época a Fórmula E apresenta um novo monolugar, com mais potência e um look muito futurista.

O monolugar a Fórmula E é o Spark SRT05e, que para além do complicado nome se destaca também pela ausência de asa traseira. A ideia foi de ter o máximo de carga aerodinâmica possível, aumentando velocidades, mas sem que esta carga causasse turbulência, não prejudicando assim as ultrapassagens.

O carro tem também mais potência, passou de 200 para 250kW, o que lhe permite rodar até aos 280km/h. A maior diferença vai, no entanto, para a bateria. Para esta temporada a capacidade da bateria dos monolugares foi aumentada, permitindo aos pilotos terminar a corrida sem ter de fazer a infame troca de carros durante a corrida.

2. Corridas imprevisíveis

No desporto motorizado quando se mudam as regras costuma-se fazer um “reset” na competitividade do pelotão.

Com novo carro, novos pilotos, novas equipas e circuitos, é espectável que esta seja uma época de muitas incertezas.

Na geração anterior foi a e.dams que se destacou, vencendo 15 corridas ao longo das 4 temporadas, com a Audi Sport ABT a conseguir 10.

Esta nova geração vai seguramente apimentar as coisas, já que nas duas primeiras corridas houve dois vencedores diferentes, incluindo Antonio Félix da Costa, que não vencia desde 2015.

3. Muitos construtores

Como pináculo do desporto motorizado a Fórmula 1 deve ser a que tem maior presença de construtores, certo? Não? Então deve ser a WEC com as 24h de Le Mans! Também não? Certo, é mesmo a Fórmula E que tem gerado mais interesse para os construtores. Aliás, a Fórmula E tem mais construtores do que a F1 e a WEC juntas!

A Fórmula E pode dar-se a luxo de atualmente apresentar nomes como Jaguar, Audi, BMW, Nissan e a DS (uma subdivisão da Citroen), e até nomes menos conhecidos como a Mahindra, Venturi e NEO.

Mas não acaba aqui, a Mercedes e a Porsche têm presença garantida na próxima temporada. A Porsche e a Audi desistiram das suas equipas de WEC para se dedicarem à Fórmula E.

Isto não é de estranhar, já que a tecnologia que vai definir os carros que conduzimos no nosso dia-a-dia está na Fórmula E e não nos restantes desportos motorizados.

4. Grandes pilotos

A Fórmula E sempre apresentou grandes nomes no seu pelotão. Antigos pilotos de F1 como Sebastien Buemi, Lucas di Grassi, Jean-Eric Vergne ou Nelson Piquet Jr. deram à Fórmula E a base necessária para as audiências saberem que as corridas seriam bem disputadas.

Esta temporada teve conseguiu também atrair Felipe Massa, antigo piloto da Williams e da Ferrari e ainda Stoffel Vandoorne que terminou a sua relação com a McLaren.

Também de outras competições surgem pilotos, como Gary Paffett, campeão de DTM e claro, o “nosso” António Félix da Costa, que venceu a ronda inaugural.

5. António Félix da Costa

Não podia deixar de ser um grande motivo para se assistir a Fórmula E. António Félix da Costa, que nunca teve a merecida oportunidade na F1, tem agora a sua oportunidade de brilhar. Até aqui Félix da Costa não estava em equipas propriamente competitivas, mas se a tendência se manter, o português estará num dos carros mais afinados do pelotão.

Caberá agora ao “Formiga” aproveitar o momento para garantir mais pódios, vitórias e lutar pelo título. Como já se falou, na Fórmula E a competitividade varia muito, mas esta poderá ser a oportunidade de ouro que Félix da Costa precisava.

 

A Fórmula 1 ainda é, e será, o pináculo do desporto motorizado, mas não se pode menosprezar a Fórmula E, até porque está virada para o futuro, um futuro que já não parece assim tão distante.


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