Super Rugby 2020: 4 Super Aces que têm de ser referências

Francisco IsaacJaneiro 16, 20205min0

Super Rugby 2020: 4 Super Aces que têm de ser referências

Francisco IsaacJaneiro 16, 20205min0
Escolhemos quatro jogadores que têm de ser uma das referências máximas das suas equipas nesta temporada do Super Rugby. Do "miúdo" maravilha dos Reds ao espectacular ponta dos Crusaders, qual o melhor destes aces?

A temporada 2020 do Super Rugby promete ser espectacular seja pela ascensão de novas estrelas que ninguém espera pelo seu aparecimento ou pela afirmação de força, técnica e genialidade dos astros que já pisam há alguns anos os relvados desta mítica competição do Hemisfério Sul. Mas quem são os jogadores que vão substituir nomes como David Pocock, Handré Pollard, Kieran Read, Ben Smith ou Will Genia? Propomos quatro jogadores que prometem vir a ser grandes nomes das suas franquias em 2020, abrindo assim a “fome” para o início de época!

GEORGE BRIDGE (CRUSADERS)

O multifacetado e polivalente 3/4 é desde 2017 uma das lanças mais perigosas e ameaçadoras do Super Rugby e nesta temporada será visto como um dos jogadores mais cogitados do rugby neozelandês, esperando-se que assuma uma importância fulcral nos Crusaders. Com já 30 ensaios marcados (não está longe do recorde de Israel Folau) em 29 jogos, o internacional All Black, que tanto pode jogar em qualquer um dos corredores ou como defesa, é um dos principais nomes dos tricampeões da franquia de Christchurch muito devido à miscelânea de pormenores técnicos que espalha quando joga como aquele sidestep espectacular bem “misturado” com um poder de explosão perfurante ou a capacidade de captar a oval no ar com uma simplicidade e classe quase ao nível de Ben Smith.

Placador exímio, excelente defesa na cobertura dos espaços e munido de um jogo ao pé inteligente e que cria constantes problemas à equipa contrária, sendo por isso um atleta completo podendo agora preencher o espaço deixado vago por Ben Smith no três-de-trás dos All Blacks, sendo fundamental que volte a mostrar as mesmas competências e qualidades das épocas anteriores. Esta será a 4ª época de George Bridge na maior competição de clubes do Hemisfério Sul, e é esperado que seja uma das peças-chave de Scott Robertson nos saders.

LUKE JACOBSON (CHIEFS)

Foi talvez o jogador mais azarado do rugby neozelandês no ano passado, lembrando que falhou o Mundial de Rugby 2019 semanas após ter sido convocado para a competição tudo por causa de uma lesão sofrida a nível da cabeça. Contudo, o asa de 22 anos mostrou a tudo e todos que podia perfeitamente chegar aos All Blacks em pouco tempo captando a atenção de Steve Hansen e os restantes selectors (como Ian Foster) graças às excelentes faculdades na arte da placagem, no trabalho no breakdown (consegue fazer os turnovers mais improváveis possíveis), na intensidade e ritmo de jogo colocado durante todo o encontro, somando-se ainda os pormenores atacantes como o offload (abriu uma série de espaços para quebras-de-linhas dos seus colegas de equipa), a entrada no contacto e a velocidade de handling que faz toda a diferença.

É um 3ª linha de categoria, que tem conferido uma agressividade essencial aos Chiefs e para Warren Gatland será fulcral garantir o palanque necessário para que Jacobson seja um dos elementos mais importantes da franquia de Hamilton. Com o objectivo de ser convocado novamente pela Nova Zelândia, Luke Jacobson terá de ser reconhecido como um dos melhores asas do Super Rugby… conseguirá voltar ao mesmo nível que em 2019?

CURWIN BOSCH (SHARKS)

Um dos maiores talentos dos últimos 10 anos do rugby sul-africano, Curwin Bosch já é encarado como uma referência nos Sharks, brindando a formação de Durban com picos de brilhantismo fenomenais que congelam a equipa adversária e pondo ao rubro quem está nas bancadas. Não conseguiu ser chamado aos Springboks para o Mundial de Rugby 2019 (Damian Willemse ficou com o lugar de Jesse Kriel), mas esse pormenor só vai alimentar a “fome” de Bosch em escalar até ao topo do rugby sul-africano e será muito complicado pará-lo nesta temporada.

A velocidade insana com que rapidamente aproveita uma quebra-de-linha é das mais especiais entre os vários jogadores do Super Rugby, impondo um autêntico baile a quem tenta ir à placagem sem perceber primeiro como bloqueá-lo devidamente, sendo estes dois pormenores de uma longa lista de outros que fazem a diferença no sistema de jogo dos Sharks. Não esquecer a excelência na conversão de pontapés (a franquia de Durban tem sido brindada por grandes chutadores nas últimas temporadas), esta tem de ser a época em que Curwin Bosch vai ser considerado uma das maiores ameaças do País do Arco Íris.

LIAM WRIGHT (REDS)

É o capitão mais novo de sempre dos Queensland Reds, ostentando este título aos 22 anos de idade e isto depois de duas épocas a jogar no Super Rugby… Liam Wright é o jogador em enfoque para esta época do Super Rugby 2020. Um asa totalitário junto do contacto, dominante nos aspectos tácticos e agraciado por um “motor” sempre a funcionar, ou seja… não pára de correr durante todo o encontro. Similar a Michael Hooper no que toca à resistência física, Liam Wright também tem pormenores muito parecidos a Scott Higginbotham quando se fala na fisicalidade e no domínio na placagem e aspectos defensivos.

Não é excepcional a nível dos aspectos ofensivos, mas não deixa de ser aquele tipico asa envolvido por uma aura marcada pela intensidade e de arremessar o adversário para trás de forma constante. Os Reds têm atravessado por uma onda de más temporadas, sempre longe do apuramento para a fase-final da competição com Brad Thorn a procurar um novo caminho para uma franquia que no passado já levantou um título de campeão do Super Rugby, e o timoneiro da franquia australiana vê em Liam Wright o homem certo para liderar um elenco jovem e carregado de promessas como Jordan Petaia, Isaac Lucas, Tate McDermott, Izack Rodda ou Taniela Tupou.


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