Bristol Bears a darem cartas num arranque eléctrico da Premiership

Helena AmorimNovembro 14, 20194min0

Bristol Bears a darem cartas num arranque eléctrico da Premiership

Helena AmorimNovembro 14, 20194min0
30 "ursos" estão a atacar o campeonato inglês neste início de temporada e de seu nome são o Bristol Bears! Uma breve análise ao princípio de época do Campeonato inglês de rugby!

Depois de uma participação emocionante na final do campeonato do Mundo de Rugby, os Ingleses regressaram a casa para se depararam com um dos maiores escândalos envolvendo um clube do Premiership.  Entretanto, os Bristol Bears são a sensação com um primeiro lugar e três vitórias em quatro jogos.

Os actuais campeões da Premiership e da Europa, os Saracens, sofreram um rude golpe com uma penalização de 35 pontos e uma multa de 5.3 milhões de libras por quebras ao regulamento salarial. Esta penalização surge depois de 9 meses de investigação e é relativa aos últimos três anos.

Assim sendo e depois de quatro jornadas em que já tinham amealhado 13 pontos, estão agora em último lugar com -22 e uma longa batalha para fugir à despromoção. Apesar de tudo isto, os títulos alcançados nos últimos dois anos não deverão estar em risco.

A questão prendeu-se mormente com falta de transparência em negócios e co-investimentos entre alguns jogadores e o dono do clube, o multimilionário Nigel Wray. Nesse sentido e tendo em conta que no regulamento salarial a definição de salário ocupa cerca de dez páginas, a preocupação aqui foi que os jogadores pudessem ter obtido vantagens monetárias devido a estes negócios e por falta de declaração destas mesmas situações.

Esta limitação salarial existe há cerca de 20 anos e tem permitido que uma, senão a mais competitiva liga se tenha estabelecido, prevenindo “arrebatamento” dos melhores jogadores assim como uma sustentabilidade orçamental na Liga.

Naturalmente, os Saracens já apelaram da decisão mas seja como for, este é sempre um factor psicológico que os jogadores terão de ultrapassar neste momento.

Nas três primeiras jornadas, sem dúvida, que a falta dos internacionais se fez sentir mas também permitiu que os jogadores normalmente não utilizados pudessem ter uma hipótese de se mostrar, embora com alguma ingratidão, visto que estamos a falar num início de época, com os condicionalismos inerentes a esse tempo.

Nesse primeiros três registos, de salientar os Bristol Bears com duas vitórias frente a Bath (logo na jornada inaugural por uns impressionantes 43-16, com sete ensaios marcadaos) e frente aos Sale Sharks na terceira jornada. Na jornada 2, perderam frente aos Quins, muito por culpa das penalidades concedidas. O director de rugby dos Bears, Pat Lam, comentou após o jogo com os Sahrks, que a indisciplina melhorou mas que já era a terceira vez que concediam um ensaio com alguma facilidade (estiveram a ganhar por 16-3) e isso era um facto que teria de ser tratado com a máxima urgência: a questão da defesa.

Nas suas fileiras constam nomes como o “8” Nathan Hugues, o defesa Charles Piutau e o seu irmão mais velho, o centro Siale Piutau, Callum Sheedy como abertura e Ioan Lloyd, também abertura ou defesa que se estreou pelo clube na primeira jornada, tendo marcado um ensaio nesse jogo. Ainda Luke Morahan e Mat Protheroe a pontas, John Afoa a pilar direito e Chris Vui a 2ª linha.

Neste último fim de semana, aquando da quarta jornada, os Bears deslocaram-se a Sandy Park, onde protagonizaram uma das mais estonteantes reviravoltas. Ao intervalo, a supremacia dos Chiefs fez-se sentir com 17 pontos amealhados, 10 dos quais de ensaio de Sam Simmonds e Nic White. O desgaste causado no adversário foi considerável mas como que com um chip totalmente diferente, Callum Sheedy começou a reviravolta com duas penalidades marcadas aos 43 e 59 e com os subsequentes ensaios do segundo centro Piers O’Conor e ainda do asa  Dan Thomas (aos 80+1).

Os Leicester Tigers têm tido um início de época perto do desastroso com apenas uma vitória na terceira jornada, frente ao Gloucester. De referir as boas prestações de Tom Hardwick e Jordan Olowofela, pelos Tigers.

Wasps e Harlequins também têm dado uma imagem de pouca consistência. De notar alguma competitividade dos London Irish nesta fase.

Ainda como nota de rodapé, de referir a saída do Rugby do talonador de 33 anos Dylan Hartley, com efeito imediato. Uma lesão no joelho que se arrasta há muito tempo, terá sido o factor determinante para esta decisão do jogador dos Saints.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS