Japão, estatísticas e um olhar rápido para o que foi e será este Mundial!

Helena AmorimOutubro 15, 20194min0

Japão, estatísticas e um olhar rápido para o que foi e será este Mundial!

Helena AmorimOutubro 15, 20194min0
Estamos quase nos quartos-de-final do Mundial de Rugby 2019 e fomos rever o progresso do Japão até aqui, para além das estatísticas e muito mais! O que esperas dos quartos?

Que o Japão pudesse passar aos quartos de final ,não é algo que choque mas que o tenha feito com tanta bravura e mérito e a apresentar um rugby tão positivo e dinâmico, tendo passado em primeiro lugar no grupo, isso já seria mais difícil de conceber.

Foi assim! Japão em primeiro lugar com 19 pontos, Irlanda em segundo com 16 pontos, Escócia em terceiro com 10, Samoa com 5 e Rússia com 0 pontos.

O embate mais importante nesta última ronda foi o Japão-Escócia, com uma opção táctica Escocesa centrada no jogo ao pé e a tentar evitar a ida ao breackdown. Finn Russell não esteve assertivo somando a um formação totalmente ultrapassado, com uma terceira linha muito “tenrinha” e com as linhas atrasadas completamente condicionadas (em particular o par de centros que quase não se viu), seria de esperar uma derrota. Quando do outro lado, esteve um lado positivo, com jogo à mão, basculação dejogo, com uma mélêe irrepreensível e com Matsushima a aparecer em todo o campo de jogo, a derrota além de inevitável para os Escoceses, tornou-se uma marca pesarosa no seu percurso em Mundiais.

Kotaro Matsushima é um ponta direito que conseguiu 5 ensaios até ao momento: depois do hat trick no jogo inaugural frente à Rússia, com o 4º ensaio Japonês frente a Samos e com o ensaio inaugural frente à Escócia, este ponta com pai Sul Africano e mãe Japonesa, é um diabo irreverente, com velocidade, técnica e uma deslumbrante presença em campo. Do outro lado, do campo, o ponta esquerdo Kenki Fukuoka não lhe fica muito atrás.

A terceira linha Japonesa também impressiona com nomes como Michael Leitch, Pieter Labuschagne e Kazuki Himeno.

A Escócia apareceu por breves minutos na segunda parte e ainda fez alguma mossa com 2 ensaios em 5 minutos finalizados pelos pilares, mas a robustez defensiva Japonesa, foi algo que melhorou muito nestes últimos 4 anos.

A primeira equipa asiática a chegar a uns quartos de final da competição é algo que já não tiram aos Brave Blossoms. A questão é o que ainda podem fazer e verdade seja dita que se apanharem uns Springboks num dia menos conseguido, podem ultrapassa-los e chegar às meias.

Estão 40 jogos realizados de um total de 48 e o que se tira até agora deste Mundial?Já se sabe do Japão… A Irlanda não está no seu melhor mas com os elementos certos, faz mossa em qualquer lado.

A Nova Zelândia foi dos 4 primeiros classificados das pools, a equipa com menos pontos (16) em comparação com os 19 de Gales e Japão e os 17 da Inglaterra – lembrar que fizeram menos um jogo na prática, mas que o empate pelo cancelamento do jogo frente à Itália ofereceu 2 pontos. É uma equipa praticamente intocável mas se souberem tocar nos pontos fracos, ela tremerá. Esses pontos fracos são o contra-ataque (é a melhor equipa do mundo a fazê-lo mas a defendê-lo não é bem assim) e a indisciplina efectivamente apontada pelos árbitros.

África do Sul e França são talvez das equipas que mais se espera, pela juventude, novidade e por uma nova maneira de encararem o rugby , que lhes dá muita promessa.

Namíbia, Itáblia, USA e Rússia marcaram presença e foi só isso que fizeram.

Argentina está uns furos abaixo do que se espera de uma equipa do 4 Nações. Tonga, Geórgia e Samoa foram equipas que lutaram muito mas cuja qualidade geral não belisca as restantes equipas. O Uruguai foi talvez o melhor dos maus.

Nos embates dos quartos, a Nova Zelândia não deverá facilitar frente à Irlanda; Inglaterra e Austrália poderá ser um embate muito intenso com a Inglaterra a ter alguma vantagem mas com as devidas ressalvas das inspirações menos conseguidas de Eddie Jones, nunca se sabe!

O Japão-África do Sul será sem dúvida um embate a não perder: um Japão a jogar um rugby tão positivo e uma África do Sul com uns três-quartos tão dinâmicos, de certeza que poderão dar um espectáculo memorável.

O jogo que poderá ter um desfecho menos previsível será o Gales –França. Um País de Gales a fazer os mínimos mas a conseguir passar equipas, assolada por algumas lesões significantes e uma França nova e ambiciosa, podem fazer com que um pretenso jogo equilibrado em teoria, se torne na prática, um banho de ensaios para um dos lados.

Josh Adams é o jogador que tem com Matsushima mais ensaios conseguidos; Yu Tamura o melhor marcador de pontos, com 48; Tamura é também o melhor marcador de penalidades com 10; 25 cartões amarelos e 7 vermelhos, fecham as estatísticas até ao momento.


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