CN1 2019/2020: o início de um campeonato com cobertura!

Francisco IsaacOutubro 12, 20197min2

CN1 2019/2020: o início de um campeonato com cobertura!

Francisco IsaacOutubro 12, 20197min2
O Campeonato Nacional 1 está prestes a começar e o Fair Play lança algumas novidades em relação a esta divisão. A antevisão do CN1 2019/2020 aqui no teu site de desporto

E começa hoje o Campeonato Nacional 1 2019/2020, a segunda divisão de rugby em Portugal, que já tínhamos visitado e revelado alguns dos pormenores e detalhes a ter em atenção para esta temporada! Com a 1ª jornada a ter lugar neste fim-de-semana de 12/13 de Outubro, o Fair Play faz uma última antevisão sobre mais alguns pontos e destaques deste campeonato que vai de Braga a Elvas, contendo 10 clubes de vários pontos de Portugal!

REGIONALISMO? É COM O CAMPEONATO NACIONAL 1!

Se a Divisão de Honra aumentou a sua percentagem de clubes dos vários pontos de Portugal, com a subida de emblemas das cidades de Montemor, Arcos Valdevez e Lousã (mais o SL Benfica que se reforçou excelentemente bem, e que será “vítima” de uma breve análise ao que podem não só fazer neste ano mas no futuro próximo), o Campeonato Nacional 1 volta a apresentar uma pegada regional profunda de alto interesse com as presenças de clubes do Minho, Centro e Alto Alentejo. Ou seja, Braga Rugby, Moita Bairrada e RC Elvas preenchem este mapa regional do rugby nacional, onde só temos a presença de dois clubes da Grande Lisboa, descentralizando por completo este segundo patamar do rugby nacional.

Este aspecto só pode aumentar o interesse geral para esta divisão que ainda apresenta um dos maiores conclaves da oval lusa, já que os clubes que habitam neste CN1 têm constantemente se reunido de forma a garantir um projecto uno e equilibrado não só desportivo mas também para a promoção da modalidade. O Braga Rugby, como referimos no artigo passado, é um projecto recente mas com olhos para atingir uma envergadura de altas proporções, beneficiando de uma estrutura objectiva e de uma cidade cada vez mais apaixonada pelo desporto.

O emblema de Elvas consegue uma subida que vinha a ser adiada constantemente, quer por problemas internos ou por impedimentos federativos pouco esclarecedores, tendo conquistado a promoção agora através da subida dos quatro clubes de uma vez só, sendo neste momento uma das instituições mais dinâmicas e activas na promoção e disseminação da bola oval – presença em inúmeros agrupamentos escolares, actividades constantes junto de associações de menores, etc.

E o Moita Bairrada, o primeiro clube português a criar uma autêntica Aldeia do Rugby, que merece ser vista quase como uma capital da oval lusa, necessitando de maior interesse tanto da parte da Federação Portuguesa de Rugby e de investidores privados, já que tem formado constantemente bons jogadores “emigrados” para os clubes principais portugueses.

O ER Galiza/ST. Julians formam o último promovido, os Jaguares. Esta composição entre estas duas escolas do rugby português fundou uma “casa” que promove um desenvolvimento constante e de boa qualidade a atletas, conseguindo colocá-los nas selecções nacionais jovens.

Uma última nota para outro interesse do CN1 é no tipo de campo que cada clube apresenta: Braga, São Miguel, Jaguares (jogam no campo B do Grupo Desportivo de Direito em Monsanto), Évora são detentores de sintéticos, enquanto que Moita Bairrada, Guimarães, Caldas, Santarém, Moita e Elvas apresentam bons relvados, existindo quase um equilíbrio entre os dois tipos de “relvado”.

OS ASES, CARTAS SURPRESA E HOMENS-DO-LEME A TOMAR EM ATENÇÃO

Já apontámos alguns treinadores e jogadores que valem a pena ter o vosso foco de interesse em cima, como Luís Supico do Moita Bairrada, Miguel Avó do CR Évora ou Nuno Damasceno do CR São Miguel, isto em termos de treinadores, sendo que no lado de quem calça as botas há o rochedo Matheus Daniel, o flash do Minho Samuel Lemos ou o comandante do Évora José Leal da Costa. Mas que mais destaques podemos falar?

Para começar do criativo e internacional sub-20 português Tomás Lamboglia, atleta desde sempre dos “pelicanos” do Caldas RC. Não há dúvidas que é o “motor” do clube das Caldas da Rainha, apresentando toda uma volatilidade e genialidade no momento de tomar decisões que dá outra dimensão à plataforma ofensiva da equipa treinada por Patricio Lamboglia. A agilidade, capacidade de comando e visão de jogo vão valer pontos essenciais para o Caldas RC conseguir ombrear na luta pela subida de divisão.

Por falar em “grandes mentes” há que considerar a excelente capacidade técnica de Jeremias Soares, treinador do Guimarães RUFC, que tem sido um dos grandes impulsionadores do rugby vimaranense. Não tendo a argila suficiente em termos de números de jogadores (o GRUFC necessita que os poderes municipais tenham mais interesse no clube, até porque tem representado Guimarães desportiva e socialmente como poucos), Jeremias Soares tem trabalhado bastante bem com os atletas que chegam ao patamar sénior como Samuel Lemos, Paulo Machado, Bernardo da Silva, os irmãos Pinheiro (entretanto contratados pelo CRAV), entre outros, e não há dúvidas que para esta temporada será um dos principais técnicos a tomar em atenção.

Para os lados de Évora ainda há grandes nomes a marcar presença no plantel de Miguel Avó, caso de Duarte Leal da Costa, António Fonseca (a par de Frederico Couto tinha e tem uma apetite para chegar à linha de ensaio como poucos) e, claro, José Leal da Costa, o pilar internacional português que conquistou vários troféus ao serviço da AEIS Agronomia. Um líder na avançada como poucos, a experiência que possui tanto no trabalho na formação-ordenada ou na execução no trabalho mais “pesado” vai ser fundamental para os eborenses na corrida à final-four.

Por fim, na Bairrada, Luís Supico recebeu um grande reforço, tanto em nome como em peso e altura: Gonçalo Almeida Domingues. O pilar de 22 anos levantou o título de campeão nacional pela AEIS Agronomia na época passada e regressa (de novo) a uma casa que conhece bem, munindo o emblema do Centro de Portugal de uma autêntica “rocha” na primeira-linha, que vai fazer com Diogo Rodrigues e Alexandre Pires um trio bem letal para as equipas contrárias.

Rafael Morales, o número 10 do RC Santarém, é outro destaques até porque vai ser o grande maestro da turma de Luís Monteiro Costa do Rugby Clube de Santarém, seja pela excelente execução no jogo ao pé (é dos melhores chutadores em Portugal, uma característica que levou-o à selecção do Brasil em tempos passados) ou pela capacidade em mexer com “cordelinhos” na defesa contrária, afirmando-se constantemente como um grande perigo.

COBERTURA…VAI HAVER?

Pelo 2º ano consecutivo os interessados no CN1 vão ter possibilidade de acompanhar o campeonato de forma constante, já que 7 emblemas da segunda divisão formularam novo projecto para a cobertura dos jogos. O Fair Play em associação com Braga Rugby, Guimarães RUFC, Moita Bairrada, RC Santarém, Caldas RC, CR São Miguel, RC Elvas e a DunLopes e com patrocínio da Vanguard Properties vão assim apresentar todas as semanas os highlights, ensaios da jornada e até jogos em directo deste Campeonato Nacional 1. Na 1ª jornada, o encontro entre Guimarães RUFC e Caldas RC vai ser alvo de em directo, lembrando que podem existir dificuldades técnicas na passagem do jogo em directo. Contudo, poderão ver o jogo na íntegra algumas horas depois caso falhe a transmissão em modo live.

Os resumos de jogo, ensaios da jornada e outros conteúdos poderão ser visualizados no facebook, youtube e instagram do Fair Play, assim como dos clubes participantes.


2 comments

  • Victor José Xavier Carola

    Janeiro 29, 2020 at 12:26 am

    Caríssimos Senhores:
    “Ovais saudações”

    Louvo e reconheço o vosso trabalho e o gosto pelo desporto oval.
    Da minha atalaia, chamo a atenção apenas para o extraordinário trabalho desenvolvido pelo Treinador do RCE, Rui Perdigão e pelo Presidente do RCE, Luís Carvalho, este gerindo a associação com parcos “cêntimos”, muito parcos mesmo e aquele galvanizando, orientando e gerindo com toda a sua arte e saber, todo um grupo de jovens e menos jovens jogadores espalhados durante a semana pelas mais variadas latitudes do país, a estudar e a trabalhar, apenas treinando juntos quanto é excepcionalmente possível, mas colocando em campo todo o seu denodo, todo o seu empenho e toda a sua arte, num amor incomensurável à sua terra e às suas raízes, todos eles “maison d´argent à côut nul” – prata da casa a custo zero – deveras de registar.
    Despeço-me com amizade.
    Victor Carola.

    Reply

  • Joao Goncalves

    Outubro 12, 2019 at 3:36 pm

    Está a dar live nest momento?Se sim onde?

    Abraço

    Reply

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