6 boas razões para assistir ao torneio das 6 Nações em 2018

Rodrigo FigueiredoDezembro 28, 20175min0

6 boas razões para assistir ao torneio das 6 Nações em 2018

Rodrigo FigueiredoDezembro 28, 20175min0
A cerca de um mês do início do Torneio das 6 Nações 2018, o Fairplay escolheu 6 razões mais que suficientes para não perder um segundo do torneio de selecções mais antigo do mundo.

1– A Inglaterra de Eddie Jones, bi-campeã em título das 6 Nações, poderá apresentar-se este ano numa fase menos positiva. Os clubes ingleses atravessam um mau momento nas competições europeias e os todo-poderosos Saracens reverteram na última jornada uma sequência de três derrotas consecutivas no campeonato. Conseguirá o conjunto inglês superar estas e outras contrariedades e revalidar o título ou terá o impacto inicial de Eddie Jones perdido força? A verdade é que a Inglaterra se posiciona como favorita mas uma surpresa virá certamente animar a competição.

Eddie Jones, australiano (Fonte: rugbypass.com)

 

2– Para que a Inglaterra se confirme efectivamente como favorita, nada melhor que uma excelente notícia para o pack inglês: Maro Itoje que sofreu uma lesão no maxilar contra os Harlequins no início de Dezembro, estará recuperado. O 2ª/3ª linha dos Saracens tem sido peça fundamental para a selecção da Rosa depois de se ter estreado na competição em 2016 e cumprido 80 minutos em todos os jogos em 2017, vencendo em ambos os anos. Maro será alvo de atenção pelos adversários, mas terá esta lesão repercussões significativas na performance individual? Os jogos em Janeiro permitirão certamente ganhar ritmo e forma para os embates com os eternos rivais europeus.

Maro Itoje contra a Irlanda (Fonte: sixnationsrugby.com)

3– Já a Irlanda, terceira classificada do ranking da World Rugby, poderá ter razões para entrar mais confiante na competição. Depois de um mês de Novembro irrepreensível com uma vitória folgada por 38-3 frente à África do Sul e outras vitórias frente a Fiji e Argentina, os comandados de Joe Schmidt regressaram aos seus clubes em força. Tanto o Leinster como o Munster ocupam as primeiras posições dos seus grupos na European Champions Cup e o Ulster está encaminhado para se qualificar para a ronda seguinte. Terão no entanto os irlandeses a capacidade de regressar ao título de 2015 ou até mesmo ao épico Grand Slam de 2009, na altura com um drop de Ronan O’Gara? Em Dublin e Belfast pensarão que sim, em Londres dirão que não.

4– Nas fileiras das 4 orgulhosas províncias irlandesas estará Jacob Stockdale. Em Novembro último, o electrizante ponta do Ulster levantou o véu daquilo que é o seu enorme potencial. Depois de um ensaio na estreia internacional contra os Estados Unidos em Junho passado, presentou o público do Aviva com um ensaio frente à África do Sul e uma performance de Homem do Jogo contra a Argentina. Stockdale dará com certeza muito trabalho às defesas adversárias e tentará marcar os ensaios que façam a sua selecção voltar ao ambicionado título.

Jacob Stockdale pela Irlanda (Fonte: the42.ie)

5– Tempos eram em que se falava de continuidade, ou em francês “continuité”. A 5 semanas do ínicio do torneio, Guy Noves é convidado a abandonar o cargo de seleccionador gaulês, passando este a ser ocupado pelo atual treinador do Bordeaux-Bégles, Jaques Brunel. Este último assinou contrato até ao mundial de 2019 no Japão e terá de preparar a sua nova equipa para uma competição que se espera muito competitiva. Brunel terá no entanto a salvaguarda de já conhecer bem o torneio visto ter sido seleccionador Italiano entre 2011 e 2016. Ainda assim, a exigência da federação e adeptos franceses será alta e com um campeonato interno a níveis altíssimos como se fala no artigo dedicado ao XV de França, Brunel terá o desafio de implementar as suas ideias e processos em pouco tempo. Veremos se a chicotada terá o efeito desejado, e se à pergunta conhecida “Which France will turn up?” se responde com uma classificação superior às dos últimos anos.

Jaques Brunel como treinador adjunto em 2007 (Fonte: thetimes.co.uk)

6– Apesar do mais que reconhecido e discutido valor do campeonato francês, a selecção continua a ficar aquém das expectativas. Ainda assim, continuam a surgir jovens que poderão recuperar a qualidade de resultados de outros tempos. Só do Bordeaux-Begles destacam-se o abertura Jalibert, Geoffrey Cros e o asa Cameron Woki. Ainda elegíveis para os sub 20, terão eles a sua oportunidade ao mais alto nível, ou serão as velhas glórias como Michalak a segurar os arames da campanha francesa?

Jalibert ao serviço das selecções jovens (Fonte: leparisien.fr )

 

Nota para o novo patrocinador do torneio. A NatWest assume o patrocínio principal depois de 14 anos de relação entre a organização do torneio e o Royal Bank of Scotland.

Novo patrocinador do torneio depois de vários anos de Royal Bank of Scotland (Fonte: sixnationsrugby.com)

Estas e outras razões são o que farão do Torneio das 6 Nações 2018 um dos mais emocionantes dos últimos anos. Ficaram por analisar outras equipas e jogadores, mas as antevisões do Fairplay tirarão qualquer dúvida sobre o programa ideal ao fim-de-semana de 3 de Fevereiro a 17 de Março.

 

 


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS