5 novatos a tomar em atenção no Super Rugby 2020

Francisco IsaacJaneiro 3, 20206min0

5 novatos a tomar em atenção no Super Rugby 2020

Francisco IsaacJaneiro 3, 20206min0
O irmão do All Black Waisake Naholo vai alinhar no Super Rugby 2020, mais precisamente pelos Chiefs. Mas que outros "miúdos" devemos seguir com atenção para esta temporada? Propomos 5 nomes do SR 2020!

Todos os anos o Super Rugby traz uma nova leva de novatos que chegam à espectacular competição do Hemisfério Sul para singrarem e começarem a escrever as suas histórias no Planeta da Oval! Quem são os escolhidos que nunca antes jogaram no Super Rugby e chegam a esta temporada com vontade de entrar a ganhar?

KINI NAHOLO (CHIEFS)

O irmão mais novo do All Black Waisake Naholo chega também ao Super Rugby, não para jogar pelos Highlanders mas sim pelos Chiefs. Será bastante interessante ver como Warren Gatland e o staff técnico vão lapidar este diamante fijiano que sonha em chegar ao mesmo nível que o irmão mais velho, partilhando desde logo três características com Waisake: velocidade, dimensão física e posição em campo.

Kini Naholo possui a mesma potência física e poder de aceleração/explosão que o jogador ex-Highlanders, sendo uma total ameaça à ponta como já comprovou ao serviço da equipa de Taranaki. Depois de algum tempo em observação nos developement camp dos Chiefs acabou por receber a chamada para ser um dos novos reforços da franquia de Waikato. Vai ser curioso perceber se a qualidade técnica e física de Kini chega ao patamar de Waisake, dando continuação ao nome Naholo no rugby neozelandês. Prontos para o mesmo tipo de ameaça na ponta?

JONA NAREKI (HIGHLANDERS)

Campeão mundial pelos sub-20 da Nova Zelândia em 2017 e campeão do Mundo nos 7’s também pelos All Blacks em 2018, Jona Nareki aterra com os pés agora no Super Rugby para servir a franquia dos Highlanders. Mas o que vale o ponta/centro que alinhou pelo clube de Otago nas três últimas temporadas? Bem, em 28 jogos fez cerca de 22 ensaios, sendo considerado um dos grandes valores na Mitre10 de 2018 e 2019, somando-se ainda o papel que teve pelos 7’s dos All Blacks nos últimos três anos onde presenteou os adeptos das World Series com sprints espectaculares, trocas de pés ao nível de Cheslin Kolbe ou Jonny May, onde o virtuosismo marca todo o seu arsenal de truques.

Com a saída de Waisake Naholo, Tevita Li, Jordan Hyland e Ben Smith no final da época passada, começa uma nova era para os Highlanders com Jona Nareki a ter uma oportunidade de ouro para singrar ao mais alto nível no rugby neozelandês! Preparem-se para mais uma revelação dos 7’s a conquistar lugar no rugby de XV.

SOLOMONE KATA (BRUMBIES)

Em 2019 surgiu Sevu Reece em grande forma pelos Crusaders, afirmando-se como a grande surpresa da temporada transacta muito pela sua fisicalidade, apontamentos técnicos e aquela combinação de detalhes físicos com uma garra sensacional que mexe por completo com o jogo. Mas agora em 2020, poderá aparecer um jogador com as mesmas características? Avançamos com a proposta de Solomone Kata, um atleta que singrou no Rugby League e que agora mudou de códigos para tentar se afirmar no rugby australiano ao serviço dos Brumbies.

Kata mede 1,77 e pesa 108 kilos, sendo aquele típico jogador do rugby de 13 pois compõe uma agressividade física difícil de parar ou placar e que tem o dom de poder mudar de velocidade ou linha de corrida sem que ninguém espere por isso. Depois de ter singrado como centro selecção neozelandesa de Rugby League, veremos se consegue chegar ao mesmo patamar de qualidade no Rugby Union.

CAMERON ORR (REBELS)

Foi um dos atletas mais promissores dos sub-20 Wallabies em 2014 e 2015, mas que acabou por nunca jogar no Super Rugby nos seus poucos anos como atleta profissional, lembrando que entre 2016 e 2018 alinhou pelo Gloucester na Premiership e depois vestiu a camisola da Western Force para jogar nos World Series Rugby (uma competição com várias regras de jogo diferentes). O pilar de 24 anos assinou contrato com os Melbourne Rebels para as próximas duas temporadas, mas o que pode oferecer a uma franquia que tem ficado à porta das eliminatórias do Super Rugby ano após ano?

Mobilidade, durabilidade e capacidade de fazer a diferença nas fases estáticas, especialmente na formação-ordenada, preenchendo assim um vazio deixado pelas saídas de Ben Daley, Tetera Faulkner e Sam Talakai. É um autêntico “gigante” com o seu 1,88 metros de altura, tendo deixado algumas saudades nos cherries and whites tanto pela versatilidade e virtuosismo que apresentava em campo e deverá preencher as medidas de David Wessels.

FRANCKE HORN (LIONS)

Grande contratação dos Lions de Joanesburgo pois conseguiram adquirir os direitos de Francke Horn, 3ª linha de 20 anos que foi vice-capitão nos sub-20 dos Springboks em 2018 e 2019, servindo assim agora de “sombra” a Warren Whiteley. O actual nº8 dos Lions tem sofrido constantes lesões nas últimas três temporadas e foi necessário garantir a contratação de um jogador que apresentasse o potencial para vir a ser uma referência na franquia de Joanesburgo, podendo vir a ser o caso de Horn.

Como todos os atletas desta lista, o internacional sub-20 bok é detentor de capacidades físicas e técnica de ponta, abordando cada placagem ou investida ao breakdown com uma excelente volatilidade, não esquecendo toda a cultura de jogo própria do rugby sul-africano que Francke Horn ostenta com toda uma panóplia de elementos técnicos bem trabalhados. Com as saídas de Kwagga Smith, Lourens Erasmus e Stephan Lewies, será a era da afirmação dos novos talentos dos Lions e Francke Horn tem tudo para ser um dos grandes nomes da franquia dos Lions já nesta temporada.

QUINN TUPAEA (CHIEFS)

É uma entrada extra, mas era impossível deixar de fora o novo 3/4’s dos Chiefs de Warren Gatland que promete fazer estragos tanto na Nova Zelândia assim como no Hemisfério Sul. Quinn Tupaea foi considerado em 2018 e 2019 como um dos melhores prospects da Mitre 10, 14 ensaios e 13 assistências em 21 jogos, mostrando uma apetência total para fazer da linha-de-vantagem adversário do seu parque de diversões, com um handling extraordinário e um par de pés que derrubam qualquer placador sem precisar de recorrer ao handoff.

Depois do surgimento de Will Jordan na época passada, a chegada de Quinn Tupaea vai animar as hostes de adeptos que gostam de seguir o Super Rugby pela dimensão do espectáculo oferecido e este novo centro/ponta/defesa dos Chiefs vai apimentar a competição de uma forma diferente.


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