Famalicão tem Sol de pouca dura ou está para durar?

João NegreiraSetembro 7, 20194min0

Famalicão tem Sol de pouca dura ou está para durar?

João NegreiraSetembro 7, 20194min0
Entre imensas contratações sonantes e um bom início de época, o Famalicão está isolado no topo da tabela. Mas será que vai conseguir manter este bom nível durante toda a temporada?

Um Mercado de Transferências à Campeão…

O Famalicão foi, indubitavelmente, o campeão do mercado de transferências. Foi quem mais contratou, mas a qualidade dos reforços apresentados é o que mais se pode destacar.

Neste verão chegaram 19 reforços a Vila Nova de Famalicão – praticamente todos por empréstimo – e muitos deles com um enorme potencial. Nesta miscelânea de contratações, há, claramente a mão de empresários a ajudar e a Gestifute aparece como o principal protagonista.

Isto porque um recém-promovido à Liga NOS receber nomes por empréstimo como Toni Martínez, Fábio Martins, Roderick Miranda, Álex Centelles, Josh Tymon, Riccieli, Uros Racic, entre muitos outros, é de suspeitar como todos eles lá chegaram.

Praticamente todos já são conhecidos pela Europa fora como jovens como bastante potencial para vingar no seu clube e seleção, e chegam ao Famalicão sem grande fio de ligação.

Apesar de todos estes bons nomes, que certamente vão dar muitas alegrias esta época, aos adeptos famalicenses, há que questionar qual a estratégia do clube a curto-médio prazo.

O Presidente da SAD, Miguel Ribeiro, afirma que quer um “crescimento sustentado e gradual” e que “o foco está no longo prazo”. Não obstante, a sua política de contratações não aparenta ir ao encontro das suas palavras.

Tendo em conta que apenas 5 a 6 dos 19 reforços vieram para ficar mais que uma temporada, é questionável se a estratégia passa realmente por um foco a longo prazo ou se os reforços só chegaram pelo interesse dos empresários.

De referir ainda que chega também um novo treinador, ele que faz a sua estreia como treinador principal e consequentemente, na Liga NOS. Durante toda a sua carreira tinha sido adjunto de Marco Silva e dá agora o salto, assumindo um recém-promovido, tendo a tarefa e manter o “Fama”.

Um início de época de dar que falar…

Depois de 25 anos fora da 1ª Liga, o Famalicão volta e em grande. Com 9 reforços no 11 inicial, os famalicenses encontram-se isolados na 1ª posição, ao fim de 4 jornadas. Um belo início que já foi destacado pela maioria da comunicação social, mas será que vão conseguir manter esta consistência ao longo da época.

Miguel Ribeiro não aceita deslumbramentos e garante que o objetivo passa por assentar na Liga NOS. Mas os 10 pontos em 4 jogos apresentam-se bastante importantes para a longa época que se avizinha.

Os homens de João Pedro Sousa foram, até, os primeiros a marcar nesta edição da Liga, e conseguiram vencer num terreno que se tem mostrado bastante difícil, batendo o Santa Clara por 2-0.

O primeiro jogo em casa é uma vitória pela margem mínimo sobre o Rio Ave de Carlos Carvalhal e conseguem, na jornada seguinte, garantir o empate num dos estádios mais temíveis deste campeonato, somando 1 ponto contra o Vitória SC.

A liderança isolada é garantida com a vitória tangencial sobre o CD Aves, por 3-2, numa partida que demonstra bem o estilo de jogo dos famalicenses: pouca organização coletiva, mas muito esforço, garra e luta dentro de campo, até ao último minuto.

A grande questão que se coloca é se vão conseguir manter esta forma até ao final da temporada. Com tantos nomes novos no plantel, é difícil garantir um entrosamento por longos períodos de tempo. A experiência também não é muita – uma média de idades de 23 anos – o que muitas vezes pode ser fulcral entre uma vitória ou uma derrota.

Para além de que, a chegarem quase todos por empréstimo, a dedicação pode vir a diminuir se os resultados não forem os mais favoráveis e será difícil recuperar.

Será que o Sol em Famalicão é de pouca dura ou está para durar por longos anos?

O Famalicão só tem tido razões para festejar. (Foto: OJogo)

Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS