Top-10 Alternativo dos Melhores Futebolistas Portugueses de 2018

Francisco IsaacJaneiro 27, 20198min0
Bruma e João Amaral só são dois dos jogadores que aparecem nesta lista! Quais são estes nomes alternativos que escolhemos?

Da Polónia até à Turquia, da Premiership inglesa até à Serie A, o Fair Play monta o seu ranking dos 10 Melhores Jogadores Portugueses Alternativos em 2018! Ou seja, jogadores que não entram na tal lista dos 10 Melhores Portugueses, mas que por uma razão ou outra (ou uma conjugação de variantes) merecem ser lembrados como sérias ameaças à hegemonia dos outros 10!

Esquecemos-nos de alguém?

Vários nomes para uma lista que é diferente, especial e que apesar de não ter nenhum CR7, tem algumas surpresas. O futuro da selecção portuguesa pode passar por aqui?

PEDRO MENDES (MONTPELLIER)

O central português do Monpellier HSC, que esteve alguns anos sem conseguir dar o salto na carreira, teve um 2018 de qualidade tal que foi chamado aos trabalhos da Selecção Nacional, tendo mesmo se estreado ao serviço das Quinas ante a Escócia em Outubro de 2018.

O atleta formado na Academia de Alcochete foi um dos principais obreiros da permanência do emblema de Montpellier em 2017/2018 e do actual 4º lugar, apresentando-se como um defesa rico na saída com bola, dotado no jogo aéreo e inteligente na leitura do ataque adversário. Merece constar na lista pelas exibições que produz no Montpellier e por ter chegado ao elenco de Fernando Santos, depois de anos a procurar o caminho.

DIOGO JOTA (WOLVERHAMPTON FC)

Muito se questionava da ida de Jota para o Wolves de Nuno Espírito Santo, mas os números do jovem internacional sub-21 provam que foi uma decisão acertada: 60 jogos, 19 golos e 7 assistências. Foi das principais personagens na subida de divisão e no título de campeão do Championship do Wolverhampton, com uma série de jogos em que traduziu a sua qualidade em campo em vitórias para o emblema inglês.

Na sua estreia na Premier League, Jota não tem sido tão eficaz ou de grande impacto como no Championship, mas continua a desempenhar um papel importante na estratégia de jogo de Espírito Santo. A velocidade, fantasia nos pés e capacidade de reagir rapidamente à recuperação de bola da sua equipa, fazem de Diogo Jota uma séria ameaça para qualquer baliza.

HELDER COSTA (WOLVERHAMPTON FC)

O velocista do Wolves tem aparecido em bom nível neste regresso dos “lobos” à Premier League e o destaque vai para a capacidade em converter uma acção mundana em algo explosivo e nocivo para os seus adversários.

Melhor que Ivan Cavaleiro que continua a estar longe do que apresentou no SL Benfica, o ex-SL Benfica tem sido uma peça interessante do esquema táctico de Nuno Espírito Santo, explorando a velocidade e os mecanismos de qualidade na profundidade dada na ala que Hélder Costa tão bem desempenha.

Ainda está um ou dois patamares abaixo dos seus “rivais” de Selecção, mas se continuar a trabalhar desta forma poderá constar nos convocados de Fernando Santos em 2019.

PAULO OLIVEIRA (SD EIBAR)

Numa era em que faltam centrais na Selecção Nacional, a boa forma e contínua de Paulo Oliveira poderá ser interessante de explorar por Fernando Santos, pois o defesa tem sido fundamental na permanência do SD Eibar na La Liga.

Depois de uma última época “cinzenta” no Sporting Clube de Portugal, Paulo Oliveira voltou a ganhar confiança em Espanha e não tem sido uma desilusão, muito pelo contrário com 40 jogos já realizados ao serviço do emblema basco. Tem se revelado um central dinâmico no controlo das acções dos adversários, rápido na cobertura de espaços cedidos pelos seus colegas de equipa e inteligente na saída com bola, sem comprometer os processos encetados pela equipa.

Em 2015 foi chamado para se estrear pela Selecção e em 2019 poderá ser uma solução para o potencial “adeus” de José Fonte, Pepe e Bruno Alves às Quinas (que deverá acontecer em 2020). Boas épocas numa das Big-5 podem alimentar o sonho?

BRUMA (RB LEIPZIG)

Não foi ao Mundial de futebol por opção, mas conseguiu forçar o seu retorno à Selecção portuguesa no pós-Rússia 2018 e tem sido um dos novos actores da estratégia de Fernando Santos. Velocista de “profissão”, os malabarismos e troca de pés criam sérias dificuldades a quem o aborda de uma forma física, sem pensar nas consequência, ao exemplo do que se passou contra a Itália em Lisboa.

No Red Bull Leipzig tem transitado entre a titularidade assumida e suplente sempre utilizado, mas sem perder o papel de destaque lhe reservado pelo milionário emblema alemão. Já constou em alguns onze’s da semana da Bundesliga e esse destaque, para além de ter aparecido bem na Liga dos Campeões merecem uma atenção especial por parte dos adeptos lusos.

ANDRÉ VIDIGAL (FORTUNA SITTARD)

O extremo do Fortuna Sittard e o mais jovem atleta da família Vidigal é um jogador a seguir com muita atenção, pelo futebol imenso que apresenta e o virtuosismo que mora nos seus dois pés. Apesar de estar actualmente sentado no banco de suplentes de forma imerecida, uma vez que sempre joga agita o ataque dos recém-promovidos, nada tira o ano positivo que Vidigal teve em 2018.

Com 12 golos e 4 assistências durante este ano civil que passou, o extremo mereceu a chamada de Rui Jorge aos sub-21 e pode vir a ter um papel interessante na nova geração de jogador portugueses que estão a conquistar o seu espaço fora-de-portas.

PAULINHO (SC BRAGA)

Muito se pediu pela chamada de Paulinho ao Mundial 2018, até porque faltavam opções para o centro-de-ataque em forma, existindo só André Silva, que curiosamente não estava no seu melhor momento de forma. Contudo, o ponta-de-lança não mereceu a convocatória e espera agora por uma nova oportunidade para se estrear pelas Quinas. Mas então porque é que Paulinho merece constar nesta lista?

Foi das pedras-bases do Sporting Clube de Braga em 2017/2018, fechando a temporada com 14 golos e 5 assistências em 40 jogos, depois de várias grandes exibições e de apontamentos de qualidade que deram outra dimensão à estratégia de jogo montada por Abel Ferreira.

Na época actual, Paulinho tem 4 golos e 4 assistências em 14 jogos, voltando a assumir um papel preponderante na formação bracarense. Não é um ponta-de-lança clássico de fazer uma série de golos, preferindo o papel de construtor de jogo no último terço do terreno, de agitação de linhas de jogo e de abrir espaços para que os seus colegas de equipas consigam passar, dando-se boas roturas defensivas à conta do papel de Paulinho.

NELSON SEMEDO (FC BARCELONA)

O lateral-direito do FC Barcelona continua de fora das opções da Selecção Nacional, mas não deixa de ser um defesa de qualidade galgando metros de forma constante ao serviço dos culés. Em 2018 cumpriu o objectivo de ser campeão da La Liga, tendo sido uma peça não tão importante como alguns nesta lista nas suas equipas mas registando ainda algumas exibições de franca qualidade.

Fica atrás de João Cancelo e Ricardo Pereira no que toca ao equilíbrio entre as funções de atacar e defender, mas não deixa de ser um atleta de alto nível e que aos 25 anos vai caminhando para ser uma das novas caras dos culés. Campeão espanhol, titularidade durante bons períodos da época passada ou esta e a possibilidade de regressar à Selecção já em 2019.

MANUEL FERNANDES (LOKOMOTIV)

Um 2018 inesquecível para o médio-centro português, pois conquistou a liga russo pelo Lokomotiv de Moscovo, fez uma bela caminhada na Liga Europa e conseguiu ser chamado para o Mundial 2018 ao contrário do que se esperava. Ou seja, Manuel Fernandes teve direito a uma redenção que lhe foi negada durante algumas épocas e voltou em força aos tops de jogadores lusos.

Foram 10 golos e 10 assistências só em 2018, para um médio que não é de criação ou de maior incidência junto à área, o que revela a excelente forma durante todo este ano e que mereceu a confiança de Fernando Santos no Mundial.

JOÃO AMARAL (VITÓRIA FC/LECH POZNAN)

É um dos novos emigrantes portugueses em 2018 e merecedor de uma vaga nesta lista, até pelo imenso futebol demonstrado tanto em Setúbal como em Poznan. Pese algumas afirmações exageradas em relação a um ou outro seu atributo, mas merece que se faça uma breve análise à qualidade de jogo que apresentou em 2018.

Em termos de números Amaral foi responsável por 12 golos marcados e 7 assistências, um número bem redondo para um atleta que tem actuado em equipas de patamar secundário tendo sido importante no fugir à descida de divisão do Vitória FC, por exemplo.

Bastante bom na recepção de bola e na saída rápida com bola, sempre pronto para arriscar um remate, Amaral merece outra atenção de equipas de um nível superior!

Dois golos de João Amaral na vitória do Lech Poznan


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