Super Rugby 2019: em ano de Mundial será Super?

Francisco IsaacFevereiro 7, 20199min0

Super Rugby 2019: em ano de Mundial será Super?

Francisco IsaacFevereiro 7, 20199min0
Se as Seis Nações já estão aí a carburar, o Super Rugby 2019 está a meros dias de começar a época. Mas o que há para saber? Fica a saber de tudo aqui!

Estamos a poucos dias de começar mais um Super Rugby, a maior competição de rugby de clubes do Hemisfério Sul que alberga franquias da África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Argentina. São 15 emblemas que disputam o título de campeão desta competição que em 2020 poderá sofrer alterações profundas, uma vez que o actual modelo e a política desportiva/económica da SANZAR não é a melhor.

Mas burocracias e futurologias não interessam (pelo menos agora) e o que importa é falar de três aspectos importantes de antevisão (faremos uma mais “detalhada” nos próximos dias) para mexer convosco: despedidas, contratações e calendário.

Vamos então começar pelos “adeus” que vão alterar por completo algumas franquias!

GOODBYE MR. SMITH, READ, ETZEBETH, SKUDDER AND MANY MORE!

É natural dizer “adeus” a vários grandes nomes e estrelas do Super Rugby no final de cada edição, como foi em 2015 com Richie McCaw, Daniel Carter, Conrad Smith, Victor Matfield, Willie Le Roux (já se fala no regresso do defesa para 2020), Bismarck du Plessis, James Horwill, Adam Ashley-Cooper, entre vários outros, mas em 2019 vão-se notar saídas tão impactantes que podem mudar por completo o core das próprias franquias. Quem? Aqui ficam algumas despedidas no fim desta época:

– Ben Smith (Highlanders): o defesa fará 33 anos em Junho deste ano e com o fim de contrato optou por aceitar o convite do Pau, que já em 2015 tinha contratado um estupendo All Black de seu nome Conrad Smith. Com quase 150 jogos feitos pela franquia que vive entre Otago e Dunedin, Smith foi um dos grandes responsáveis pelo título dos landers em 2015. É um dos jogadores mais vibrantes e inteligentes a ter passado pela competição, responsável por uma passada electrizante e uns skills que deram problemas a inúmeros placadores. 36 ensaios, muito rugby e um “adeus” sentido;

– Kieran Read (Crusaders): sem dúvida alguma o skipper mais conceituado dos últimos anos, o nº8 é dos jogadores mais titulados em actividade do Super Rugby, com três títulos (2008, 2017 e 2018), para além de dois campeonatos do Mundo de Rugby e mais uma série de outros troféus e honras.

Dedicou a vida inteira à franquia de Christchurch e em 2019 poderá chegar mesmos aos 150, um número estupendo e que o coloca em 2º lugar dos atletas com mais jogos pelos Crusaders (Wyatt Crockett retirou-se com 200 jogos nas pernas). Um placador exímio, um capitão com uma voz ponderada e carregada de atitude, a saída do nº8 para a Europa vai deixar marcas profundas nos saders que ainda assim terão em Matt Todd dos jogadores mais experientes de sempre da franquia;

– Eben Etzebeth (Stormers): o bad boy que impõe um respeito total e uma agressividade peculiar no contacto vai ser o super-reforço do Toulon a partir de Dezembro de 2019 e deixa para trás os Stormers, franquia pelo qual jogou nas últimas 7 temporadas.

O 2ª linha completou cerca de 60 jogos no Super Rugby, sempre como atleta dos DHL Stormers da Cidade do Cabo, sem nunca ter conquistado qualquer título. É dos atletas que melhor faz valer a sua fisicalidade, sempre à procura de ganhar metros no contacto e de imperar domínio nos “ares”;

Mas e agora em 2019, quem é que não vai estar lá? São vários os jogadores que abandonaram as suas franquias e ficam alguns exemplos:

– George Smith (Reds)

– Nicolás Sánchez (Jaguares)

– Jerome Kaino (Blues)

– Liam Messam (Chiefs)

– Brad Shields (Hurricanes)

– Adriaan Strauss (Bulls)

– Franco Mostert (Lions)

Jerome Kaino partiu para França, onde está a realizar uma excelente temporada ao serviço do Stade Toulousain, depois de mais de uma década ao serviço dos Blues de Auckland. Adriaan Strauss, que já foi capitão dos Springboks, retirou-se dos relvados depois de uma carreira emblemática no Mundo do Rugby e no Super Rugby entre os Bulls e Cheetahs. Depois há o caso de Franco Mostert, um dos melhores avançados das franquias sul-africanas em 2018 que aceitou o convite de ingressar no Gloucester, treinado pelo seu antigo treinador Johan Ackermann.

Ou seja, entre aqueles que se foram embora muito precocemente (Brad Shields, Franco Mostert ou mesmo Seta Tamanivalu) e os que vão deixar saudades depois de largos anos a jogar no Hemisfério Sul (Kaino, Messam ou Strauss), o Super Rugby 2019 vai ter muito espaço para novas caras… e velhos conhecidos!

O último jogo de Kaino

REFORÇOS (DE FORA) COM LETRAS MAIÚSCULAS!

Os Blues disseram “adeus” então à lenda Jerome Kaino, mas para grandes tristezas grandes reforços, com a chegada de Ma’a Nonu à franquia sediada em Auckland. Nonu foi um dos maiores nomes dos All Blacks nos últimos 20 anos, um centro genial com uma potência e ferocidade quase sem igual, e que depois de 10 anos ao serviço dos Hurricanes foi para França, para agora regressar aos Blues.

Em ano de Mundial, as franquias australianas optaram por fazer regressar alguns nomes importantes como Matt Toomua ou Adam Ashley-Cooper, isto na tentativa de ter o principal grupo de trabalho junto numa época importante. Os Rebels neste momento estão a apresentar uma equipa de qualidade, pois Quade Cooper chegou depois de um ano de hiato forçado.

Na África do Sul, destaque para o retorno de Schalk Brits e Duane Vermeulen. O talonador retorna ao seu país de origem, após anos de glória ao serviço dos Saracens, assumindo as funções de treinador-jogador nos Springboks, um requisito pedido por Rassie Erasmus. E o nº8 que depois de jogar em França e Japão, vai também ingressar nos Bulls de Pretória que apresentam também uma equipa de qualidade para esta temporada.

– Matt Toomua (Rebels)

– Adam Ashley-Cooper (Waratahs)

– Ma’a Nonu (Blues)

– James Marshall (Hurricanes)

– Schalk Brits (Bulls)

– Duane Vermeulen (Bulls)

Há outros reforços, especialmente internos como o já mencionado Quade Cooper para os Rebels, Karl Tu’inukuafemilagre neozelandês sai dos seus Chiefs e também vai dar uma ajuda nos Blues que transferiram Bryn Gatland para os Highlanders, oferecendo um boa possibilidade na posição de nº10. Sefa Naivalu, Jampes Slipper, Peter Samu (Crusaders para Brumbies), Toni Pulu (Chiefs para Brumbies também), Isi Naisarani (troca entre Brumbies e Waratahs), Karmichael Hunt (dos Reds para os Rebels) são alguns das trocas inter-franquias. Qual delas a melhor?

QUANDO COMEÇA, QUANDO PÁRA E QUANDO ACABA?

Primeira nota, o Super Rugby este ano é seguido uma vez que não temos Internacionais de Verão, como sempre acontece em ano de Mundial de Rugby. Ou seja, começa a 15 de Fevereiro e vai até 6 de Julho, com seis meses de jogos semanais, sendo que existem as byes, isto é, pausas para as equipas não fazerem uma sequência seguida de jogos esgotante. Por outro lado, a Nova Zelândia volta a aplicar a medida que alguns dos jogadores dos All Blacks tenham um limite de jogos.

Ou seja, todos os fins-de-semana temos jogos e para acompanharem melhor seguir este site (contém os horários para Portugal GMT): Calendário Super Rugby

FANTASY: PARA ONDE IREMOS?

Outro ponto importante é a… Fantasy do Fair Play. A Fox Sports oficialmente colocou um ponto final no seu sistema de “fantasy” e vamos lançar da Rugby Magazine. Não se trata da Rugby World Magazine, mas sim de um novo site que tem como bandeira o factor independente, sempre na mesma língua, o inglês. A Fantasy da Rugby Magazine é diferente da Fox Sports em alguns pontos mas tem outros que vão-te interessar. Quais? Ora aqui vê a lista:

Jogadores podem fazer diferentes posições: imaginemos que escolheram Damian McKenzie e Beauden Barrett como os vossos aberturas mas querem usar os dois… é possível sim, uma vez que McKenzie pode ir para a posição de nº15. Esta versatilidade acontece mais entre 2ªs linhas e 3ªs linhas ou centros e pontas, não ficando a perder pontos em algum dos casos;

Plantel de 28 ou mais: ao contrário de outras fantasies têm direito a escolher um mínimo de 28 jogadores para a vossa equipa, ou seja, como se fosse mesmo uma franquia do Super Rugby. Quando chegar o fim-de-semana têm de optar pelo vosso melhor 23 e fica feito. Escolham 5 aberturas, 5 pilares, o que seja, podendo ter na equipa Mo’unga, Barrett, McKenzie, Whiteley, Du Toit entre todos, desde que…;

Tecto salarial: como a Fantasy da Fox Sports, vocês são obrigados a escolher jogadores até um máximo de 6,5M€, não podendo ultrapassar esse valor. Façam uma equipa com 28 jogadores no mínimo ou mais se quiserem, mas lembrem-se, têm de respeitar o orçamento dado pela vossa direcção!;

Transferências: a parte mais difícil nesta fantasy é que só podem contratar 1 jogador por jornada. Ou seja, façam um plantel adequado ao vosso gosto, contratem o tal mínimo de 28 (30 jogadores é um número interessante e consensual) e tenham a certeza das escolhas. Relembrar das folgas das equipas, do facto dos jogadores dos All Blacks não jogarem todos os jogos e do Mundial que pode afectar o uso ou não de certos atletas;

De resto a liga é toda igual, segue as melhores OPTA’s do Mundo do Rugby (empresas que fazem a análise estatística dos jogos) e a pontuação é similar ao da Fox Sports. Compreendido? Em caso duvidem contactem-nos via facebook!

 

Os prémios este ano serão:

  • 1º recebe um cheque-oferta da Lovell de 35€;
  • 2º recebe uma Bola supporter Oficial do Super Rugby;
  • 3º recebe um cheque-oferta da Lovell de 15€;

Para entrarem na liga cliquem neste link ou instalem a aplicação da Rugby Magazine (e procurem com o código 6ba1003f4538):

http://therugbymagazine.com/fantasy/super-rugby/leagues/join/6ba1003f4538

As inscrições vão estar abertas até dia 14 de Fevereiro, sendo que os três prémios só estarão disponíveis quando a liga atingir as 30 inscrições. Boa sorte para quem se aventurar na Fantasy e fiquem com atenção ao Fair Play para o artigo de “antevisão” da competição que promete ser espectacular em 2019!


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É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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