Manual de Instruções da Premier League: os MVP, Desafios e o Treinador!

Fair PlayAgosto 7, 20188min0

Manual de Instruções da Premier League: os MVP, Desafios e o Treinador!

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Queres saber o que há de especial na Premier League? Clica e fica a saber as nossas opiniões pré-início de Campeonato! Das potenciais estrelas às prováveis desilusões!

O CANDIDATO

O claro candidato é, nem mais nem menos, o Manchester City. Depois de uma campanha fenomenal na época passada, o desafio é fazer melhor do que o que já foi feito.

Apesar da Premier League ser sempre um campeonato muito competitivo, onde, na busca pelo título estão (quase) sempre 5/6 equipas, os cityzens destacam-se pela sua consistência e eficácia.

Não descuramos o poder do Manchester United, do Liverpool, do Tottenham, do Liverpool, do Chelsea ou até do Arsenal, mas há que esclarecer que a equipa de Pep Guardiola está uns degraus acima de todas as outras equipas, seja em jogo jogado, ou em qualquer outra situação.

A verdade é que o City acabou com 100 pontos na temporada transata, mais 19 que o 2º classificado. Isso demonstra, claramente, a superioridade que tiveram em relação aos demais, tornando-os, os principais candidatos ao título.

Numa super-equipa, recheada de estrelas, Pep Guardiola e os responsáveis do clube, fizeram o que mais de prudente poderiam ter feito: mantiveram o núcleo duro da equipa; conseguiram segurar as suas pérolas e apenas contrataram Riyad Mahrez, para limar algumas arestas no plantel.

Não obstante, a grande valência dos cityzens é o seu modelo de jogo; a maneira como o seu timoneiro os colocou a jogar. É natural que um plantel como este tenha grandes resultados, mas a maneira como jogam o jogo, dá prazer ver.

É um futebol muito organizado, intenso e sempre superior ao adversário, o que lhes deixa sempre em vantagem, conseguindo, depois, ser eficazes, não dando hipóteses aos rivais.

OS TRÊS MELHORES REFORÇOS

A Premier League pauta por render sempre muito dinheiro. Os direitos televisivos são o grande financiador dos clubes, permitindo aos mesmos, esbanjá-lo, muitas vezes, sem critério.

Contudo, é necessário fazer referência a 3 transferências que se superiorizam às demais, apesar de todas as outras também serem importantes.

O primeiro jogador a ser falado é: Riyad Mahrez, argelino que saiu do Leicester por cerca de 68M€. O extremo de 27 anos, já é um jogador com provas dadas em Inglaterra e, como já referido anteriormente, vem para acrescentar qualidade e profundidade ao plantel de Pep Guardiola.

Munido de um grande drible, é muito forte no 1 para 1 e pode ser fulcral na manobra atacante do City, continuando o rolo compressor da temporada passada. Mahrez, depois de ter sido sempre um dos melhores dos foxes, dá aqui um grande salto na carreira, tendo que acompanhar o nível dos companheiros.

Seguidamente, há que falar em Naby Keita, guineano que chegou ao Liverpool. Sem surpresas, foi uma transferência milionária, custando ao Liverpool, 60M€. O médio foi imperial no Leipzig e chega a Terras de Sua Majestade para comprovar o seu valor nos vice-campeões europeus.

Os reds têm dito “presente” no Mercado de Verão, sendo Keita alguém para ver de perto durante está época. Com estes negócios, demonstram querer almejar algo mais do que na temporada passada.

O outro jogador a destacar é: Jorginho que veio para o Chelsea junto com o seu timoneiro no Nápoles, Maurizio Sarri. O italo-brasileiro custou 57M€ aos blues, e é o jogador a observar nesta edição na Premier League.

O médio-defensivo é crucial nas transições da equipa, conseguido lançar rapidamente ataques, mas também cortando rapidamente as esperanças atacantes do adversário. É conhecedor do estilo de jogo de Sarri e isso irá ajudá-lo na sua adaptação, sendo que será um prazer vê-lo jogar, comandado por quem o conhece bem.

AS POSSÍVEIS DESILUSÕES

Noutro paradigma estão os clubes que podem surpreender pela negativa. Neste tema, há que mencionar 2: o Southampton e o Burnley, por razões diferentes.

Os saints, são uma equipa de meio da tabela, com plantéis que, normalmente, até podiam atingir outra classificação, mas têm vindo a cair ano após ano e a manutenção, na temporada passada, pode ser considerada uma sorte, ficando a 3 pontos da linha de água.

A equipa do português Cédric Soares pode não conseguir aguentar-se, descendo mesmo para o 2º escalão, até porque não tem comprado para muito mais que isso, não conseguindo suprir as saídas. Para uma equipa que costumava almejar a Europa, a luta pela manutenção, não lhes parece assentar muito bem, mas é o mais provável.

Quanto ao Burnley, há que esclarecer que estamos em crer que vai desiludir, mas de outra maneira. Os clarets conseguiram um feito inédito na época passada: a qualificação para a as eliminatórias da Liga Europa. Contudo, esse será o seu maior problema.

Sem contratações sonantes, mantendo a base do plantel da época passada – que já era curto – o Burnley pode ter uma grande desilusão. Podemos fazer uma analogia com o ditado: “Quanto maior a subida, maior a queda”, e o facto é que o Burnley não parece estar preparado para o que aí vem, podendo ficar até a lutar pela manutenção.

O Southampton e o Burnley são 2 equipas que podem desiludir nesta temporada. (Foto: 90Min)

O Treinador a seguir

Uma escolha delicada e perigosa. Com tantos portugueses em prova, seria interessante escolher um deles. José Mourinho tem esta temporada um enorme desafio pela frente. Depois de duas épocas em que falhou a conquista da Premier League, o técnico português não será perdoado caso falhe o objetivo novamente, embora esteja claramente a tentar tirar pressão de cima de si e da equipa nesta pré-época, ele que já teve intervenções neste Verão em que quase afirmou que o United não irá conseguir lutar pelo título.

NES e Marco Silva terão igualmente épocas de enorme exigência. O primeiro está a formar uma equipa repleta de compatriotas para garantir a manuntenção, o segundo tem a tarefa de colocar o Everton pelo menos no 7º lugar, atrás dos 6 grandes da Premier League.

Ainda assim, o treinador a seguir tem de ser Pep Guardiola. Para a maioria o melhor treinador do mundo, o espanhol tem em 2018/19 de confirmar que o seu Manchester City é de longe a melhor equipa inglesa, e depois de um campeonato quase imaculado o ano passado, o forte plantel do catalão vai ter de pelo menos igualar a tremenda época que fez em 17/18, sem esquecer uma campanha europeia que não acabe pelo menos nas meias-finais.

O Maior Desafio

A luta pela permanência, sempre apaixonante sobretudo nas últimas 5 jornadas ou a imprevisivel luta pelo 7º lugar (o 1º dos últimos) poderiam ser equacionados. No entanto, o maior desafio na época que agora começa é destronar o todo poderoso Manchester City. Uma equipa sem aparentes pontos fracos, que parte como clara favorita ao bicampeonato, algo que Chelsea, Manchester United, Liverpool, Tottenham e Arsenal vão tentar impedir.

O Chelsea é talvez o principal candidato a rivalizar com os cityzens. Com um treinador com uma ideia de jogo que preza a posse de bola e o futebol espétaculo, e um plantel com nomes como Hazard, Willian, Pedro, Fàbregas, Kanté e o reforço Jorginho tem tudo para implementar um futebol criativo e ganhador na Premier League.

O Man United parece ter equipa para levar de vencido os rivais, o problema reside no banco. Mourinho parece ultrapassado, e a juntar a isso os red devils parecem necessitar de mais duas soluções defensivas, uma para o centro e outra para a esquerda.

O Liverpool é outro dos candidatos, mas o facto de não conquistar um título de campeão há mais de 20 anos, juntando à pouca regularidade da equipa principalmente nos jogos contra as equipas mais “pequenas” parece ser um entrave à equipa de Jurgen Klopp. Os reds têm tido um verão agitado, e juntaram ao seu plantel nomes como Fabinho, Naby Keita, Shaqiri e Alisson. Vamos ver se será suficiente para quebrar o City de Guardiola.

Os rivais do norte de Londres, Tottenham e Arsenal, partem como outsiders nesta luta a 6. Os spurs têm conseguido épocas de bom nível sob o comando de Pochettino, mas ainda não apresentaram qualquer reforço para esta época, e o plantel não apresenta a profundidade dos rivais. O Arsenal mudou finalmente de treinador, com a contratação de Unai Emery, que vai ter consigo os reforços Sokratis, Lichsteiner, Torreira e Leno. Ainda assim o plantel parece curto, sobretudo no meio campo ofensivo e no ataque, onde o quarteto Ozil, Mkhitaryan, Aubameyang e Lacazette não tem alternativas com a mesma qualidade e as mesmas valências.

Destronar o Manchester City e chegar ao almejado primeiro lugar da Premier League em Maio, é sem dúvida o maior desafio que se vai viver em Inglaterra nos próximos 9 meses.


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