Arquivo de Remo - Fair Play

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Estevão PapeMarço 18, 20195min0

O Real Clube Fluvial Portuense deslocou-se à Holanda, nos dias 9 e 10 de Março, para disputar a Heineken Regatta em Shell 8 Masculino e Quadri-scull Feminino. A participação nesta regata internacional de remo deve-se à vitória de ambas as equipas, do mesmo clube, na Regata Centro de Mar, disputada em Viana do Castelo.

Esta regata tem a particularidade de ser disputada em 4 distâncias, pela mesma tripulação, ao longo dos 2 dias de prova, nos canais de Amesterdão. No sábado as equipas disputam as distâncias de 2500 metros e 250m no sábado e 5000m e 750m no domingo. Os tempos finais de cada distância são convertidos para 250 metros (p.ex. o tempo dos 750m é dividido por três) e a classificação final é a soma desses 4 tempos.

Esta participação tem o apoio da Federação Portuguesa de Remo, como prémio pela vitória na regata em cima mencionada. Nos anos anteriores o prémio era a participação na prova Head of the River em Londres, mas os inúmeros cancelamentos da prova, no próprio dia ou com pouca antecedência, levaram a Federação a optar pela participação noutra prova de longa distância. A escolha sobre a Heineken Regatta deveu-se ao facto das equipas poderem realizar 4 provas no mesmo fim de semana, aumentando a experiência de competir contra equipas internacionais.

Este ano, com a estreia do prémio a uma equipa feminina coincidiu com a participação de ambas as equipas pelo mesmo clube. A equipa masculina, actual Campeã Nacional em título, foi composta por Paulo Fernandes, José Monteiro, Bruno Sousa, Gonçalo Guedes, José Canha, Mateus Costa, Nuno Coelho, Cláudio Rodrigues e António Rodrigues e a equipa feminina por Carla Mendes, Inês Santos, Núria Almeida e Érica Fernandes e António Vaz (timoneiro).

De salientar que a equipa feminina, que venceu na Regata Centro de Mar e competiu em Amesterdão, era composta por duas remadoras juniores (Inês Santos e Núria Almeida) e duas remadoras que regressaram à competição este ano (Carla Mendes e Érica Fernandes). Destaque para a atleta Carla Mendes, remadora que representou a Selecção Nacional a nível internacional várias vezes.

Infelizmente, devido ao mau tempo, nem todas as distâncias puderam ser realizadas. A equipa feminina apenas competiu nas distâncias de 2500m e 250m e a equipa masculina em 250, 750 e 5000 metros.

Carla Mendes comentou que “mal aterrámos percebemos que as condições meteorológicas não eram favoráveis”, mas “fizemos a pesagem, preparámos-nos para a prova e só mesmo no último momento fomos impedidas de embarcar” para as provas de sábado. “Foi uma aventura entre grande atletas femininas do panorama internacional, a organização foi extremamente perfecionista e simpática e tem um formato de competição muito dinâmico que faz todo o sentido na nossa preparação” refere ainda.

A nível de resultados a equipa feminina alcançou um 9º lugar na categoria de ligeiras e 79º a nível geral, num total de 99 equipas participantes. A equipa masculina alcançou um excelente 16º lugar em 54 equipas da sua categoria.

Segundo Cláudio Rodrigues, voga da equipa de 8+, a “experiência correu bem, mas foi pena o vento que sentiu no sábado e levou ao cancelamento da prova de 5000 metros”. O atleta refere ainda que a experiência é de repetir, mas “de preferência com sol”.

Uma participação digna de registo pelas equipas portuguesas, que competiram com barcos e remos emprestados e sem tempo de os preparar como seria ideal.

Os resultados podem ser consultados nos links em baixo:

As fotos da prova podem ser visualizadas em:

Foto do artigo de Miro Cerqueira

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Estevão PapeJaneiro 19, 20184min0

É já no próximo sábado que arranca mais uma edição do Campeonato Nacional de Remo Indoor ou ergómetro, como é conhecido pelos remadores. Dia 20 e 21 de Janeiro, a Figueira da Foz recebe 508 atletas, dos 9 aos 90 anos. Este evento, organizado pela Federação Portuguesa de Remo e Ginásio Clube Figueirense, chega a 2018 com algumas novidades: são recuperadas as categorias de idade e é introduzida as estafetas de 4 remadores.

A Federação decidiu reformular o evento e voltar a ter um formato semelhante aos eventos internacionais da modalidade. As categorias de idade deverão trazer mais interesse aos atletas “mais velhos” para competirem, ao remarem contra atletas da sua idade e em igual distância, mas também de escreverem o seu nome na lista de recordes nacionais e mundiais. A introdução de estafetas ou equipas de 4 elementos vai de encontro ao que se faz “lá fora”, trazendo mais espectacularidade e o modelo de equipa ao Remo Indoor. Se o remo é um desporto de equipa, também o deverá ser na vertente indoor.

O evento inicia-se no sábado com as provas de Promoção Remo Indoor, para atletas não federados e Universitários. São 68 atletas a competir na distância de 1000 metros e estafetas de 4×500 metros.

(Fonte: Campeonato Nacional de Remo Indoor)

No domingo entram em prova 440 atletas para competirem em várias distâncias, dos 500 aos 2000 metros dependendo da categoria e idade em que estão inseridos. O atleta mais novo será Leonardo Santos, do Galitos, com apenas 9 anos e a competir na distância de 500 metros. Na outra ponta temos José Sopas, de 90 anos de idade, o único corajoso da categoria 70+ a enfrentar os 1000 metros.

Outro factor a salientar é a presença dos atletas da Equipa Nacional de Remo, o que permite antever tempos muito bons e quem sabe alguns recordes nacionais.

Na competição feminina o favoritismo vai para a Joana Branco (em Pesos Ligeiros) e Cláudia Figueiredo (Pesos Absolutos), ambas atletas da Equipa Nacional. Cláudia, remadora do Cerveira, será uma atleta a seguir e ver que resultado poderá alcançar e se conseguirá baixar a barreira dos 7 minutos. Este é o seu primeiro ano de Sénior e a sua margem de progressão é grande.

A atleta da Equipa Nacional e do Sport Club do Porto, Joana Branco, bateu recentemente o recorde do mundo na distância de 10.000 metros, durante as provas de aferição para a Equipa Nacional. Na distância de 2000 metros, a atleta conseguiu o tempo de 7:15.9 em Junho de 2017, mas este não foi considerado recorde nacional da categoria de Pesos Ligeiros 19-29 anos por apenas 100 gramas acima do peso limite. O recorde actual é 7:19.6 e poderá ser batido já no domingo.

Destaque também para a prova de Seniores Pesos Ligeiros masculinos, com muitos nomes ligados à Equipa Nacional. O favoritismo vai para Pedro Fraga, recordista nacional desta categoria. Mas a luta pelos lugares do pódio será muito interessante com vários nomes a reter: Nuno Mendes, Carlos Cruz (campeão nacional em 2017), Nuno Coelho e Afonso Costa. Será uma das provas mais interessantes e há muitos anos que não existia a participação de tantos atletas de topo.

Nos Pesos Absolutos masculinos o favoritismo vai para o atleta Ricardo Paula, da Académica e actual campeão nacional. Mas será interessante ver o que atletas como Tiago Susano, Miguel Menezes e Diogo Almeida poderão fazer, já que são atletas que ou já estiveram na Equipa Nacional ou estão a tentar ser convocados.

A terminar o evento teremos as estafetas (equipas) de 4 remadores. Estas provas têm o requisito das equipas terem no mínimo uma remadora (feminino) e um remador (masculino) na equipa de quatro. Uma novidade que surge este ano e promete dar muito espectáculo.

Todas as provas são efectuadas em ergómetro da marca Concept II e o programa do evento pode ser consultado no site da Federação Portuguesa de Remo.

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Estevão PapeOutubro 21, 20172min0

O remo de mar é uma modalidade em claro crescimento mundial e nacional. Este ano o circuito nacional de remo de mar teve um boom com dezenas de atletas a competir em cada etapa. E para terminar esta boa época de remo de mar, quatro dos melhores atletas nacionais juntaram-se e foram até França, ao Campeonato do Mundo da modalidade. Da proposta de Cláudio Rodrigues, do Fluvial Portuense, surgiu um resultado inédito para Portugal e a medalha de bronze em CM4x+. Além do atleta do Fluvial, juntaram-se Nuno Coelho (Fluvial), Pedro Fraga (Sporting) e Nuno Mendes (Sporting) e António Rodrigues.

A prova disputou-se em Thonon les Bains, França, e teve dois dias de competição. No primeiro disputaram-se as eliminatórias e a equipa portuguesa deu boas referências ao vencer a sua prova. E no segundo dia, com condições sem vento e sem ondulação, alcançaram a medalha de bronze. Ao total competiram 37 tripulações de CM4x+.

Como referimos, a iniciativa surgiu de Cláudio Rodrigues que começou por convidar Nuno Mendes para a travessia das Berlengas a Peniche, na primeira etapa do circuito nacional de remo de mar. A dupla acabaria por vencer tanto a primeira como a segunda etapa, em Caminha. Na terceira etapa em Setúbal, Nuno Mendes fez equipa com Nuno Coelho, tendo a mesma vencido a prova. Na última e 4ª prova do circuito, o Cláudio Rodrigues voltaria a participar em CM2x, ficando em 2º lugar.

Além de todas estas participações, o atleta do Fluvial, Cláudio Rodrigues, já tinha participado no Mundial de Remo de Mar de 2016, fazendo equipa com Anthony Passos (Campeão Nacional de Remo de Mar CM1x 2017). A dupla terminou em 2º lugar na Final B, no Mónaco, 24º lugar da geral entre 58 equipas.

A equipa ficou bastante satisfeita e Nuno Mendes deixou em aberto mais participações nesta vertente. “Mas no final adoramos todos a experiência e ficam só entusiasmados para um próximo desafio” afirmou.

Deixamos algumas fotos cedidas pela Swift Racing, construtor de barcos que emprestou o barco à equipa portuguesa.

Mais informações e resultados do evento no site da FISA.

 

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Estevão PapeOutubro 6, 201710min0

Os que acompanham de perto as competições internacionais de remo, principalmente os Campeonatos do Mundo de Remo e Jogos Olímpicos, sabem que prognósticos é melhor não fazer muitos. Eu diria que o Remo quase que já poderia ter espaço numa casa de apostas, tais são as incertezas de quem poderá vencer e medalhar. E neste último Campeonato do Mundo de Remo assim foi, com muitas surpresas e regatas espetaculares até aos últimos metros.

Foram 8 dias de competição em Sarasota, na Florida (Estados Unidos da América). Um local que ainda foi ameaçado pelas tempestades tropicais e furacões que todos os anos assolam o país. Mas o local da prova escapou ileso e foi dado a luz verde para as equipas começarem a chegar antecipadamente. A organização construiu e montou um complexo imponente, dignificando em muito o desporto e o comité organizativo da prova.

De salientar que, infelizmente, Portugal não esteve presente nesta prova a nível desportivo, mas apenas através do construtor Nelo e os seus inovadores barcos. A decisão de não participação foi da Federação Portuguesa de Remo, com base nos resultados desportivos das Taças do Mundo, concluiu que as potenciais equipas portuguesas participantes não iriam ter bons resultados que justificassem a deslocação. E a última vez que se realizou esta prova nos Estados Unidos, em 1994 em Indianápolis, Portugal conquistou a sua única medalha em Campeonatos do Mundo de Seniores.

E se estivemos 23 anos sem Campeonatos do Mundo nos Estados Unidos, a organização da prova quis deixar a sua marca e dar a entender que o país é capaz de grandes e boas organizações. Tive a oportunidade de falar com Nuno Mendes e Pedro Fraga, presentes no evento em representação comercial da Nelo, e ambos foram unânimes nos comentários. “O ambiente foi fantástico e a organização muito boa, nível de jogos olímpicos” referiu Nuno Mendes. Pedro Fraga referiu também que “parecia um evento olímpico, muito bem organizado e com estruturas de jogos olímpicos”, não deixando de referir que Portugal não teve nenhuma equipa presente.

Nuno Mendes ainda nos referiu que o interesse na marca Nelo é cada vez maior devido às inovações do casco, da prova e diferenciação das cores. Os feedbacks têm sido bons.

Nações: O regresso da Itália ao topo da tabela

Uma das grandes surpresas foi ver a Itália a regressar ao topo da tabela de medalhas e logo para a primeira posição. A Itália sempre teve uma grande tradição no remo mas esteve afastada de grandes resultados por vários anos. A sua última medalha de ouro olímpica foi em Sydney 2000, quando venceu o Quadri-Scull Masculino (M4x). E nos Estados Unidos, a Itália arrecadou 3 medalhas de Ouro, 3 de prata e 3 de bronze. Uma equipa renovada e com muita garra, a vencer e a fazer resultados surpreendentes e com mais uma imagem de marca: uma ponta final que fez muitos estragos.

A Nova Zelândia já nos habituou a grandes inícios de ciclo olímpico e também ficou muito perto da Itália, escapando-lhe o titulo de Skiff Masculino devido a uma lesão de Rob Manson (atual recordista mundial). A Austrália fechou o pódio de medalhas e recuperou um titulo que lhe fugia há 26 anos no 4- Masculino.

Ainda de salientar pela positiva, o regresso também da Roménia às medalhas de Ouro, com duas, e o Brazil com uma medalha de ouro e uma de bronze. A Grã-Bretanha e a Alemanha, grandes nações de remo, a ficarem-se por poucas medalhas e apenas uma vitoria para cada uma.

A nação da casa, os Estados Unidos conseguiram 5 medalhas mas nenhuma de ouro. De salientar o regresso do treinador Mike Teti ao trabalho com o Shell 8 Masculino (M8+), ultimo treinador a conseguir levar o país a ser campeão mundial neste barco. E o regresso foi logo com a medalha de prata. Este regresso promete o regresso dos Estados Unidos ao topo do Shell 8.

Mas não nos devemos esquecer que este é o primeiro ano do novo ciclo olímpico, que sofreu alterações a nível de barcos olímpicos e que algumas equipas acabam por ser renovadas com atletas mais novos e alguns atletas olímpicos aproveitam para começar a época mais tarde.

Contudo começamos já a ter uma ideia e como imprevisível será este ciclo, com mais países a entrarem na luta pelas medalhas e a Itália de novo a trazer muitas equipas para as finais.

Femininos: regatas cada vez mais disputadas e intensas

Se num desporto com uma forte componente física seria de esperar uma maior participação e intensidade nos masculinos, no remo as senhoras são cada vez mais rápidas e com intensidades muito elevadas. O aumento do numero de barcos olímpicos deverá aumentar ainda mais o nível do remo feminino.

O Shell 4 sem timoneiro (W4-), novo barco olímpico, já apresentou 12 equipas participantes e teve uma final das mais disputadas do evento. Cinco equipas disputaram o titulo até aos últimos metros, com Australia a levar a melhor, logo seguida a menos de 1 segundo pela Polónia e depois pela Russia.

À semelhança da regata de W4-, também as provas de Double-Scull Feminino (W2x), de Quadri-Scull Feminino (W4x) e Double-Scull Ligeiro Feminino (LW2x) tiveram uma disputa até ao final pelo primeiro lugar. Mas isto não significa que as outras regatas tenham sido aborrecidas. Pelo contrário, outras regatas tiveram lutas intensas pelas medalhas como o Shell 8 Feminino (W8+) com uma luta intensa entre Canada e Nova Zelandia pelo 2º e 3º lugar ou o Quadri-Scull Ligeiro Feminino (LW4x) com uma luta entre Austrália, Canada e China.

Com a possibilidade de visualizar todas as provas do Mundial, desde as eliminatórias até às finais, no site da FISA, a descrição de cada prova é desnecessária. É a primeira vez que a Federação Internacional disponibiliza os vídeos de todas as provas, continuando a inovar e a fazer um bom trabalho na promoção do desporto.

Masculinos: níveis e cadências cada vez mais elevados.

Se nos femininos a intensidade é cada vez maior, os homens não se ficam atrás. Se há uns anos todos ficávamos impressionados com equipas de ligeiros a fazerem regatas sem baixar das 40 remadas por minuto, em barcos de 4 ou de 8, neste momento já o vemos nos skiffs e dois sem timoneiro. Se há uns anos haviam tácitas de prova, cada vez mais vemos que não é apenas no Shell 8 que as equipas “largam rápido e mantêm-se rápido”. Cada vez há menos “entrar no ritmo” de meio de prova. E contudo vimos pontas finais das equipas italianas a conquistarem medalhas nos últimos 250 metros. Vale a pena repetir: vão ver as regatas!

É difícil escolher qual a regata ou tripulação que mais impressionou. O Shell 2 sem timoneiro peso ligeiro (LM2-) da Irlanda faz uma prova de cortar a respiração com uma cadência mínima de 44 remadas por minuto. Prova que a Itália “roubou” a prata aos brasileiros nos últimos metros. No Skiff ligeiro (LM1x), Paul O’Donovan vence a prova e mostra que mesmo tendo treinado a maior parte do tempo com o seu irmão em Double-Scull (LM2x), entra no skiff e torna-se o melhor do mundo. O Quadri-Scull Ligeiro ganho pela França por 0,17 segundos, prova que ganhou muito interesse após a retirada do Quatro sem Ligeiro (LM4-) do programa olímpico e já é altamente competitiva. Por fim, o LM4- estava destinado a desaparecer mesmo dos campeonatos do mundo, depois de nos proporcionar das regatas mais emocionantes dos últimos anos. E assim, o LM4- foi das provas menos interessantes do mundial, ganho pela Itália. Não nos esquecemos ainda do único barco olímpico na categoria de ligeiros, o LM2x, de novo entregue à imbatível equipa Francesa, embora a luta pelo 2º lugar tenha sido intensa entre Itália (2º), China (3º) e Polónia.

Nos pesos absolutos, Ondrej Synek domina o Skiff (M1x), com Rob Manson a não conseguir recuperar da lesão que sofreu depois de bater o recorde do mundo. Em Double-Scull (M2x), a Nova Zelândia faz uma prova fantástica e ganha por escassos 0,59 segundos aos Polacos. No dois sem (M2-), das provas mais esperadas, os irmãos Skinkovic não conseguem a vitória como esperado. Ou melhor, a Itália com mais uma ponta final demolidora tirou-lhes o outro. A Nova Zelândia também tentou surpreender mas não conseguiu melhor que o bronze. Em M4-, como referido, a Austrália acabou um jejum de 26 anos e vence categoricamente a prova. A Itália consegue ainda ficar com a prata e os eternos vencedores (Grã-Bretanha) a ficarem-se pelo bronze. Por fim, o Shell 8 Masculino ficou para a equipa favorita (Alemanha), mas com os Estados Unidos (2º), Itália (3º) e Holanda (4º) a acabarem a menos de 1 barco de distância.

De salientar a curiosidade na regata de Quadri Scull (M4x), prova que a Lituânia venceu como esperado no inicio do evento. O voga da equipa da Grã-Bretanha, Peter Lambert, que competiu nesta equipa a semana toda lesionou-se no aquecimento para a final. Devido a esta lesão, o atleta foi substituído por Graeme Thomas e mesmo assim ganha a medalha de prata, muito pressionados pela Estónia (3º) e Holanda (4º). Quem sabe se a equipa original teria vencido, mas em todo o caso ninguém diria que esta alteração manteria o alto nível da equipa.

Congresso FISA: igualdade de género também nos mundiais

No dia a seguir ao Campeonato do Mundo de Remo, ocorreu o Congresso da Federação Internacional. Além da entrega das medalhas de honra e decisão dos eventos de 2019, o congresso votou e aprovou a igualdade de género para as provas dos Campeonatos do Mundo.

Deste modo, depois de desaparecer do programa olímpico, o LM4- sai também do programa dos mundiais. O programa de regatas fica assim igual para masculinos e femininos e apenas se mantem o Shell de 8 como barco com timoneiro. Deixa de haver M4+ e M2+ em Seniores, ficando apenas presente em Sub-23 e Juniores, tanto masculinos como femininos.

Em relação aos eventos de 2019, a novidade é a saída de Lucerna como 3ª Taça do Mundo. As Taças do Mundo ficam assim em Plovdiv (Bulgária), Poznan (Polónia) e Roterdão (Holanda). O Campeonato do Mundo de Junior 2019 será em Tokyo (Japão) e o de Remo de Mar será em Hong Kong. Foi ainda atribuído o Campeonato do Mundo de 2021 a Shanghai (China).

De salientar a entrada de dois novos membros na FISA: Cambójia e Guiné, num total de 153 federações nacionais.


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