8º lugar no Montevideo Challenger Series, que mostrou bons momentos apesar de terem ficado arredados da luta por Madrid
8º lugar no Montevideo Challenger Series, que mostrou bons momentos apesar de terem ficado arredados da luta por Madrid
Depois de um 10º lugar na etapa anterior, a selecção nacional de 7s viajou desta feita para Montevideo com vista a disputar a 2ª etapa das Challenger Series 2024, sendo necessário obter, pelo menos, um 2º para manter as esperanças em aberto quando falta só a etapa da Alemanha após a que será jogada entre os dias 8 e 10 de Março no Uruguai. Olhemos então para os adversários, convocados e possível caminho a fazer deste conjunto comandado por Frederico Sousa.
Em relação à 1ª etapa saem dos 12 convocados José Lima (está agora com o XV a preparar as final do Men’s Rugby Europe Championship 2024), José Paiva dos Santos (também com a selecção de XV) e António Cortes. Em sentido contrário, foram chamados Vasco Durão, Sebastião Stilwell e Vasco Câmara, o que significa uma descida na média de idades e número de internacionalizações, o que poderá ser um ligeiro problema quando a competição vai ser extremamente dura desde o 1º minuto.
João Vaz Antunes, Diogo Rodrigues e Vasco Leite são os principais “fantasistas” da equipa, com o trabalho árduo a ficar para Manuel Fati (é decididamente um jogador especial e que continua no seu processo de crescimento) e Frederico Couto. Contudo e apesar destes nomes, é notória a falta de alguém como José Paiva dos Santos, um jogador que tem feito a diferença nos 7s, ou António Cortes um dos melhores jogadores da 1ª etapa destas Challenger Series.
Vasco Câmara é um jogador talentoso e resiliente, que não tem problema em arregaçar as mangas e partir para cima dos adversários, não desistindo de lutar e ir em perseguição dos jogadores mais rápidos. É talvez a novidade mais interessante da lista, mas é necessário ver como se comportará dentro de campo.
Portugal acabou por cair num grupo, infelizmente, nada positivo já que terá pela frente Quénia (vencedores da 1ª etapa), Tonga (6º classificado) e Geórgia (8º). Existe um denominador comum entre os adversários dos Lobos dos 7s: fisicalidade. Quénia é um conjunto extremamente duro e eficaz no confronto físico, criando sucessivos problemas tanto na placagem como na luta rápida do breakdown, e que impõe um choque enorme no contacto com bola. Tonga, que ganhou a Portugal no prolongamento na fase-de-grupos do Dubai, possui a mesma dose de fisicalidade que o Quénia, não sendo tão inteligente no sentido táctico ou no dar poder de aceleração quando têm a oval em seu poder.
Por fim, a Geórgia, que foi uma das grandes surpresas da fase-de-grupos da 1ª etapa, conseguindo bons resultados frente ao Uruguai (12-10) e Papua Nova Guiné (19-10), possuindo uma equipa jovem, possante e que gosta de ter a oval em seu poder. Os Lelos dos 7s podem não ser experientes na variante, mas se começam a acreditar que é possível ganhar será extremamente difícil colocar um travão, e cabe a Portugal placar bem a missão.
Portugal entra em campo no dia 8 de Março ao 12h01, seguindo-se o Tonga no meio dia mas às 16h26, e finalmente, a Geórgia, no dia 9 de Março às 11h24, com todos os encontros a serem transmitidos no Rugby Pass desta 2ª etapa das Challenger Series 2024. Portugal está obrigado a garantir um pódio ou 4º lugar, mas mesmo isso pode não bastar se a etapa de Munique não correr de feição ao conjunto treinado por Frederico Sousa.
Foto de Destaque de Rui Castro e Federação Portuguesa de Rugby.
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