Arquivo de Grigor Dimitrov - Fair Play

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André Dias PereiraMarço 17, 20223min0

Indian Wells está a decorrer e já existe uma certeza. Novak Djokovic está de volta à liderança mundial. O sérvio volta a ser número 1 do mundo, mesmo sem jogar, depois de ter perdido o posto para Daniil Medvedev, a 28 de fevereiro.

O tenista russo precisava, pelo menos, de chegar aos quartos de final de Indian Wells para segurar a sua liderança. Antes do torneio, Medvedev reconhecera que sentia a pressão de ser número 1 do mundo. E a verdade é que caiu precocemente na segunda ronda perante o experiente Gael Monfils (6-4, 3-6 e 1-6).

Dores de crescimento de um tenista que promete continuar entre os grandes. Medvedev, 26 anos, é o mais sólido jogador do circuito, excluindo o Big-3. E tem vindo, gradualmente, a consolidar a sua posição. Desde 2028 acumulou 18 títulos. O mais relevante é o US Open de 2022. Além disso, foi também finalista vencido do Australian Open nas últimas duas edições. Mesmo sendo-lhe reconhecido uma grande força mental, a verdade é que o russo claudica em momentos decisivos. Foi assim na final de Melbourne contra Nadal, quando vencida por 2 sets, e agora já como número 1 do mundo.

Quem aproveitou foi Novak Djokovic, que nem precisou de jogar. Nolan desistiu de Indian Wells devido às restrições impostas pelos EUA à entrada no país para pessoas não vacinadas. A organização do torneio incluiu o sérvio no sorteio da 1ª eliminatória mas a verdade é que o número 1 do mundo não entrou nos EUA.

Sem Medvedev nem Djokovic, Nadal é agora o grande favorito. O espanhol já deixou para trás Daniel Evans (7-5 e 6-3) e Reilly Opelka (7-6 e 7-6) e segue para os quartos de final.

O furacão Alcaraz e a surpresa Kecmanovic

Com alguns nomes sonantes de fora o foco recai agora sobre as grandes promessas. E entre os jogadores em prova ninguém é mais promissor que Carlos Alcaraz. O espanhol já deixou para trás McKenzie Mcdonal e o compatriota Bautista Agut. Recentement venceu o Rio Open e entra neste toneio com altamente confiante. Veremos até onde poed ir.

Quem já está nos quartos de final é Miomir Kecmanoniv. O sérvio, 61 do ranking, é por agora a grande surpresa. Começou por eliminar Liam Broady, depois Marin Cilic e a seguir Van de Zandschulp. Porém, a vitória mais surpreendente foi nos oitavos de final contra Matteo Berretini (6-3, 6-7 e 6-4).

Também há Nick Kyrgios. O australiano segue para os quartos de final após deixar para trás Jannik Sinner. O italiano desistiu do torneio por motivo de doença. Kirgios é sempre um jogador imprevisível, capaz de ganhar a todos, num bom dia, e perder com qualquer um, num mau dia. A verdade, porém, é que tem vindo a estabilizar no último ano. Indian Wells pode, pois, ser um ponto de viragem.

Rublev é outro nome a ter em conta. Dominik Koepfer, Francis Tiafoe e Hurkacz já ficaram para trás. O número 7 do mundo já ganhou dois torneios em 2022: Marselha e Dubai. Conta o húngaro, Rublev emplacou a sua 12ª vitória consecutiva e vai defrontar o búlgaro Grigor Dimitrov, semi-finalista da edição do ano passado. Tudo está, portanto, em aberto.

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André Dias PereiraMarço 9, 20202min0

Rafa Nadal conquistou, no México, o seu 85 titulo da carreira. Foi em Acapulco.  O espanhol precisou de pouco menos de 1h15 para levar de vencido o norte-americano Taylor Fritz, por 6-3 e 6-2.

O número 2 do mundo não diminui distância para o líder mundial, Novak Djokovic, que venceu também no Dubai. Esta foi, de resto, a terceira vez que Nadal venceu no México. A primeira vez aconteceu em 2005 e a segunda em 2013. O torneio de Acapulco tem sido, por assim dizer, dominado por espanhóis. Em 20 edições, onze foram ganhas por nuestros hermanos. David Ferrer (4), Nadal (3), Carlos Moya (2) e Nicolas Almagro (2).

Nadal esteve, este ano, absolutamente imparável, não perdendo qualquer set. Para trás ficaram Pablo Andujar (6-3, 6-2), Miomir Kecmanovic (6-2, 7-5), Soonwoo Kwon (7-6, 6-0), para além de Grigor Dimitrov (6-4, 6-4), nas meias-finais. O torneio contou também com as presenças de Stan Wawrinka e Kyle Edmund, eliminados nos quartos de final, por, respetivamente, Grigor Dimitrov e Taylor Fritz.A

Aos 33 anos, Nadal está agora a nove taças de Ivan Lendl, o terceiro colocado da lista de jogadores com mais títulos ATP. Jimmy Connors está no topo, com 109 conquistas, seguido por Roger Federer, que tem seis a menos. Se ultrapassar Ivan Lendl parece uma questão de tempo, Federer e Connors podem ser mais difíceis de atingir. Até porque o suíço ainda está em atividade. Mas não só. Mais que ter o maior número de títulos ATP, Nadal parece mais focado em chegar a número 1 mundial e ultrapassar Federer com 20 Grand Slams. Já para o helvético, 38 anos de idade, terminar a carreira com mais títulos ATP parece agora mais possível que o fazer em relação a Major. Até porque há ainda Djokovic, 32 anos.

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André Dias PereiraSetembro 14, 20194min0

Não existe nenhum jogador com menos de 30 anos no circuito com vitórias em Grand Slam. A hegemonia do Big-3 continua intacta. Ao conquistar o seu quarto título US Open e o 19º Major na carreira, Nadal está agora a apenas um título de igualar Federer.

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André Dias PereiraSetembro 24, 20184min0

Não foi exatamente uma surpresa, mas a Europa experimentou dificuldades acrescidas para conquistar, este domingo, pela segunda vez a Laver Cup. A segunda edição do torneio inter-continental, pensado por Roger Federer, voltou a confirmar a ideia de que o Velho Continente continua a liderar o ténis planetário. Não apenas em termos individuais – sete jogadores do top-10 do ranking ATP são europeus, bem como todo o top-3 – como em termos colectivos – desde 2000 só por três vezes um país não europeu venceu a Taça Davis.

Ainda assim, este ano se a Europa confirmou ser mais forte individualmente – e isso valeu-lhe o título – mas em duplas, a equipa Mundo não deu hipóteses. E por isso os europeus precisaram de sofrer para revalidar o triunfo de 2017, quase sofrendo uma reviravolta. No final, o triunfo de Alexander Zverev sobre Kevind Anderson (6-7, 7-5 e 10-7) selou a vitória europeia por 13-8.

Mas vamos por partes. A equipa europeia chegou a Chicago como uma autêntica constelação. Roger Federer, Novak Djokovic, Alexander Zverev, David Goffin, Grigor Dimitrov e Kyle Edmund. Mesmo sem Rafa Nadal, Marin Cilic e Dominic Thiem (presentes na edição de 2017) a Europa tinha quatro jogadores top-10. A equipa mundial tinha Kevin Anderson e John Isner. Mesmo com a desistência de última hora de Del Potro, a equipa Mundo também impunha respeito. Para além de Anderson e Isner, havia Diego Scwartzman, Jack Sock, Nick Kyrgios e Frances Tiafoe. As lendas Jonh McEnroe e Bjorn Borg lideraram, respectivamente, as equipas Mundo e Europa.

Tal como o ano passado, o primeiro jogo de duplas era o momento mais aguardado. A isso se deve os nomes no court. Se em 2017 Federer fez uma dupla de sonho com Rafa Nadal, este ano o suíço jogou ao lado de Novak Djokovic. Só que a força de uma dupla é mais do que a soma da qualidade individual. E, diga-se, Novak Djokovic raramente joga nesse vertente do ténis. Apesar de algumas jogadas bonitas, a dupla Anderson e Sock impôs-se: 6-7, 6-3 e 10-6.

Por esta altura, a equipa Europa liderava por 3-1 em partidas. Dimitrov vencera Tiafoe no jogo inaugural (6-1, 6-4) e Kyle Edmund venceu Jack Sock (6-4, 5-7, 10-6). Depois, foi a vez de David Goffin se impor a Diego Scwartzman (6-4, 4-6, 11-9).

No segundo dia de competição, Alexander Zverev e Roger Federer aumentaram a vantagem europeia. O alemão venceu John Isner (3-6, 7-6, 10-7) e o suíço ganhou a Nick Kyrgios (6-3, 6-2).

O triunfo europeu parecia inexorável, contudo, a equipa Mundo começou a recuperar. Primeiro, com Anderson a ganhar sobre Djokovic (7-6, 5-7, 10-6). Depois, outra vez em duplas, Sock e Kyrgios levaram a melhor sobre Goffin e Dimitrov (6-3, 6-4).

Pelo segundo ano, a Europa levou a melhor sobre a equipa Mundo (Foto: Laver Cup)

Lavers Cup: bons jogos num evento pensado para o entretenimento

No arranque do terceiro dia, a equipa Mundo colocou-se, pela primeira vez, em vantagem na prova (8-7). A dupla Isner e Sock, mais rotinada, ganhou (4-6, 7-6 e 11-9) a uma dupla que, no futuro, poderá ser vista como uma passagem de testemunho: Federer e Zverev.

Só que ainda faltavam os jogos individuais de Federer e Zverev. O suíço venceu de forma consistente John Isner (6-7, 7-6, 10-7) e Zverev consolidou o triunfo europeu sobre Anderson.

No final do dia pode dizer-se que a Laver Cup é uma celebração do ténis. Reúne alguns dos maiores protagonistas mundiais, que mostraram, amiúde, levar a sério os seus jogos, contudo, sem o cariz do ATP Finals, ou a chancela ITF, que garante pontos. Os detalhes e a organização mostram que é, acima de tudo, uma competição pensada para o público, o seu entretenimento, e mais uma forma de promover, e gerar receitas, com uma modalidade que vive, porventura, os seus anos dourados.

A forma como os jogadores no banco reagem ao que se passa no court, vibrando ou brincando, e a possibilidade de juntar na mesma equipa lendas como Federer e Djokovic, são gatilhos que envolvem o público e os fans. E com imagens que ficam para a posteridade. Como aquela, em 2017, em que Federer e Nadal correm para os braços um do outro para festejar a vitória.

Resta saber como a Lavers Cup resiste à prova do tempo e à capacidade de ir conseguindo reunir os melhores de cada continente, de forma a manter este torneio de exibição apelativo para o público e comercialmente atrativo.

A Laver Cup de 2018 fica marcada pela reunião entre Roger Federer e Novak Djokovic

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André Dias PereiraJulho 9, 20183min0

Terminou na segunda ronda a participação Wawrinka em Wimbledon. Este é, aliás, o único torneio em falta para o suíço completar o carreer Grand Slam. Contudo, o helvético estava longe de representar um favorito à vitória final. Depois de recuperar de uma lesão no joelho que obrigou a uma longa paragem, Stan regressou à competição em Roma, perdendo da ronda inaugural para Steve Johnson.

Wawrinka entrou em Wimbledon ainda à procura da melhor forma física e longe do seu melhor ténis. Outrora top-3 mundial, o suíço é hoje 224 do ranking ATP. Havia, portanto, uma expectativa q.b. sobre o que poderia o helvético fazer na prova. E logo na ronda inaugural, o adversário era nada menos que Grigor Dimitrov, número 6 mundial.

Em bom rigor, o búlgaro também não atravessa a melhor fase da carreira. Depois de um 2017 com quatro títulos, entre os quais o ATP Finals, em 2018 ainda não logrou qualquer troféu. O encontro com Wawrinka era, pela história e estatuto dos dois, o jogo mais aguardado para ronda inaugural do Torneio dos Cavalheiros. A vitória acabou por sorrir, de virada, para o suíço: 1-6, 7-6 (7-3), 7-6 (7-5) e 6-4.

O triunfo do helvético representou uma dose importante de confiança. Contudo, não foi suficiente para ultrapassar, na ronda seguinte, o italiano Thomas Fabbiano, 133 do mundo: 7-6 (9-7), 6-3 e 7-6 (6-4). Esta foi, também, a primeira vez que o italiano venceu um set em Major esta temporada. A derrota de Wawrinka acabou por representar uma desilusão depois do feito perante o búlgaro. “Estou muito desiludido por perder um encontro como o de ontem e de hoje. Acho que ontem estava a jogar muito bem”, disse. O helvético acredita também irá regressar à melhor forma. “Aceito sempre que quando estás fora por algum tempo pode demorar algum tempo até voltar ao bom nível e resultados. Não espero que os resultados apareçam de um dia para o outro, depois de uma boa semana de treinos. Sei o quão duro é o ténis, toda a minha carreira tem sido assim.”

Quem também partilha da mesma ideia é Gael Monfils. “Não tenho dúvidas de que vai ficar bem e vai voltar a ficar tão forte como antigamente. Ele trabalha muito e é super apaixonado pela modalidade. Ele é um campeão. Acredito que seja apenas uma questão de tempo.

Marin Cilic, outro favorito, também está fora de Wimbledon. Terceiro cabeça de série e finalista vencido em 2017, o croata foi afastado pelo argentino Guido Pella na segunda ronda.

Quem pode roubar a cena a Federer?

Wimbledon segue agora para os quartos de final. Roger Federer é o grande favorito. O suíço já deixou para trás Dusan Lajovic, Lukas Lacko e Adrian Mannarino não tendo perdido qualquer set. Federer busca o nono título em Wimbledon e o 21º Grand Slam da carreira. Só que Rafa Nadal, Novak Djokovic e Juan Martin Del Potro também ainda estão em cena. Destaque também para Kei Nishikori que, aos poucos, vai regressando à melhor forma. Tal como Wawrinka, Murray (que desistiu de Wimbledon) e Djokovic atravessou o deserto das lesões e busca a melhor forma. Só que, tal como Djokovic, e ao contrário de Wawrinka, o nipónico já tem mais jogos nas pernas desde que regressou da lesão. Neste seu percurso eliminou de Nick Kyrgios (6-1, 7-6 e 6-4).

Existe, também, a possibilidade de Djokovic e Nadal se enfrentarem nas meias-finais. Tudo está, portanto, ainda em aberto. Esta segunda-feira marcou o arranque da semana decisiva de Wimbledon. Alguém pode roubar a cena Federer? Domingo, tudo vai ser decidido.

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André Dias PereiraJulho 2, 20183min0

Arranca esta segunda-feira mais um torneio de Wimbledon. É preciso recuar até ao ao ano de 1877 para lembrar a primeira edição, então vencida por Spencer Gore. Mas de então para cá ninguém foi mais bem sucedido do que Roger Federer. Foram oito vitórias, a última das quais o ano passado.

A questão levantada é se aos 36 anos o tenista suíço vai ampliar a sua lenda no All England Club. Federer parte como favorito, mas a sua condição de número 2 mundial obriga-o a um percurso mais espinhoso para atingir a final. A estreia será feita diante Dusan Lajovic (57º). Mas poderá encontrar Borna Coric – com quem perdeu a final de Halle – ou Marin Cilic, a partir dos quartos-de-final.

Roger Federer repete a fórmula de sucesso de 2017. Este ano falhou novamente toda a temporada de terra batida, regressando em Estugarda. O helvético venceu o torneio germânico e perdeu, depois, a final de Halle. Ganhar Wimbledon é o grande objetivo de Federer para 2018. Foi o próprio quem o disse, explicando que para isso “é importante estar mentalmente forte e em boas condições físicas”.

Como grande rival o suíço terá, como sempre, Rafael Nadal. O espanhol decepcionou nas últimas edições mas, este ano, chega com outra pujança. E com confiança reforçada. Nadal, recorde-se venceu há um mês Roland Garros. O maiorquino arranca no torneio britânico diante o israelita Dudi Cela. Ser número 1 do mundo garante-lhe também um percurso melhor para atingir uma eventual  final. Ainda assim, Del Potro, Denis Shapovalov e David Goffin são alguns possíveis rivais.

Murray ausente, Edmund é a esperança da casa

Quem está fora de Wimbledon é Andy Murray. O britânico desistiu de disputar o torneio britânico na véspera do seu início. A recuperar de uma lesão no quadro, Murray diz não estar em condições de jogar. Aos 31 anos, o bicampeão de Wimbledon atingiu os quartos de final o ano passado. Parado há onze meses por lesão e com uma cirurgia em Janeiro, o seu regresso estava apontado para Wimbledon.

Quem também corre por fora é Novak Djokovic. Com uma temporada irregular o sérvio pode jogar com Nadal nas meias-finais. O início será, contudo, diante Tennys Sandgren. Mais difícil poderá ser Kyle Edmund (18º), que, desde a ausência de Murray se tornou a grande esperança britânica. No Australian Open foi semi-finalista. Em Marraquexe, foi finalista vencido. Agora, a jogar em casa, será interessante acompanhar o seu percurso. Djokovic e Edmund porderão medir forças na terceira ronda.

Jogadores como Alexander Zverev, Nick Kyrgios e Denis Shapovalov são outros jogadores da nova geração que correm por fora. Tal como o já citado Borna Coric, que, na relva, tem evoluído a um nível capaz de conquistar Halle sobre Federer.

Contudo, o jogo mais atraente da ronda inaugural coloca frente a frente Stanislas Wawrinka e Grigor Dimitrov. O suíço está a ter um ano de pesadelo, longe da sua melhor forma e fora do top-200. O búlgaro, número seis mundial, ainda não conquistou qualquer troféu este ano.

Mais do que um torneio, Wimbledon é o mais importante evento de ténis do ano. Tradição, glamour e prestígio aliados a ténis de alto calibre. O torneio dos cavalheiros vai começar.

 

Wimbledon, 2018. O trailer

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André Dias PereiraAbril 23, 20182min0

Em Monte Carlo, Rafael Nadal é rei. O espanhol venceu este domingo pela 11º o torneio francês, reforçando a condição de maior campeão da prova. E, diga-se também, rei da terra batida. Agora, foi a vez do japonês Kei Nishikori cair em dois sets: 6-3 e 6-2. Em 72 partidas disputadas em Monte Carlo, Nadal venceu nada menos do que 68. Djokovic em 2013 e Wawrinka em 2014 foram os únicos a interromper a série de triunfos do maiorquino que dura deste 2005.

Estando em boa forma física, é praticamente impossível destronar Nadal na terra batida. O espanhol precisou apenas de 1H30 para vencer o japonês e é o grande favorito a vencer Roland Garros. O torneio francês arranca a 27 de Maio e Nadal vai tentar também aí o incrível 11º título.

Mas nesta final há que falar também de Kei Nishikori. Afastado por mais de quatro meses por problemas no pulso, o japonês regressou ao mais alto nível logo para disputar uma final de Masters 1000. O nipónico, diga-se, planeou bem o seu regresso. Sem pressa, e com critério. Por isso, começou por ganhar ritmo em Challangers. Certo é que o japonês parece ter feito uma boa recuperação e é agora, outra vez, um nome a ter em consideração. Que o diga Alexander Zverev. O número 3 mundial caiu nas meias-finais pelos parciais de 6-3, 3-6 e 4-6.

Antes, nos quartos de final foi a vez de Marin Cilic ser eliminado pelo nipónico: 6-4, 6-7 e 6-3. Andreas Seppi, Daniil Medvedev e Tomas Berdych foram as outras vítimas do japonês no torneio.

Nadal reforça liderança mundial

Se Nishikori regressou bem, o mesmo não se pode dizer de Novak Djokovic. O sérvio foi, desta vez, afastado por Dominic Thiem nos oitavos de final por 7-6, 2-6 e 3-6. Já Grigor Dimitrov voltou a chegar às meias-finais, mantendo uma consistência que dura desde 2017 e que mostra o porquê de ser um dos melhores do mundo em qualquer piso. Registo também para David Goffin. O belga atingiu os quartos de final onde caiu precisamente para Dimitrov (6-4 e 7-6). Goffin, 10º do ranking mundial, é cada vez mais um nome consistente do circuito que procura dar sequência aos títulos de Toquio e Shenzhen, alcançados o ano passado

Com esta vitória em Monte Carlo, Nadal conquistou o seu primeiro título em 2018 e garante também a continuidade como número 1 mundial. Será 171º semana de Nadal como líder do ranking, superando John McEnroe nesse quisito. Na lista de maior número de semanas como número 1, Nadal é sexto, Djokovic é quinto (223) e Federer é recordista (308).

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Kei Nishikori

André Dias PereiraFevereiro 19, 20182min0

Roger Federer está de volta à liderança do ranking mundial. O suíço conquistou, este domingo, pela terceira vez o torneio de Roterdão consagrando-se como o mais velho número 1 da história. Quando o helvético anunciou que ia participar no torneio holandês o mundo agitou-se. Federer tinha a chance real voltar ao lugar que, até há pouco, julgava já não ser possível. Talvez por isso tenha dito que voltou a sentir o mesmo quando, em 2004, o conquistou pela primeira vez.

O triunfo sobre Grigor Dimitrov na final de Roterdão (6-2 e 6-2) correspondeu ao 97º troféu na carreira. Em Grand Slam é recordista com 20 títulos, tendo chegado a 30 finais. É também o jogador com mais semanas no topo, 303, das quais 237 foram consecutivas. O intervalo entre a primeira vez que chegou a número 1, Fevereiro de 2004, e que regresso ao topo, Fevereiro de 2018, é também o maior da história.

Os números impressionam, mas mais incrível ainda é perceber que aos 36 anos Federer se mantém no topo. John McEnroe, ex-número 1 mundial, afirma não entender como Federer joga a este nível nesta idade. E não é para menos. O suíço tem o mérito de atravessar três gerações – de Pete Sampras a Grigor Dimitrov – mantendo-se sempre entre os favoritos.

O suíço está numa fase em que quer sobretudo desfrutar do ténis. E, por assim dizer, reinventou-se numa altura em que se falava na aposentadoria. Desde o arranque de 2017 conquistou dois Australian Open e Wimbledon.

Federer é 1º e Kevin Anderson sobe ao nono lugar

Federer continua a desafiar a idade e os conceitos de ténis a alto nível. Mas vai lembrando que só é possível porque a sua mulher lhe permite ter essa vida. Os dois próximos Grand Slam, Roland Garros e Wimbledon, vão esgrimir a liderança mundial. Nadal, o rival que Federer voltou a derrotar, é o grande favorito para Paris. Mas Federer é o detentor do torneio britânico.

Na revisão de ranking esta segunda-feira, registo para o segundo lugar de Rafael Nadal. O croata Marin Cilic é terceiro. A grande novidade no top-10 é o sul-africano Kevin Anderson, vencedor do torneio de Nova Iorque, este domingo. Pela primeira vez está no nono lugar. Já Dominic Thiem, vencedor do torneio de Buenos Aires, mantém a sexta posição.


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