Arquivo de GP da Austrália - Fair Play

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Luís PereiraAbril 12, 20223min0

Charles Leclerc não deu hipótese à concorrência e venceu o GP da Austrália, mostrando que a Ferrari e o monegasco são os principais candidatos ao título. Foi um domínio em toda a linha, dominando desde os treinos livres, à qualificação e claro, na corrida. Leclerc nunca largou a liderança e a vitória nunca pareceu estar em causa, pois mesmo ninguém teve andamento para competir com ele, nem o rival das duas anteriores corridas, Max Verstappen.

O neerlandês nunca conseguiu ser uma verdadeira ameaça, apesar de ter sido o único que teve alguma hipótese de o vir a ser. Só que o piloto da Red Bull teve um azar que esta época já lhe bateu à porta e teve mais um problema na unidade motriz. O segundo lugar parecia garantido, mas não está a ser um bom início de época para a fiabilidade dos carros da equipa austríaca.

Apesar disso, foi na mesma a Red Bull a ficar com um piloto no segundo posto deste GP da Austrália, com o mexicano Sérgio Pérez. Pérez ainda travou um duelo interessante com Hamilton na disputa pelo lugar do pódio, mas teve a sorte de um safety car surgir no momento em que parecia que o britânico ia levar a melhor sobre ele. Só que no recomeço foi o mexicano da Red Bull a ter melhor andamento e o lugar no pódio ficou garantido.

Quem completou o pódio foi um Mercedes, mas não o de Lewis Hamilton, mas sim de George Russell, que conquistou o seu primeiro pódio pela Mercedes. O jovem britânico, teve mais sorte com a entrada do safety car do que o seu colega de equipa, mas depois disso conseguiu sempre manter andamento para não deixar Lewis Hamilton chegar-se a ele.

Lewis Hamilton, apesar de ter tido andamento para lutar com um dos Red Bull, teve de se contentar com o quarto posto e deixar mais um pedido às pessoas que trabalham na fábrica para melhorar o monolugar das flechas de prata se querem ter hipóteses de lutar por algum dos campeonatos.

Quem também teve, pela primeira vez este ano, uma corrida positiva foi a McLaren. Lando Norris e Daniel Ricciardo terminaram em quinto e sexto, naquilo que pareceu um avanço significativo de andamento, mas os pilotos continuam a afirmar que não houve melhorias no monolugar, e que apenas o traçado da pista australiana beneficiava mais o carro britânico.

Esteban Ocon foi o melhor dos Alpine, apesar de não ter sido o mais rápido, mas uma corrida discreta levou o francês aos pontos, algo que não conseguiu o seu ilustre companheiro de equipa, Fernando Alonso. A fechar o top 10 ficaram Bottas, Gasly e Albon, que fez a sua única paragem na última volta, conseguindo assim um ponto para a Williams, naquilo que foi uma fantástica gestão dos pneus.

Com este resultado, Leclerc cavou um grande fosse na liderança do campeonato, e os rivais vão ter muito que melhorar se não querem ver o jovem piloto da Ferrari a chegar facilmente ao título.

GRANDE PRÉMIO DA AUSTRÁLIA

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

CAMPEONATO DO MUNDO DE CONSTRUTORES

 

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João DuarteOutubro 31, 20194min0

A 17ª e antepenúltima etapa do mundial de motovelocidades de 2019, o Grande Prémio da Austrália, realizou-se de 25 a 27 de Outubro, no cicuito Phillip Island.

Com o título de campeão conquistado por Marc Marquez, o título de rookie do ano ganho por Fabio Quartararo e o prémio de construtores entregue à Honda, mantinham-se em aberto a luta pelo piloto e equipa, de entre as equipas independentes, do ano.

Num fim-de-semana onde as condições não estiveram propriamente favoráveis, com rajadas de vento a empurrar pilotos para fora de pista, um início de etapa com piso molhado e muita humidade, foram muitos os pilotos que não realizaram sessões de treinos livres, que não alinharam para a corrida e outros que não a terminaram.

Na primeira sessão livre e com o piso molhado, todos os pilotos saíram para pista e Maverick Viñales foi quem se destacou ao realizar o melhor tempo.

Na segunda sessão, esta já com pista seca e boas condições, Maverick Viñales voltou a ser o mais rápido em pista e a estabelecer o melhor tempo das sessões de treinos livres com quase meio segundo de vantagem para Andrea Dovizioso, o segundo melhor.

Foi feita uma sessão de testes dos pneus antes das duas últimas sessões livres, onde os pilotos puderam experimentar e preparar os pneus de corrida, onde Marc Marquez se apresentou em força e realizou o melhor tempo da sessão.

A terceira e quarta sessões de treinos foram marcadas pelo forte vento que se fez sentir, com apenas 12 pilotos a realizaram voltas para tempo na terceira sessão e sem melhorias de tempos em relação à segunda sessão livre.

Na qualificação, Fabio Quartararo e Andrea Ianone foram os dois pilotos mais rápidos, passando para a qualificação 2, a sessão dos pilotos com os tempos mais rápidos e que determinam os 12 primeiros lugares da grelha de partida.

A pole position acabou por ser conquistada por Maverick Viñales a mais de meio segundo de Fabio Quartararo, o segundo da grelha, e a mais de 7 décimas de Marc Marquez, o último da primeira linha da grelha de partida.

Na corrida, Valentino Rossi teve o melhor arranque da grelha de partida, assumindo a liderança nas 3 primeiras voltas.

Com uma corrida muito equilibrada e disputada, na 4ª volta foi a vez de Cal Crutchlow passar a linha de meta na liderança e que se iria manter até à 10 volta.

À 10ª volta foi a vez de Maverick Viñales tomar a dianteira e marcar o ritmo. Foi-se distanciando do resto dos pilotos, levando consigo apenas Marc Marquez, o único com capacidade para acompanhá-lo.

Viñales esforçou-se em tentar descolar-se de Marquez, mas este manteve-se perto do homem da Yamaha à espera de um erro ou do desgaste que o ritmo de Viñales ia provocando na sua mota.

Na última volta e quando já se esperava o ataque por parte de Marquez, este ultrapassou Viñales, que por infortúnio acabou por sofrer uma queda e não terminou a corrida, deitando por terra todo o trabalho até ali realizado.

Marquez venceu mais uma corrida de MotoGP, mostrando que apesar de já consagrado campeão, não alterou a sua estratégia e que se algum adversário quiser vencer alguma corrida, terá certamente luta por parte desde.

Em segundo e tirando partido da queda de Viñales, ficou Cal Crutchlow que ainda se conseguiu distanciar dos restantes pilotos.

Em terceiro terminou Jack Miller, numa luta até ao fim pelo lugar do pódio com Francesco Bagnaia.

Miguel Oliveira

Miguel Oliveira que na primeira sessão de treinos livres até foi o 10º melhor tempo, mostrando-nos mais uma vez que é dos pilotos que melhor se adapta a condições de pista molhada, acabou por sair de pista devido a uma rajada de vento na quarta sessão de treinos livres e sofreu uma queda a cerca de 300km/h, ficando com algumas mazelas físicas, que apesar de não serem graves, o afastaram da qualificação e da corrida.

Capacete de Oliveira após queda. (Foto: Jornal de Notícias)
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João DuarteOutubro 30, 20183min0

A 17ª etapa de MotoGP realizou-se de 26 a 28 de Outubro no circuito de Phillip Island, na Austrália. Com o título de MotoGP já entregue a Marc Marquez, o vencedor da etapa foi Maverick Viñales. Em Moto2 a luta pelo título ficou-se pelos 11º em 12º lugares, com o vencedor a ser Brad Binder. E em Moto3 o vencedor foi Albert Arenas, com Jorge Martin a aproveitar para se distanciar de Marco Bezzechi.


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