The Rugby Championship: uma discussão a dois ou a três?

Francisco IsaacAgosto 15, 201717min0

The Rugby Championship: uma discussão a dois ou a três?

Francisco IsaacAgosto 15, 201717min0
Tudo sobre a maior competição de selecções do Hemisfério Sul, com as participações dos All Blacks, Wallabies, Springboks e Pumas. Quem são os favoritos, os melhores jogadores e as potenciais posições finais?

Springboks, Wallabies, All Blacks e Pumasuma incrível mistura, explosiva e deliciosa que vai “mexer” com o Planeta da Oval. Teremos novamente o mesmo campeão, ou a “crise” na África do Sul está completamente “sanada” ao ponto de tomarem controlo do Hemisfério Sul? E a Austrália, conseguirá ultrapassar uma crise de identidade? E a Argentina, que vai ser dos irrasciveis Pumas? Este é o nosso “olhar” do Rugby Championship


Começa em Agosto e vai até Outubro; é a competição que coloca as selecções do Hemisfério Sul (pelo menos as principais) frente-a-frente, em duas voltas; tem três selecções que somam cinco campeonatos do Mundo (relembramos que 2015 foi a 8ª edição de Rugby World Cup); e combina o melhor do rugby, ou seja, apoio rápido, offloads improváveis, viranços dinâmicos, cross-kicks espectaculares, talonadores que parecem pontas, etc… este é o The Rugby Championship!

Começa já este sábado (19 de Agosto) e vai se desenrolando até inícios de Outubro, em 12 jogos altamente intensos, de uma exigência tal que não há campeonatos internacionais de clubes. Para além disso, nos torneios regionais/província os jogadores que estão nas escolhas dos seleccionadores, não podem ser seleccionados para jogar por essas equipas (Currie Cup, Mitre10 e National Rugby Championship começam entre finais de Agosto e seguem até Outubro, mas não contam com qualquer jogador que estão nas selecções nacionais ou no grupo restrito de escolhas).

O Fair Play apresenta cada uma das selecções que vão disputar o tão desejado The Rugby Championship, assim designado desde da sua “evolução” em 2012, altura em que a Argentina se juntou às suas congéneres da Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, formando este tipo de Quatro Nações. A Nova Zelândia domina a competição com 14 troféus, enquanto a Austrália tem uns “modestos” 4 (o último em 2015, quando a competição foi só jogada numa volta, pelo facto do Mundial decorrer nesse ano), África do Sul 3 e a Argentina 0.

2017 será a repetição da época passada, na qual a Nova Zelândia “limpou” a competição só com vitórias bonificadas (30 pontos no total)? Ou a África do Sul vai voltar a fazer “tremer” a competição mais importante de selecções do Hemisfério Sul, algo que não acontece desde 2009?

Fiquem com os fixturesde todos os jogos, a começar já no dia 19 de Agosto às 11h00 (portuguesas) entre a Austrália e Nova Zelândia: clicar aqui

FANTASY

Link para a liga em conjunto do Fair Play e Portal do Rugby (podem registar através do Facebook o que facilita tudo!): goo.gl/Tsg7jp
Em caso que o Link não funcione pesquisem por FairPlay & Portal do Rugby no search da Fantasy do Rugby Pass
Link da antevisão da 1ª ronda: A ANUNCIAR
Prémio: Camisola do Brasil 2016 Tamanho L
Regras: O prémio será enviado somente a usuários no Brasil ou Portugal; Caso menos de 50 usuários diferentes estiverem registados, não haverá lugar a prémio;

NOVA ZELÂNDIA

Jogador Estrela: Beauden Barrett (Abertura);
Melhor placador: Sam Cane (Nº7);
Capitão: Kieran Read (nº8);
Possível melhor marcador: Beauden Barrett (Abertura);
Posição final: 1º lugar (5 vitórias e 1 derrota);
Seleccionador: Steve Hansen (Neozelandês);
Potencial 15 titular (do 1 ao 15): Joe Moody, Codie Taylor, Owen Franks, Broadie Retallick, Samuel Whitelock, Jerome Kaino, Sam Cane, Kieran Read, Aaron Smith, Beauden Barrett, Israel Dagg, Sonny Bill Williams, Ryan Crotty, Rieko Ioane e Ben Smit
Convocatória: Clicar Aqui;

Os Super Campeões mundiais, detentores do título do Rugby Championship em 2017, com a tal sequência de 18 vitórias consecutivas (perdidas em Novembro de 2016 em Chicago frente à Irlanda), voltam a entrar com “tudo” nesta competição, até para “limpar” a imagem que terminaram na recepção aos British and Irish Lions.

O empate no final das Series causou alguma “preocupação” a Steve Hansen e Kieran Read, que queriam muito mais que um simples empate… a vitória teria sido a “cereja” no topo do “bolo” dos All Blacks. Mas se há algo que deve preocupar a população mundial que quer ver os All Blacks perderem a sua hegemonia, é o facto destes aprenderem com os erros, reorganizarem-se e desenharem novas estratégias úteis aos seus propósitos. Olhando para os 32 convocados, os All Blacks têm um plantel em super-forma e pronto para “arrumar” já a Bledisloe Cup (um troféu dentro do Rugby Championship, que concerne os jogos entre aussies kiwis).

Julian Savea, Kerr-Barlow, Aaron Cruden, Brad Shields, Akira Ioane foram alguns dos nomes que não surgiram na lista de Steve Hansen, sendo que o do ponta dos Hurricanes é o mais significativo, isto quando se aproximava de bater o recorde de ensaios detido por Doug Howlett, uma das lendas do universo neozelandês. Todavia, as escolhas de Hansen são, sem dúvida, as suficientes para manter o seu manto de escuridão no Hemisfério Sul, entregando, com toda a certeza, o lugar de ponta aberto a Rieko Ioane, apostando em Israel Dagg do outro lado, com Ben Smith na sua posição de defesa. Uma atenção em especial para Smith, já que após os dois jogos com a Austrália fará um ano sabático (ou pelo menos 6 meses), abrindo assim vaga para Dagg assumir o papel de 15 ou até para a entrada de Damian McKenzie, recebendo essa honra, uma vez que Jordie Barrett está fora das escolhas até inícios de 2018 (operação ao ombro).

O seleccionador neozelandês não fará grandes alterações ao quinze dos All Blacks, mantendo a sua confiança na tripla de Kaino-Cane-Read (discutível se Cane não poderia ser preterido para a entrada do entusiasmante Ardie Savea), continuando, também, a primeira-linha a ser a mesma com Moody-Taylor-Franks. Notam algo de estranho? Sim, é verdade, para os que têm mais atenção, Dane Coles não está a titular nem constará no banco no primeiro jogo, isto devido a uma medida de precaução. Todavia, o talonador dos Hurricanes, voltará já no fim-de-semana seguinte, assumindo, com toda a certeza, o seu lugar de nº2 dos All Blacks.

Em termos de jogo, os princípios dos All Blacks são sempre “iguais”: rugby muito apoiado, manutenção de fases, jogo ao pé entre os seus 22 até à entrada dos 40 dos adversários, para depois apostar numa mescla de fases “pesadas” (entrada de avançados, especialmente os da 5 da frente), soltando a bola num rodopio rápido até existir uma situação proveitosa para a perfuração do defesa ou ponta. Placagens “intensas”, brekadown sempre bem disputado (até ao limiar da falta), com as formações ordenadas bem limadas… o maior problema está nos alinhamentos e no seu acerto (sem Dane Coles, há uma queda ligeira na comunicação e colocação de bola). Outra questão é as faltas no chão, algo que pode ser bem explorado por equipas como a África do Sul ou Argentina.

E que posição vão terminar? Em 1º, com apenas uma derrota no final… esta é a prespectiva do Fair Play. Os All Blacks não sofrem dos profundos problemas que os seus congéneres australianos e sul-africanos padecem (questões políticas, “revoltas” dentro das equipas, questionamento aos seleccionadores, entre outros pontos) e ainda estão dois patamares acima dos argentinos.

ÁFRICA DO SUL

Jogador Estrela: Malcolm Marx (Talonador);
Melhor placador: Jaco Kriel (Nº7);
Capitão: Eben Etzebeth (Segunda-linha) e Warren Whiteley (nº8);
Possível melhor marcador: Elton Jantjies (Abertura);
Posição final: 2º lugar (4 vitórias e 2 derrotas);
Seleccionador: Allister Coetzee (Sul-africano);
Potencial 15 titular (do 1 ao 15): Tendai Mtawarira, Malcolm Marx, Steven Kitshoff, Franco Mostert, Eben Etzebeth, Siya Kolisi, Oupa Mohojé, Jean-Luc du Preez, Ross Cronjé, Elton Jantjies, Courtnall Skosan, Jan Serfontein, Jesse Kriel, Raymond Rhule e Andries Coetzee
Convocatória: Clicar Aqui;

De “cara lavada” com uma nova e enorme ambição, uma vontade de provarem que estão vivos, estes são os vossos Springboks. Há uma nova tónica completamente diferente, um roster mais intenso, mais credível e mais equilibrado, com inclusões de jogadores como Jaco Kriel, Ross Cronjé (que crescimento avassalador do formação dos Lions, que encostou Faf de Klerk), Andries Coetzee, Courtnall Skosan (o ponta é dos jogadores mais excitantes do Hemisfério Sul), Jean-Luc du Preez, Franco Mostert ou Malcom Marx, todos jogadores que imprimem outras dinâmicos e um ritmo mais “animado”, que vai irritar os All Blacks, pôr os Wallabies “amarrados” e deixar os argentinos com vertigens.

Allister Coetzee aguentou-se no cargo de seleccionador, conseguiu fazer uma 2ª revolução, trabalhou bem jogadores que foram altamente contestados como Mohojé, Etzebeth, Kolisi por exemplo, recuperou Jan Serfontein e Jesse Kriel e ainda lançou uma série de novos jogadores… isto é uma demonstração que o antigo treinador dos Stormers aprendeu com os “erros”, recalculou a “rota” e tem agora outro objectivo: acabar com a hegemonia dos All Blacks.

Com Malcom Marx e Frans Malherbe na primeira-linha, os ‘boks ganharam uma velocidade extra no 5 da frente (Marx é um exímio mestre no maul e na formação ordenada), sendo que os locks Mostert (quem diria que o nº4 dos Lions iria encostar o soberbo du Toit) e Etzebeth (traz uma “maldade” necessária para dentro das quatro-linhas) perfazem um bloco forte e consistente. Nas linhas atrasadas a combinação Cronjé e Jantjies mexe com o jogo por completo, ainda mais quando o apoio do par de centros é dado por Serfontein e Kriel, dois apoios de luxo.

O três de trás será um dos pontos a tomar em atenção… e porquê? O ritmo que Skosan, Rhule (fica a dúvida se será Leyds no lugar do antigo ponta dos Cheetahs) e Coeztee é extremamente elevado, com uma boa técnica de corrida, capacidade de antever a disposição da defesa contrária e que ainda acresce a capacidade dos três disputarem o “ar” com saltos inimagináveis.

Os problemas dos Springboks podem advir de algum “tremer” na formação ordenada, que equipas mais experientes como os All Blacks ou Wallabies podem retirar proveito. Para além disso, os sul-africanos arriscam (mais do que deviam) na linha do fora-de-jogo, apostando desta forma para “apanhar” os portadores de bola que se lançam mais e que gostam de ganhar algum embalo. Por outro lado, os sul-africanos jogam bem no breakdown, são exímios a entrarem junto ao ruck, inteligentes a explorar a avançada adversária (um perímetro de jogo que a França rapidamente sucumbiu perante a maior intensidade e esforço dos sul-africanos, na Tour em Junho passado).

Será este o ano de retorno dos Springboks ao topo do Rugby Championship, algo que não acontece desde 2009 e que seria fundamental para dar uma 2ª vida ao rugby na África do Sul?

AUSTRÁLIA

Jogador Estrela: Kurtley Beale (Defesa/Centro);
Melhor placador: Michael Hooper (Nº7);
Capitão: Michael Hooper (Nº7);
Possível melhor marcador: Israel Folay (Defesa);
Posição final: 3º lugar (1 vitória e 5 derrotas);
Seleccionador: Michael Cheika (Australiano);
Potencial 15 titular (do 1 ao 15): Allan Alaalatoa, Stephen Moore, Scott Sio, Adam Coleman, Rory Arnold, Ned Hanigan, Michael Hooper, Lopeti Timani, Will Genia, Bernard Foley, Henry Speight, Reece Hodge, Samu Kerevi, Dane Haylett-Petty e Israel Folau
Convocatória: Clicar Aqui;

O “Inferno” está tão perto, não é Michael Cheika? A derrota contra a Escócia, os resultados algo desoladores das franquias do Super Rugby, a confusão instalada por causa da Western Force, a limitação de opções, algumas escolhas pouco “interessantes” e a procura de um novo capitão… os Wallabies enfrentam um furacão de problemas ao mesmo tempo que entram em campo para o Rugby Championship. Todavia, há algumas notícias boas para os fãs dos aussies… Kurtley Beale está de volta, assim como Will Genia, duas super estrelas do rugby australiano. E o de volta não é só à selecção, é mesmo à Austrália… mas estarão a tempo de “salvar” a honra dos Wallabies?

Aquele rugby mexido, animado, divertido que metia a dose certa de “agressividade”, onde a placagem era logo à procura de garantir controlo da oval, em que as respostas nos alinhamentos eram tão desconcertantes para os adversários que os deixavam completamente “trocados” e que havia uma “magia” de meter a bola no sítio certo à hora certa parece ter desaparecido… parece, dependendo se Michael Cheika consegue voltar a juntar os “cacos” e reerguer aquela máquina de poderio e fantasista que existia em 2015.

Neste preciso momento as grandes lutas vão pela 1ª linha onde Alaalatoa e Kepu disputam a camisola 3, sendo interessante que Ned Hanigan dos Waratahs parta à frente de Sean McMahon na posição 6, enquanto que nas linhas atrasadas vão notar a ausência de Quade Cooper (foi riscado, por completo, da lista de Cheika).

O abertura traz imprevisibilidade, lances de um recorte técnico de sonho e cria ensaios do nada, porém, e isto é muito mais que um aviso, Cooper erra muito no que toca à defesa, ao equilíbrio de jogo, não sabe (e parece não querer aprender) gerir jogo, arrisca em apostas que desde o seu começo estão “condenadas” e não percebe as consequências das suas acções. Nessa lógica, o seleccionador australiano vai apostar em Bernard Foley que é um chutador de classe mundial, é um placador resiliente, rápido a decidir com a oval nas mãos e gosta de aparecer a furar a linha… é uma aposta ganha de Cheika.

Agora, a grande dúvida vai para Kurtley Beale, o super defesa que fez uma tremenda temporada pelos London Wasps. Será que vai conseguir afastar Folau da posição de 15, colocando o Super-man (parece que Folau voa no ar para captar as bolas que provêm de pontapés) a jogar na posição de ponta ou centro? Ou Beale vai surgir numa das pontas? Ou vai começar do banco? Todos estes cenários são possíveis, mas Cheika vai procurar colocar Beale em campo, já que dá outra forma à saída com bola, é um excelente manobrador e pode surgir a criar jogo como se fosse um abertura ou defesa.

E estará Samu Kerevi recuperado a ponto de tirar Tevita Kuridrani da equipa titular? Outra questão é capitania dada a Michael Hooper… merecida desde já, mas será ele o homem ideal para liderar com brilhantismo os Wallabies? Hooper é um dos melhores jogadores do Mundo na sua posição, um forte e audacioso placador, um excelente e carismático portador de bola e um líder competente. Mas é o suficiente para liderar uma selecção que está à beira de um precipício? Hooper precisa de “segurar” bem os seus colegas de equipa, aguentar com as avalanches de entradas dos All Blacks já no primeiro jogo e enviar uma mensagem para o rugby mundial… que a Austrália está bem viva!

Este será o Rugby Championship do evitar uma crise profunda ou será o início de uma revolução necessária?

ARGENTINA

Jogador Estrela: Nicolás Sánchez (Abertura);
Melhor placador: Pablo Matera (Nº7);
Capitão: Agustín Creevy (Talonador);
Possível melhor marcador: Nicolás Sánchez (Abertura);
Posição final: 4º lugar (1 vitória e 5 derrotas);
Seleccionador: Daniel Hourcade (Argentino);
Potencial 15 titular (do 1 ao 15): Ramiro Herrera, Agustín Creevy, Lucas Paz, Tomás Lavanini, Matias Alemanno,  Pablo Matera, Javier Desio, Leonardo Senatore, Martín Landajo, Nicolás Sánchez, Emiliano Boffelli, Jeronimo de la Fuente, Matías Orlando, Ramiro Moyano e Joaquin Tuculet
Convocatória: Clicar Aqui;

Daniel Hourcade é o vai ou racha, certo? Vários anos de promessas, sempre adiadas, têm de ser “pagas” a certa altura… mas 2017 está longe de ser um ano bom para os argentinos. No Super Rugby a desilusão voltou a “atacar” os Pumas, ficando de fora (por uma boa diferença de pontos) da fase-final da competição de clubes do Hemisfério Sul, apresentando um rugby várias vezes pálido, sem grande emoção e sem continuidade. Pior ainda quando vermos que os amigáveis de Verão da selecção Argentina terminaram com duas derrotas (com uma Inglaterra com várias “baixas”, recorrendo quase como uma selecção “B”) e uma vitória (ante a Geórgia por 45-29, algo “escasso” para uma selecção que prometia lutar pelo topo da hierarquia mundial.

A Argentina concede demasiado espaço na defesa, permite que selecções como a Nova Zelândia e a Austrália consigam disputar o breakdown com “facilidade”, perdendo boas situações de ataque em turnovers. Outros problemas passam pela eficácia da formação ordenada (concedem algumas penalidades em zonas estratégicas), o “caos” nos alinhamentos e no “maul” (organização pouco explícita, que acaba por dar uma formação ordenada para os adversários duas em cada dez situações), a queda de ritmo e capacidade física (notório, especialmente, frente aos All Blacks) a partir dos 55 minutos de jogo e a ausência de alguns jogadores nucleares como Facundo Isa ou Juan Imhoff tiram “armas” aos argentinos.

Todavia, o “decalcar” da época passada poderá ter servido de lição e de preparação de estratégias para garantir, pelo menos, vitórias nos jogos em casa. Tomás Lavanini, Guido Petti, Pablo Matera, Santiago Cordero ou Matías Orlando são algumas das novas “estrelas” dos Pumas que têm vindo a conquistar o seu espaço desde o Mundial de 2015 e agora, em 2017, têm de assumir um papel preponderante na Argentina de Hourcade. Para além disso, devem-no a Agustín Creevy, o capitão e talonador dos Pumas que é um caso exemplar de uma entrega imensa, umas ganas únicas, uma paixão intensa e um lutador icónico que mexe com o rugby argentino.

A Argentina, quando quer, pulsa um jogo muito intenso, credível e dinâmico, que põe os All Blacks em “bicos de pés”. É a partir de jogadas imprevistas que a Argentina lança um “incêndio” total nas defesas adversárias, expondo muitas vezes os seus adversários a situações de superioridade numérica no corredor central. Para além disso, gostam de sair directa e rapidamente do ruck, o que lança problemas no posicionamento dos postes e do defesa a seguir a este perímetro, aproveitando depois para lançar uma vaga de avançados e logo de seguida uma inversão com Tuculet a surgir como manobrador.

É um jogo de intensidades altas, de procurar soluções e de criar dúvidas na arte de defender do adversário… ou placam bem e com eficácia os argentinos ou eles entram num frenesim imparável… todavia, o problema está na forma física e na capacidade de seguir nessa toada.

2017 será o ano de estreia dos Pumas como vencedores da maior competição de Selecções do Hemisfério Sul?


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