5 Melhores Treinadores do Campeonato Nacional 1 e 2 de Rugby em 17/18

Francisco IsaacFevereiro 16, 20187min0

5 Melhores Treinadores do Campeonato Nacional 1 e 2 de Rugby em 17/18

Francisco IsaacFevereiro 16, 20187min0
Os Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª divisão vão-se aproximando das suas fases decisivas e o Fairplay escolheu os 5 Melhores Treinadores desta época.

FREDERICO SOUSA (AEIS AGRONOMIA)

O técnico dos “agrónomos” conseguiu repor a “mística” do clube da Tapada, estando a caminho de voltar às meias-finais do Campeonato Nacional de rugby.

A Agronomia tem tido, no entanto, alguns percalços na divisão principal de rugby português, com as derrotas com o CDUL, CF “Os Belenenses” e GDS Cascais (todos fora de casa) a serem os resultados mais negativos. Todavia, foi sempre pela margem mínima o que demonstra que a Agronomia não consente derrotas pesadas e está sempre pronta para responder.

Para além disso, vai ocupando os dois primeiros lugares da tabela classificativa e está bem lançada para chegar à fase final do campeonato e, quem sabe, atacar o título.

Com um plantel completo, liderado pelo mágico nº10 José Rodrigues, o “linebreaker” Meli Rokoua e uma das avançadas mais “agressivas” e trabalhadoras do campeonato Nacional (destaque para Fernando Almeida, Pedro Herédia e PJ Van Zyl por exemplo), a Agronomia imprime um jogado duro, rápido e dominador em vários momentos dos jogos.

As derrotas averbadas deveram-se ao facto da AEIS Agronomia começar mal os jogos e ir atrás do prejuízo já tarde ou de não matar os jogos quando deve (caso do jogo com o CF “Os Belenenses” no restelo).

A vitória na Supertaça é uma espécie de “aperitivo” para uma formação que deseja voltar aos títulos nacionais após 11 anos.

Frederico Sousa (Foto: José Vergueiro Fotografia)

TOMAZ MORAIS (GDS CASCAIS)

O antigo seleccionador nacional de XV e 7’s chegou em 2016 à equipa do Dramático e operou uma pequena revolução, conseguindo levar a formação da Linha às meias-finais da Divisão de Honra e Final da Taça da temporada transacta. Agora, em 2018, o Cascais vai em ritmo alto para atingir, novamente, a fase-final do campeonato Nacional. Mas há algo que faz deste Cascais especial?

Há um pormenor que nos faz facilmente gostar deste Cascais: o lançamento de vários jovens da formação como Tomás Santa Clara, Duarte e Francisco Costa Campos, António Vidinha, Nuno Mascarenhas, entre outros o que demonstra que a lógica desta equipa passa por aposta de atletas dos escalões de formação, algo que dá outra profundidade a esta equipa.

Contudo, há um problema “complicado” que o GDS Cascais tem de ultrapassar para se tornar um candidato sério ao título Nacional: vencer fora de casa.

Nesta fase de apuramento final, Tomaz Morais vai ter que ganhar pontos em casa de equipas como a AEIS Agronomia e CF “Os Belenenses”, duas missões bastante complicadas, já que nenhuma destas formações consentiu derrota no seu “reino”.

Tomaz Morais (Foto: Luís Cabelo Fotografia)

JOÃO LUÍS PINTO (ACADÉMICA)

Muitos pensavam que seria impossível a Briosa conseguir se apurar para a fase-final no actual formato do Campeonato Nacional e/ou que mais rapidamente estaria o Técnico ou CDUP nessa fase. Todavia, cá está a Académica de Coimbra a provar que as previsões iniciais estavam completamente erradas.

No Estádio de Taveiro (quase) ninguém passa… CDUL e GDS Cascais já foram apanhados na “armadilha” montada pelos comandados de João Luís Pinto, que têm se mostrado irrascíveis em casa. Falta-lhes o factor “X” para conseguir dar trabalho quando visitam os campos dos seus adversários, uma vez que ainda não o conseguiram fazer esta temporada contra equipas como a Agronomia, CDUL ou Cascais.

Contudo, já pregaram um “susto” ao GD Direito (vitória por 10-06 dos “advogados”) e foram um “osso” duro de roer para o Belenenses.

O rugby da Académica é físico, intenso e emotivo, em que a defesa tornou-se a arma principal para demonstrar domínio dentro de campo. O aproveitamento das poucas oportunidades é outro detalhe importante, numa equipa que gosta de enervar o adversário.

Jogadores como Ricardo Gonçalves, Manuel Picão, Francisco Murta ou Manuel Queirós são alguns dos “pormenores” dos conimbricenses que merecem destaque.

A fase final está muito difícil de atingir, mas anda se reserva uma pequena esperança. Vão-no conseguir? Para já, convém lembrar que já estão nas meias-finais da Taça de Portugal com o olhar posto na final… aquele ensaio no último segundo de jogo contra o CDUL demonstra o melhor desta Briosa.

João Luís Pinto (Foto: Luís Cabelo Fotografia)

JOÃO MIRRA E NUNO AGUIAR (CF “OS BELENENSES)

Da equipa Challenge do GD Direito da época passada, ambos os treinadores abandonaram essa equipa para assumir o cargo de treinador de equipas principais: Miguel Leal no GD Direito e Nuno Aguiar no CF “Os Belenenses”.

Aguiar juntou-se a João Mirra (antigo internacional português de XV e 7’s e treinador na Selecção de Sub-18 de Portugal) no clube do Restelo, que já vinha a assumir o cargo nos últimos com João Uva. O antigo asa da selecção Nacional saiu da parceria técnica nos azuis do Restelo, abrindo espaço para que fosse montada outra dinâmica.

O Belenenses em 2016/2017 ficou-se pelo playoff, perdendo em casa frente ao GDS Cascais, num jogo atípico de ambas as equipas.

Todavia, em 2018 a formação do Restelo está mais intensa, “agressiva” e decisiva, apostando num jogo de dinamismos da linha de ¾’s (destaque para Duarte Moreira, Rodrigo Freudenthal ou Diogo Miranda), somando-se o trabalho exigente e categórico da avançada (têm uma das melhores formações ordenadas do CN1).

Neste momento têm tudo para marcar uma meia-final em casa, com boas perspectivas para atingir a final do campeonato. Mas ainda estamos a três meses do final e até lá o Belenenses pode ainda fazer mais dano sobre os seus adversários.

João Mirra (Foto: Luís Cabelo Fotografia)

RUI CARVOEIRA (CR SÃO MIGUEL)

Fechamos o artigo a falar do técnico dos sub-18 de Portugal, que assumiu nesta temporada o cargo de treinador dos “bulldogues”, estando a realizar um excelente trabalho numa formação que lutava, até à bem pouco tempo, para não descer ou “sobreviver” à segunda divisão de rugby sénior português.

O mudar de mind-set de uma equipa como o São Miguel é de se louvar e vale a pena ver os resultados obtidos pelo São Miguel até ao momento.

São o 2º melhor ataque da prova (320 pontos e 46 ensaios) e a 3ª melhor defesa (215 pontos e 27 pontos/ensaios sofridos), evindenciando-se como uma das equipas principais na luta pela subida de divisão, a meros 7 e 6 pontos do primeiro e segundo lugar respectivamente (nota máxima para o Caldas que tem realizado uma temporada em “cheio”, a enganar por completo as previsões iniciais). Já carimbaram a passagem à final-four!

Mas o que há de especial no São Miguel? Rugby efusivo, entusiasmante e de excelente colectivo, onde palavras como solidariedade e espírito de sacrifício não são só princípios, mas uma obrigação quando se entra dentro de campo.

A equipa dos “bulldogues” magoa a placar, gosta de ir ao breakdown dificultar a missão dos seus adversários e é irrepreensível nos básicos do rugby.

Ou seja, Rui Carvoeira aplicou todo o seu conhecimento num clube que quer ser a nova força do rugby lisboeta.

Não podemos deixar de mencionar outros nomes que vão merecer um olhar atento noutro artigo como Miguel Costa do CDUP, Renato Rodrigues/Ricardo Alves do CRAV ou Patricio Lamboglia do Caldas RC. 

Rui Carvoeira (Foto: Luís Cabelo Fotografia)

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