2ª etapa do World Rugby Sevens Series – Cape Town

João DuarteDezembro 14, 20174min0
Realizou-se nos dias 9 e 10 de dezembro, a segunda etapa dos Sevens Series organizado pela World Rugby da época 2017/2018 em Cape Town, etapa que integrou o circuito em 2004/2005. Para esta etapa a equipa convidada foi novamente o Uganda que conseguiu triunfar entre as equipas mais fracas, à semelhança do que tinha acontecido no Dubai. A Nova-Zelândia mostrou-se superior e conquistou o título da etapa.

Os Sevens Series são conhecidos pela sua espetacularidade, capacidade de levar o publico ao rubro e incerteza quanto resultados, com as equipas ditas “mais fracas” a surpreenderem por vezes as equipas “mais fortes”.

Dia 1

A etapa começou com a Samoa a mostrar que esta época quer elevar o patamar e ficar uns lugares acima daquilo a que está habituada. Num jogo bastante disputado, o Canadá não conseguiu defender a vantagem no marcador e acabou por perder por apenas dois pontos (uma conversão).

A segunda surpresa aconteceu no sexto jogo, com os Estados Unidos, que fizeram uma etapa desastrosa no Dubai e onde ficaram em último, a vencerem a Nova Zelândia com estranha facilidade. Com quatro ensaios, dois deles marcados pelo super sprinter Carlin Isles, os americanos carimbaram a primeira vitória da época.

No décimo jogo do dia, foi o Canadá a surpreender as Fiji ao controlar e vencer o jogo por 14-22, com Justin Douglas a bisar.

Com os 24 jogos da fase de grupos disputados, estavam qualificados para a disputa da Cup a África do Sul e a França do grupo A, os Estados Unidos, com três vitórias e a Nova Zelândia do Grupo B, a Inglaterra e a Argentina do Grupo C e o Canadá, em conjunto com as Fiji do Grupo D.

Empowred Americans! (Foto: USA Rugby)

Dia 2

No segundo e último dia, na disputa dos quartos-de-final da Challenge, a Samoa levou a melhor sobre o Quénia num jogo equilibrado, vencido apenas nas conversões dos ensaios.

Seguia-se a inesperada vitória da Espanha sobre a Escócia, partida em que os escoceses até entraram a vencer, perdendo depois o controlo do jogo que foi aproveitado e bem pelos espanhóis.

Nos outros dois jogos não houve surpresas, o País de Gales venceu a Rússia por 21-12 e a Austrália o Uganda por 47-12.

No primeiro jogo dos quartos-de-final da Cup, tínhamos duas das melhores equipas em jogo. Na primeira parte os fijianos pareciam melhor e foram a vencer por 12-21 para o intervalo, mas na segunda parte os sul-africanos assumiram as despesas do jogo e marcaram três ensaios para a reviravolta no marcador, com Seabelo Senatla a marcar o ensaio da vitória.

No segundo jogo, apesar de ter tido menos pontos marcados, aconteceu o mesmo. A Inglaterra foi para intervalo a vencer por escassos 7-5, mas na segunda parte a Nova-Zelândia assumiu o controlo do jogo e conquistou a vitória por 12-17.

Os outros dois jogos não foram tão equilibrados, o Canadá venceu a França por 35-7 e a Argentina venceu os Estados Unidos por 12-28, ocupando os outros dois lugares na meias-finais da Cup.

Para a disputa do 13º lugar na etapa passaram o Quénia e o Uganda que com alguma surpresa levaram a melhor sobre a Escócia e a Rússia, respetivamente.

A Espanha trinfou mais uma vez, superiorizando-se à Samoa e garantindo a disputa da Challenge, a quem se juntou a Austrália, depois de “despachar” o País de Gales por expressivos 5-42.

Para a disputa do quinto lugar iriam as Fiji, ao vencerem a Inglaterra por 19-12, juntamente com os Estados Unidos, que bateram a França por 12-29.

Nas meias-finais da Cup, os sul-africanos, apesar de estarem a jogar em casa com o apoio do seu público, caíram perante uma Nova-Zelândia aguerrida e focada na vitória desta segunda etapa dos Sevens Series, a quem se ia a Argentina que esteve sempre a perder, mas que acabou por garantir a vitória por dois pontos frente ao Canadá.

O 13º lugar foi conquistado pelo Quénia que venceu o convidado Uganda por 24-14. A Challenge foi vencida pela Austrália que comprovou ser mais forte que a Espanha. Sem hipóteses de lutar pelo título da etapa, as Fiji conquistaram o 5º lugar frente aos Estados Unidos e a África do Sul teve de se contentar com o 3º lugar, numa partida muito bem disputada com um Canadá que podia mesmo ter feito levado a melhor, depois de ter estado a perder por 14-5 ao intervalo.

A final não teve grande história, a Argentina ainda tentou aguentar o poderio neozelandês, mas foi insuficiente. A Nova-Zelândia destacou-se e levou o título da da segunda etapa dos Sevens Series para casa, com Joseva Ravouvou a bisar e a conquistar o prémio de melhor jogador da final.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS