[Bisca da Primeira Divisão Feminina] Sport Algés e Dafundo

João BastosMarço 16, 20186min0

[Bisca da Primeira Divisão Feminina] Sport Algés e Dafundo

João BastosMarço 16, 20186min0
Analisamos o naipe da equipa feminina do Sport Algés e Dafundo para ir a jogo na 1ª divisão nos próximos dias 17 e 18 de Março em Coimbra

O Campeonato Nacional de Clubes da 1ª divisão realiza-se em Coimbra nos dias 17 e 18 de Março. O Fair Play faz a análise das 12 equipas masculinas e das 12 equipas femininas que disputarão o título de clubes mais importante da natação nacional


Ana Barros, Rita Anjos, Raquel Anjos, Nádia Cruz, Joana Aguiar, Ana Nobre, Carla Cruz, Irina Cruz, Petra Chaves, Diana Chaves, Ana Magalhães, Sofia Miranda e Tânia Ribeiro constituíram a última equipa feminina do Sport Algés e Dafundo que venceu a 1ª divisão do nacional de clubes…até à época passada, quando a equipa comandada pelo técnico Miguel Frischknecht pôs termo ao maior ciclo de invencibilidade da História dos campeonatos, da responsabilidade do Futebol Clube do Porto.

Mas como disse um dia o super ciclista Eddy Merckx (e provavelmente muita gente ainda antes dele): “É fácil chegar ao topo, difícil é lá ficar”, por isso o Algés terá de estar na máxima força para revalidar o título, apesar de ser a equipa favorita na 1ª divisão feminina. Perceba porquê:

Ás – Raquel Pereira

Cumpre o seu primeiro ano de sénior e já conseguiu obter o seu primeiro recorde nacional individual absoluto com o fantástico tempo de 2:23.46 aos 200 bruços em piscina curta. A marca colocou-a como a 16ª melhor europeia de 2017, sendo a mais jovem nadadora do top-16. Aguarda-se com expectativa o que pode fazer em piscina longa. Os 2:27.70 do recorde nacional de Victoria Kaminskaya estarão na mira de Raquel, mas mais acessível que essa marca são os 2:29.51 que dão acesso aos campeonatos da Europa. Ainda nadará os 50 e 100 bruços e ainda os 200 estilos onde encontrará Diana Durães, num dos duelos mais esperados do campeonato.

Foto: Luís Filipe Nunes

Rainha – Rita Frischknecht

A costista que está cada vez melhor a livres. Rita fez uma temporada de piscina curta fantástica com renovação de recordes pessoais em todas as distâncias de livres, desde os 50 aos 1500 metros e ainda com o recorde nacional dos 200 costas, tornando-se na primeira portuguesa nadar a distância em menos de 2:10. Em piscina longa, este ano, já melhorou o seu recorde pessoal dos 200 livres e nestes nacionais vai-se dedicar exclusivamente à técnica de livres assumindo as distâncias desde os 50 aos 400 metros.

Foto: Luís Filipe Nunes

Dama – Francisca Azevedo

Tal como Rita, também tem na técnica de costas o seu estilo 1, onde é, igualmente, recordista nacional absoluta dos 200 costas mas em piscina longa. Na 1ª divisão vai ter um programa muito variado. Nadará os seus 200 costas, mas depois alinhará nos 100 livres, 50 e 100 mariposa. De resto, ela tem testado estas provas recentemente e com êxito. O seu recorde pessoal dos 100 livres tem um mês e foi estabelecido no Meeting Internacional de Lisboa e o dos 100 mariposa tem pouco mais de duas semanas, quando nadou em 1:04.51 nos Regionais da ANL. São indicadores promissores.

Foto: Luís Filipe Nunes

Manilha – Madalena Azevedo

Madalena já tem mais experiência em ser a nadadora mais multifacetada da equipa. Na época passada nadou provas tão díspares como 50 livres, 50 mariposa e 400 estilos, este ano calha-lhe em sorte quatro provas muito desgastantes: 800 livres, 200 mariposa, 200 e 400 estilos. Somando as estafetas (poderá ser “dispensada” da estafeta de estilos), são muitos metros nadados em apenas dois dias, mas que também é um sinal que Madalena está em grande forma…mais um sinal, para além daqueles que já foi deixando nas provas que realizou em piscina longa já em 2018, com novos recordes pessoais nos 100, 200 e 400 livres.

Foto: Luís Filipe Nunes

Joker – Rafaela Azevedo

A terceira irmã Azevedo, júnior de primeiro ano, na época passada nadou apenas os 50 costas e deu muito boa conta de si, sendo apenas superada pela recordista nacional Ana Sofia Leite e pela multi-campeã nacional da prova, Inês Fernandes. Este ano Rafaela será uma das maiores protagonistas do Algés e alinhará nas três distâncias de costas. Em 2018 já nadou abaixo do mínimo para os Europeus de Juniores nos 100 costas e vai a estes nacionais com o pensamento de o confirmar.

Foto: Luís Filipe Nunes

Trunfos – Bárbara Barata, Anna Ferreira, Clara Pereira e Carolina Marcelino

Antes da referência aos trunfos, referência à nadadora mais jovem da equipa do Algés, Maria Gomes Pereira, a juvenil-B que irá nadar os 50 e 100 metros livres.

Quanto a Bárbara Barata é uma brucista convertida em mariposista, e nesta técnica está cada vez melhor. Para além das três provas de mariposa, voltará às origens para nadar os 50 metros bruços. Anna Ferreira é a recém-recordista nacional júnior-A dos 50 metros costas, prova que – obviamente – nadará, para além dos 100 costas onde também tem pretensões a alcançar o mínimo para os Europeus de Juniores. Clara Pereira, júnior de primeiro ano, acompanhará a irmã Raquel nas provas de 100 e 200 metros bruços e Carolina Marcelino, também júnior, nadará muitos metros. Está inscrita nos 400 e 800 livres e 400 estilos, devendo ainda integrar a estafeta 4×200 livres.

Prognóstico Fair Play

As campeãs nacionais tentam revalidar o título na edição mais forte dos últimos largos anos. Nunca a 1ª divisão feminina teve quatro equipas com reais possibilidades de vitória na classificação geral, e esta prepara-se para isso, carecendo de confirmação ao longo da competição.

Mas mesmo neste cenário o Algés não tem razão para não encarar a empreitada com a máxima confiança. Consideramos que o Algés continua a ter a melhor equipa e que ainda beneficia por poder inscrever duas nadadores em cada prova porque para além da qualidade, o plantel do Algés é pródigo em opções. Basta notar que em 32 inscrições em provas individuais, apenas em 6 as nadadoras do Algés não alinham na última série e duas delas por não terem tempo de inscrição.

Isto não quer dizer que sejam “favas contadas” ou que a equipa do Algés não tenha pontos fracos…tem é menos (em teoria) do que as adversárias.

É por isso que prognosticamos que a equipa feminina do Sport Algés e Dafundo se voltará a sagrar campeã da 1ª divisão do nacional de clubes.


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