Melhores da época vencem o Circuito de Águas Abertas

João BastosOutubro 25, 20178min0

Melhores da época vencem o Circuito de Águas Abertas

João BastosOutubro 25, 20178min0
Ao cabo de 7 etapas, foram encontrados os vencedores do X Circuito Nacional de Águas Abertas. Uma competição que já não se disputava desde 2009

A nadadora do Fluvial Portuense, Angélica André, e o nadador do Benfica, Rafael Gil, foram eleitos os melhores nadadores portugueses de águas abertas na época 2016/2017, galardões atribuídos na Gala FPN a 14 de Outubro, precisamente uma semana antes da última etapa do Circuito Nacional.


Talvez embalados pela distinção da natação portuguesa, Angélica e Rafael venceram na Aldeia do Mato e confirmaram a vitória no circuito.

Contamos-lhe a história das sete etapas do circuito que foram percorridas entre Junho e Outubro.

14ª Prova de Mar de Sines

O circuito começou na costa alentejana, com um percurso de 2500 metros na Baía de Sines. Os primeiros vencedores e, por consequência, os primeiros líderes do circuito foram Mário Bonança (Sporting) e Soraia Ribeiro (Estrelas de S. João de Brito) que marcaram 20 pontos para a sua classificação global.

No sector masculino, Bonança teve a companhia no pódio do seu colega de equipa, Pedro Pinotes e do vencedor final do circuito, Rafael Gil.

Já no lado feminino, atrás de Soraia – que venceu pela quinta vez a prova de Sines – chegaram as jovens Alexandra Frazão (Individual) e Inês Martins (Fluvial Portuense)

O Fair Play acompanhou a primeira etapa do X Circuito Nacional de Águas Abertas 2017, um resumo que pode consultado aqui:

14ª Prova de Mar Baía de Sines

Fina Oper Water Mass Swimming World Series Setúbal 2017/FINA

O circuito subiu um pouco no mapa e disputou-se em Setúbal, como prólogo da etapa da Taça do Mundo. Numa distância de 1660 metros, os vencedores voltavam a pontuar 20 pontos na prova nadada umas horas antes da prova internacional e que, por isso, os nadadores convocados para representar Portugal à tarde não participaram, mas a Taça do Mundo contava como prova paralela de classificação para o circuito e foi aqui que Angélica André amealhou os primeiros pontos, e logo 45, os mesmos que fez Rafael Gil, que já tinha pontuado na primeira prova.

Os irmãos Ribeiro estiveram em evidência e venceram a prova setubalense. Soraia Ribeiro obteve a sua 2ª vitória consecutiva e Hugo Ribeiro (Estrelas de S. João de Brito) estreou-se a vencer no circuito, em 2017.

Seguiram-nos Alexandra Frazão e Ana Rita Queiroz (Fundação Beatriz Santos) em femininos e Diogo Nunes (Fluvial Portuense) e Paulo Frota (Fundação Beatriz Santos) em masculinos.

Mais um resumo do Fair Play que pode ser encontrado aqui:

Rasovszky e Bruni triunfam no Sado

Prova de Mar Ferragudo, Lagoa

À terceira etapa o circuito chegou ao Algarve.

Foi já no mês de Setembro que se disputou a prova de Lagoa, mais uma que valia 20 pontos para os vencedores, já que compreendia uma distância de 2000 metros.

O sector masculino começou a adivinhar-se muito equilibrado já que em três provas houve três vencedores diferentes. Em Lagoa o vencedor foi Tiago Campos (Rio Maior) que superou o vencedor da primeira prova do circuito, Mário Bonança. O juvenil Diogo Cardoso (Monte Maior) fechou o pódio no Algarve.

Já no sector feminino, e depois de duas etapas a ficar no segundo posto, a juvenil Alexandra Frazão conseguiu a tão desejada vitória. Mariana Mendes (Monte Maior) e Inês Martins completaram o pódio.

1ª Prova da Barragem de Montargil

2017 marcou a estreia da travessia na barragem de Montargil. Um percurso de 2000 metros brindou os nadadores que iam à procura dos 20 pontos da vitória.

Angélica André e Vânia Neves estreavam-se nas provas do circuito (apesar de terem pontuado na Taça do Mundo) e fizeram-no conquistando os dois primeiros lugares do pódio, com Angélica no mais alto. Para completar um pódio 100% do Fluvial Portuense, Maria João Fernandes foi a 3ª classificada, numa prova que ficou marcada pela desclassificação de Soraia Ribeiro.

No sector masculino levou a melhor Hugo Ribeiro que se superiorizou a Mário Bonança e a Diogo Nunes. O líder do circuito, Rafael Gil, ficou no 4º lugar nesta prova mas conservou a liderança na geral.

VII Travessia Rio Tua

A Travessia do Rio Tua prometia ser decisiva para o circuito. Por ser uma prova de 3000 metros, os primeiros classificados marcavam 30 pontos e o 4º lugar dava os mesmos pontos que o 1º nas etapas anteriores.

Por isso, praticamente todos os favoritos à vitória final no circuito alinharam à partida.

No sector masculino Hugo Ribeiro conseguiu a sua 3ª vitória consecutiva e aproximou-se bastante da liderança do circuito. O 2º lugar também foi ocupado pelo mesmo nadador que o ocupou em Montargil – Mário Bonança – e o 3º, desta feita, foi para Rafael Gil que até reforçou a liderança já que antes desta prova Pedro Pinotes seguia no 2º lugar mas não participou, trocando de posição com Hugo Ribeiro.

Nas senhoras também houve uma reedição dos dois primeiros lugares do pódio com Angélica e Vânia a chegarem na frente do pelotão. Desta feita foi Soraia a 3ª classificada.

XXIII Travessia dos Templários

A fase decisiva da competição trouxe as distâncias mais longas. No Zêzere nadar-se-iam 5000 metros, o que voltava a dar aos vencedores 30 pontos que podiam arrumar de vez as contas do circuito, apesar de a última prova ter uma distância de 10 000 metros.

Não foi isso que aconteceu mas no sector feminino as contas começaram a ficar mais definidas com a terceira vitória consecutiva de Angélica André…e o terceiro segundo lugar consecutivo de Vânia Neves. Alexandra Frazão fechou o pódio e ia para a última etapa ainda com hipóteses e esperanças de vencer o circuito.

Nos homens a história repetiu-se e foi Hugo Ribeiro a vencer. À excepção da primeira etapa, em Sines, até aqui Hugo só contava por vitórias as provas onde tinha participado. Mário Bonança seguia como o nadador mais regular do circuito. Voltou a ser segundo e em 5 provas tinha um primeiro e cinco segundos lugares. No terceiro posto chegou Diogo Marques (Columbófila Cantanhedense) que já não podia pontuar para o circuito, uma vez que não ia completar as cinco provas obrigatórias.

13º Challenge Aldeia do Mato

Todas as decisões reservadas para a última etapa do circuito. A Aldeia do Mato acolhia a prova mais longa do circuito com os seus 10 km e 45 pontos para os vencedores. 10 km que iam definir o vencedor e a vencedora do X Circuito Nacional de Águas Abertas, uma prova obrigatória para quem queria pontuar para o circuito.

Na última prova Rafael Gil não vacilou e venceu, conquistando a vitória final no circuito e vencendo o nadador que se tinha mostrado invencível nas etapas anteriores, Hugo Ribeiro, que nesta etapa ficou no 2º lugar, que lhe deu também o 2º lugar final no circuito. Pedro Pinotes voltou ao circuito para ser 3º nos 10 km e no Circuito.

Foto: João Bárbara

Paralelamente disputou-se a prova da milha que foi vencida por Mário Bonança que assim terminou no 4º lugar final.

No lado feminino Angélica André conseguiu fazer o pleno: 5 provas, 5 pontuações máximas, sendo a vencedora incontestável do circuito.

O mesmo fez Vânia Neves que obteve o seu quinto 2º lugar (considerando que o facto de ter sido a segunda melhor portuguesa na etapa da Taça do Mundo de Setúbal equivale a um 2º lugar) e assim foi a 2ª classificada do circuito.

O terceiro lugar na prova foi para Alexandra Frazão que terminou no 3º lugar do circuito, repartido com a vencedora da milha nesta prova, Soraia Ribeiro.

Foto: Nuno Lopes

O Circuito Nacional de Águas Abertas voltou depois de 8 anos de ausência com o objectivo de motivar os intervenientes para a prática e organização de provas de Águas Abertas por todo o território nacional.

Segundo o departamento técnico de Águas Abertas da Federação Portuguesa de Natação, o grande objectivo do Circuito é “fomentar a prática, levando os nossos nadadores a vários pontos do país, competindo sempre com um objetivo mais concreto e criando oportunidades para um crescimento sustentado da disciplina”.

O Circuito Nacional de Águas Abertas volta já esta época com a sua 11ª edição.

 


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