Futebol Clube Porto – O alvo a abater

José NevesOutubro 19, 20174min0
A equipa azul e branca recuperou o ceptro de campeão que lhe fugia desde 2012-13, época em que tal como em 2016-17, havia festejado a dobradinha.

A época de 2016-17 correu de feição à equipa portista começando com a conquista da supertaça frente ao rival SL Benfica, então bi-campeão nacional, por expressivos 13-7, e terminando com os  festejos da conquista da Taça de Portugal batendo na final o SC Tomar por 5-1. Pelo meio o tão apetecível título de campeão nacional conquistado na última jornada do campeonato.

Num campeonato onde os holofotes estavam apontados para o bi-campeão SL Benfica e para o super reforçado UD Oliveirense, os liderados por Guillem Cabestany surpreenderam os dois rivais e conquistaram um título que lhes fugia desde a época de 2012-13, fazendo do Dragão Caixa a sua fortaleza. A equipa do FC Porto somou por vitórias todos os 13 jogos disputados em sua casa e apenas por uma ocasião venceu pela margem mínima.

Para além disso a equipa do FC Porto terminou o campeonato com o melhor registo defensivo com apenas 65 golos sofridos. Mostrou-se uma equipa madura, apesar da juventude, e que soube gerir os jogos quando em vantagem no marcador.

O único ponto negativo da época aconteceu na Liga Europeia, a principal prova de clubes do Velho Continente, onde o FC Porto caiu perante a equipa que viria a conquistar o título, os catalães do Reus, no desempate por grandes penalidades após um 7-7 no Dragão Caixa e um 2-2 na Catalunha, falhando assim a presença na Final-4 da prova.

 

A defesa do título

Como diz o velho ditado “em equipa que ganha não se mexe”, os dragões operam apenas uma troca no seu plantel fazendo regressar o jovem Alvarinho, que esteve na temporada passada por empréstimo no OC Barcelos onde foi preponderante para a boa campanha destes no campeonato e em mais uma conquista da Taça CERS. De saída está o experiente avançado Vítor Hugo que após cinco épocas de dragão ao peito deixa o FC Porto e assina pelo Sporting CP.

Com esta troca o FC Porto perde um pivot ofensivo que muitas vezes foi o “abre-latas” em jogos contra equipas mais fechadas defensivamente mas tem em Alvarinho um jovem com muito potencial e um grande reforço para a marcação de livres directos, muitas vezes lances decisivos no hóquei actual.

Alvarinho foi mesmo o jogador que mais golos marcou no campeonato transacto em situações de livre directo fazendo golo em 21 ocasiões, tendo uma taxa de sucesso de 64%. O capitão azul e branco Hélder Nunes foi o segundo jogador que mais golos marcou neste tipo de lance com 15 tentos.

Num plantel onde se destacam Hélder Nunes, o jovem craque português que capitaneia a turma azul e branca; Gonçalo Alves, avançado de enorme qualidade com uma poderosa meia distância; Reinaldo Garcia, defesa/médio argentino que parte para a nona época nos dragões e que conquistou o sétimo título de campeão português na temporada passada, foi dos jogadores mais preponderantes para o sucesso portista na última época; e Nelson Filipe, guarda redes a quem coube a árdua tarefa de substituir Edo Bosch mas que não acusou a pressão de ser o sucessor de um dos maiores guardiões da história da modalidade.

São ainda opções para Cabestany, Carles Grau, guarda redes internacional espanhol que foi mais utilizado na Taça e na Liga Europeia;  Jorge Silva; experiente avançado que já leva sete títulos de campeão na bagagem, todos com o FC Porto; Ton Balliu, internacional espanhol que parte para a segunda temporada no clube da cidade invicta; Rafa e Telmo Pinto, ambos jovens jogadores de grande qualidade, internacionais portugueses, que fizeram parte da equipa do Valongo campeão nacional em 2013-14.

Alvarinho (ex.OC Barcelos) é a única novidade na equipa do FC Porto (fonte: HóqueiPT)

Para esta época que está prestes a iniciar-se o FC Porto tem o alvo nas suas costas tendo a responsabilidade de defender o título de campeão nacional, ditou o sorteio que essa defesa se inicia perante o seu público frente ao campeão da 2ª divisão nacional, o estreante HCP Grândola. Isto depois de já ter iniciado a época da mesma forma que teminou a última, a vencer, os azuis e brancos conquistaram a Supertaça António Livramento diante do SC Tomar por 7-3.


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