5 parcerias falhadas da Fórmula 1

Luís PereiraJaneiro 17, 20185min0

5 parcerias falhadas da Fórmula 1

Luís PereiraJaneiro 17, 20185min0

2017 foi o ano do divórcio da parceria McLaren-Honda. Uma parceria falhada não é novidade na F1. Muitas vezes Alianças entre equipas e construtores falharam, tal como parcerias falhadas entre pilotos e equipas. O Fair Play vai mostrar alguns exemplos de parcerias que falharam redondamente.

McLaren e Peugeot

(foto: wikipedia.org)

1993. A McLaren vê a Williams-Renault dominar e ainda vê a estrela da equipa, Ayrton Senna, a rumar para a Williams. Ron Dennis, só vê uma solução, arranjar um rival à altura da Renault. Foi então que apareceu a Peugeot. A ideia parecia boa, derrotar tecnologia francesa com tecnologia francesa, mas não deu resultado.

Os motores Peugeot não eram tão potentes quanto os Renault e eram bem mais… explosivos. Apesar de ainda terem assegurado alguns pódios juntos, a McLaren e a Peugeot decidiram acabar a parceria e a McLaren virou-se para a Mercedes, parceria essa que já durou 19 anos e deu 3 Campeonatos Mundiais de Pilotos e 1 de Construtores.

Footwork Arrows e Porsche

(projectomotor.com.br)

Mais um falhanço de uma parceria entre uma equipa e um construtor de motores. A Porsche fez durante as épocas de 1985 e 1987 motores de sucesso para a McLaren. Apesar disso, a Porsche não recebeu muito mérito para o sucesso da parceria, ainda mais quando a McLaren mudou para a Honda em 1988. Foi então que surgiu a oportunidade de reentrar na F1, em 1990.

O plano era pegar numa equipa modesta, como a Footwork Arrows, e subir, até a Porsche entrar a fundo com uma equipa sua. O problema é que isso falhou com estrondo. Os motores Porsche eram frágeis e pouco rápidos. Resultado? Fizeram 6 corridas até serem substituídos por motores Cosworth.

Lola Mastercard

(foto: World Copyright – LAT Photographic)

Aqui temos um exemplo de uma das equipas mais curtas da F1. A construtora Lola tinha a intenção de entrar na F1 em 1998, ano de mudanças de regras. Como uma das mais antigas e maiores construtoras automóveis do mundo, foi fácil arranjar um grande patrocinador, a Mastercard.

Tudo parecia estar a correr bem, aliás, bem demais. Tanto que a equipa decidiu entrar em 1997, em vez do planeado 1998. O que viria acontecer dessa decisão? Apenas fizeram dois Grandes Prémios, falhando o objetivo de se qualificar para a corrida. Depois de tamanho falhanço a equipa declarou falência e desistiu.

Villeneuve e a BAR

(foto: GTPlanet)

Quando Jacques Villeneuve assinou pela estreante British American Racing (BAR) em 1998, o Campeão do Mundo de 1997 disse que “era a equipa do futuro”. A confiança era tanta que um dos donos da equipa, Adrian Reynard, disse que iria ganhar uma corrida no ano de estreia. Alerta de spoilers: não ganharam!

Aliás, eles não pontuaram sequer uma única vez nessa temporada (1999). Durante 4 temporadas, Villeneuve teve a frustração de ter sempre carros pouco fiáveis, com umas inacreditáveis 24 desistências, e apenas chegou ao pódio duas vezes. Uma curiosidade, Villeneuve tinha razão em apontar a BAR como equipa de futuro, porque desde o ano de 1998, a equipa já foi a BAR, já foi a Honda, foi a Brawn e é, agora, a… Mercedes!

Fittipaldi e a Copersucar

(foto: flatout.com)

Mais um caso de um piloto que fez uma má escolha. O primeiro campeão do Mundo pelo Brasil, em 1972, pela Lotus, e em 1974 pela McLaren, era um dos melhores do pelotão. Na altura, foi inclusive o campeão mais jovem, então com 25 anos. Na McLaren tinha somado sucesso, e parecia estar destinado a mais do que apenas dois títulos, mas então tomou uma decisão demasiado arriscada.

No auge da sua carreira, decide sair da McLaren e juntar-se ao irmão, na sua equipa, a Copersucar-Fittipaldi em 1976. Era a primeira equipa sediada o Brasil, e única, e durante as próximas 5 épocas Fittipaldi apenas teve de se contentar com dois pódios e muita desilusão. Será que Fittipald ainda se pergunta, o que teria sido se tem continuado na McLaren? Uma coisa é certa, em 1976 foi Campeão um tal de James Hunt, pela McLaren…


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