Arquivo de E-Sports - Fair Play

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Fair PlayAgosto 31, 20204min0

No âmbito desportivo, 2020 marca uma época em que vários desportos tiveram seus respetivos calendários alterados e muitas competições canceladas. No entanto, o inverso aconteceu para o poker, que vive uma expansão de popularidade através de suas competições realizadas online.

Em Portugal, o cenário não foge à regra. Com o poker e outras modalidades online cada vez mais comum na população, vários competidores conseguiram destaque em 2020 através de suas habilidades no desporto da mente.

Com base nos melhores desempenhos dos competidores portugueses de poker, abaixo segue a lista dos grandes de Portugal no poker online em 2020.

A ascensão de Rui Bouquet

Escrever sobre poker português online é intrinsicamente citar a trajectória de Rui Bouquet. O competidor do Porto tem vivido o auge de sua carreira em 2020 através de resultados impressionantes na modalidade.

Neste ano, Rui conseguiu atingir a 40ª colocação no ranking mundial, de acordo com o site PocketFives, que é especialista em ranquear os jogadores segundo os seus feitos na modalidade online.

Jogador consistente e que tem tido óptimos números recentemente, Rui é também o primeiro de Portugal em praticamente qualquer métrica utilizada para ranquear os jogadores lusitanos.

Em julho deste ano, o jogador conquistou um dos grandes resultados de sua carreira ao ficar entre os 70 primeiros em uma etapa do World Series of Poker Online 2020.

Com tantos feitos assim, é justo reconhecer Rui como um dos maiores competidores de sempre do poker online português, visto que ele é o um dos poucos do país que conseguiram tanto prestígio internacional.

O sucesso de Rui nas mesas de poker online também se traduz para resultados expressivos e positivos em torneios presenciais. Mais cedo no ano, em janeiro, o português foi um dos principais destaques do World Series of Poker International Circuit, em etapa disputada na cidade de Marraquexe, no Marrocos.

Conimbricense Luís Faria em momento especial na carreira

Foto: Pokernews

Além de Rui, outro jogador português que tem feito uma excelente época em 2020 é certamente Luís Farias. Da cidade de Coimbra, o jogador é o segundo no ranking online de Portugal, segundo o PocketFives.

Mais cedo neste ano, Luís conseguiu estar entre os 15 melhores jogadores do planeta, um feito memorável que marcou positivamente a sua carreira como a sua maior conquista até o momento.

Actualmente entre os 70 melhores do mundo no poker online, Luís é um jogador que consta com mais de US$ 3 milhões conquistados em premiações online em sua trajectória até o momento.

Assim como acontece com Rui nos torneios presenciais, Luís também normalmente participa de vários deles e no ano passado o conimbricense disputou de muitos realizados nos Estados Unidos e nas Bahamas.

No auge da carreira, é provável que Luís volte a figurar novamente entre os 50 melhores do mundo para fazer companhia a Rui como os portugueses no topo do poker online mundial.

Júlio Ribeiro cresceu como um bom competidor de poker online em 2020

A maioria dos jogadores portugueses seguem especialistas no Texas Hold’em, modalidade impulsionada pela popularidade do desporto na televisão e que é amplamente conhecida como a mais famosa no mundo todo. Para Júlio Ribeiro, o competidor segue a tendência e é um especialista no Texas Hold’em.

Acostumado a competir em competições presenciais, Júlio mudou o seu foco recentemente para os torneios que são realizados online e tem obtido resultados expressivos.

Em plena ascensão na carreira, Júlio conseguiu se colocar entre os 200 melhores do mundo em 2020 e actualmente é o terceiro português no ranking geral do PocketFives. O resultado pode parecer pouco expressivo, mas é algo impressionante tendo em conta toda competitividade do poker disputado pela internet.

Para o fim do ano, é provável que Júlio siga a disputar as competições de maior destaque no cenário mundial e ele é certamente um dos miúdos que mais estão a chamar atenção no ramo do poker online.

Competidor ainda jovem, Júlio tem tudo para ter um aumento de ranking nos próximos vezes, visto que ele já subiu mais de 100 posições nos últimos 12 meses e está a se consolidar no topo do poker online português.

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Pedro AfonsoJaneiro 28, 20189min1

Mais uma incursão pelo Mundo Virtual do Futebol e mais uma viagem a tempos idos! Desta feita, o Fair Play relembra como era o futebol em 2014, com uma listagem das personagens que já abandonaram os relvados, as putativas estrelas do futuro e uma pequena revisão de alguns plantéis que sofreram as maiores alterações. Entrem na máquina do tempo!!


2014 foi apenas há quatro anos atrás, mas os acontecimentos de então já nos parecem de outra era. Abaixo, podem encontrar uma pequena lista de acontecimentos desse ano:

  • Eusébio morre a 5 de Janeiro
  • Cristiano Ronaldo ganhava a sua 3ª Bola de Ouro
  • O ISIS anuncia a criação de um Califado
  • A Alemanha sagra-se Campeã Mundial, demolindo o Brasil por 7-1 na sua caminhada até à Final
  • José Sócrates é preso preventivamente

Lendas que já deixaram os relvados

Carles Puyol (FC Barcelona | 35 anos)

A figura do defesa central culè com uma farta cabeleira causa ainda reminiscências nos amantes do futebol espanhol. Se as disputas entre Real Madrid e FC Barcelona carregavam em si toda a instabilidade do país irmão, era também Puyol que nos relembrava que o futebol é um desporto, que todos amamos.

Para cada Piqué e cada Sergio Ramos, havia um Puyol e um Xabi Alonso, com uma postura inabalável em campo. A força mental de Puyol é bem espelhada nos seus atributos, onde os vintes em “Liderança”, “Determinação”, “Bravura” e “Trabalho de Equipa” demonstram um jogador que nunca se rendia.

Steven Gerrard (Liverpool | 33 anos)

O histórico médio inglês é, para muitos dos românticos do futebol, um dos últimos bastiões da lealdade e sentimento de pertença a um clube no futebol moderno. Gerrard haveria de abandonar o Liverpool sem conquistar nenhuma Premier League, apesar da conquista da Liga dos Campeões em 2005.

O FM 2014 é um dos últimos jogos onde se pode aspirar a levar Gerrard a conquistar a Premier League que tanto merecia. Quem escolher começar com o Liverpool terá em Gerrard um verdadeiro líder e distribuidor de jogo.

Javier Zanetti (Inter | 39 anos)

Tal como Puyol, Zanetti assume-se como uma personalidade incontornável no futebol, pela sua postura irrepreensível e de uma responsabilidade imensa dentro do emblema italiano. Numa entrevista recente, Zanetti “culpa-se” pela incapacidade de ajudar Adriano “Imperador” aquando da morte de seu pai, demonstrando uma componente humana absolutamente ímpar.

Treinar Zanetti e o Inter de Milão no FM 2014 é treinar uma equipa com uma grave crise de identidade e em necessidade de remodelação. Zanetti será capaz de jogar 1 ou 2 épocas no máximo, mas apresenta aos 39 anos atributos absolutamente incríveis e uma polivalência fora do comum. Um jogador essencial para o balneário e para a defesa “interista”.

Os plantéis dos 3 “grandes”

Há quatro anos atrás, o paradigma do futebol português em nada fazia antever o desenrolar dos acontecimentos até à data de hoje. O FC Porto ganhara 8 dos 10 campeonatos anteriores, o SL Benfica assumia-se como 2º classificado crónico e o Sporting CP passava uma grave crise interna que arredara o clube do pódio nos 2 anos anteriores.

Mas a verdade é que, olhando para os plantéis dos 3 grandes, as mudanças podiam adivinhar-se, se bem que os “prognósticos no final do jogo” sejam mais fáceis. De mencionar que a versão da Base de Dados usada é a versão 14.3, pelo que as transferências de Inverno já haviam acontecido, levando à saída de Matic do SL Benfica, por exemplo.

O plantel encarnado demonstrava uma profundidade fora do comum, com inúmeros jogadores de enorme qualidade e que atualmente povoam outros voos.

Por sua vez, o plantel portista apresentava inúmeras deficiências que demonstravam uma certa inaptidão no ataque ao mercado, fazendo lembrar a abordagem da estrutura encarnada à época atual. Jogadores como Fabiano, Abdoulaye, Licá, Tozé, Josué e Kléber demonstraram não ter qualidade para fazer parte do plantel de um clube como o FC Porto.

Por sua vez, o plantel leonino é de “bradar aos céus”. Muito longe das individualidades que hoje possui, o clube de Alvalade contava com jogadores como Vítor, Shikabala, Maurício, Gérson Magrão, Heldon e Capel, completamente desfasados da realidade do clube e das suas necessidades. Leonardo Jardim fez “omeletes sem ovos”.

Como era o futebol lá fora?

A nível europeu, pouco mudou. Na Alemanha, Bayern era e continua a ser a grande potência, na altura com Guardiola ao comando; em França, o Paris Saint Germain começava a sua caminhada com os petrodólares; em Itália, a Juventus é senhora e rainha; em Espanha, Barcelona continuava a encantar, mas perdia terreno para o Real Madrid, com um Atlético a intrometer-se na luta; em Inglaterra, Sir Alex Ferguson acabara de se reformar e dera o título ao Manchester United, tendo Mourinho regressado a Londres para levar o Chelsea à conquista da Premier League.

A menção ao Dortmund prende-se com o enorme plantel que apresentavam à altura, liderados pelo germânico “louco”, Jurgen Klopp. Olhar para este plantel e compara-lo com o atual faz-nos questionar até que ponto é que a política dos bávaros de Munique não desvirtua toda a competição alemã.

As pérolas por descobrir

Cada FM é rico em jogadores desconhecidos, jovens promessas, prontos para fazer a nossa equipa dar o salto qualitativo e aumentar a conta bancária. Abaixo, uma pequena lista de jogadores a considerar nos vossos “saves”.

Carlos Fierro (Chivas | 18 anos)

O jovem mexicano, atualmente com 23 anos, nunca foi capaz de chegar aos níveis que o simulador mais amado pelos adeptos do “Desporto-Rei” lhe augurava. Contudo, os atributos físicos e técnicos permitem perceber que Fierro encaixava que nem uma luva no papel de avançado móvel.

Atualmente ao serviço do Cruz Azul, o jovem avançado mexicano conseguiu apenas marcar 13 golos em 175 partidas, divididas pelo Chivas e pelo Querétaro, muito longe do mínimo aceitável para um avançado.

Rodrigo Gómez (Argentinos | 20 anos)

Não se deixem enganar pelo nome desconhecido: este jovem extremo direito é um dos maiores talentos que o FM 2014 tem para oferecer. Com uma agilidade e 1×1 estonteantes, Gómez tem uma larga margem de evolução e provará ser uma aposta segura para qualquer “manager” que decida apostar em si.

A verdade é que apesar destes atributos invejáveis, o extremo nunca foi capaz de se assumir no Mundo do Futebol, estando agora ao serviço do Toluca desde 2016, onde apenas participou em 12 jogos.

Donis Avdijaj (Schalke | 16 anos)

O jovem avançado germânico começa a tornar-se um habitué nestas andanças. Contudo, a sua história de sucesso na saga Football Manager começa em 2014. Como se pode ver pelos atributos abaixo, o jovem alemão tem um perfil altamente técnico, perfeito para o papel de falso 9. Aos 16 anos, apresenta atributos verdadeiramente notáveis e é assustador pensar até onde poderá chegar, se bem acompanhado.

O avançado kosovar (abdicou da seleção alemã), joga atualmente no Roda JC da Holanda, por empréstimo do Schalke 04. A sua carreira não tem sido particularmente brilhante, mas a sua idade ainda lhe permite almejar maiores voos.

Andrija Zivkovic (Partizan | 16 anos)

Quem haveria de dizer que um dos maiores talentos do FM 2014 haveria de pisar os relvados portugueses, 3 épocas depois? A verdade é que Zivkovic, atualmente no SL Benfica, ainda não conseguiu confirmar todo o potencial que o simulador lhe augurava, mas para lá caminha, apesar da fraca aposta por Rui Vitória.

Ao contrário de versões anteriores do jogo, o simulador começa a ser cada vez mais realista e a observação de jogadores baseia-se numa extensa rede de colaboração, que contribui para um jogo cada vez mais completo. A complexidade aumenta a cada versão e longe vão os tempos do Tó Madeira e das táticas vencedoras em todas as situações. Um sinal de mudança também para o Futebol? No entanto, teremos sempre os antigos “saves” para nos relembrar de tempos mais fáceis ao leme dos nossos clubes!


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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